28/03/2015

Playlist Route 66 - Born To Be Wild

Essa música não poderia ficar de fora da nossa playlist para rodar pela Rota 66. Trata-se do clássico do Steppenwolf imortalizado pelo filme de 1969 "Easy Rider" (Sem Destino), de Peter Fonda e Dennis Hopper e direção do próprio Hopper. 
O filme ajudou a imortalizar o estilo das motos customizadas chopper e a cultura transgressora dos anos 1960, também tinha um ator coadjuvante bem promissor chamado Jack Nicholson...

Se não conseguir ver o vídeo, clique aqui

Get your motor runnin'
Head out on the highway
Looking for adventure
In whatever comes our way

Yeah, darlin'
Gonna make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space

I like smoke and lightnin'
Heavy Metal thunder
Racing in the wind
And the feeling that I'm under

Yeah, darlin'
Gonna make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space

Like a true nature's child
We were born
Born to be wild
We can climb so high
I never wanna die

Born to be wild
Born to be wild

Get your motor runnin'
Head out on the highway
Looking for adventure
In whatever comes our way

Yeah, darlin'
Gonna make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space

Like a true natures child
We were born
Born to be wild
We can climb so high
I never wanna die

Born to be wild
Born to be wild

23/03/2015

Good-Guys

Entre as diversas associações e clubes que reúnem donos e entusiastas de Hot Rods e carros customizados nos Estados Unidos, na Califórnia em particular, qual delas pode ser considerada a mais representativa? 
Resposta: “Good-Guys Rod & Custom Association”!
A “Good-guys” foi fundada em 1983, atualmente é a associação que reúne o maior número de entusiastas dedicados a restauração, preservação e divulgação de eventos de Street rods, Hot Rods e carros customizados dos Estados Unidos e, por consequência, do Mundo...
Os fundadores foram Gary e Marilyn Meadors, atualmente o filho, Marc Meadors, segue como presidente da empresa, Gary continua na ativa, sendo o presidente do Conselho de Administração. 
A história de Gary Meadors se confunde com a história do movimento Hot Rod, ele construiu o seu primeiro hot rod com apenas 14 anos de idade. O carro era um Plymouth 1947 com um motor Flathead Chrysler Six modificado e suspensão rebaixada, quase raspando o chão. Não por acaso, características que se tornaram marcas registradas dos Hot Rods. 
Gary também se destacou com diversas marcas em Bonneville, ao longo de sua vida recebeu diversos prêmios e indicações;
  • 1995 Recebeu o prêmio “STREET RODDER” da Lifetime Magazine. 
  • 1998 Incluído no “Hall of Fame” da “Street Rod Marketing Alliance”.
  • 2004 Recebeu o prêmio “Lifetime Achievement” da HRIA (Hot Rod Industry Alliance), por suas contribuições para o mundo dos hot rods e carros customizados no SEMA Show.

Voltando ao "modo de ser" da Good-Guys, importante ressaltar que a associação não utilizada 1 centavo de dinheiro público e é administrada como uma empresa, talvez esse seja um fator importante para o seu sucesso.
A equipe administrativa tem aproximadamente 30 funcionários, a sede está localizada na cidade onde foi fundada, Pleasanton, Califórnia, mas também possui escritórios regionais em Plant City, Florida, e em Portland, Oregon.
 O primeiro evento organizado pela Good-Guys ocorreu logo após a sua fundação em 1983, em Pleasanton, Califórnia, durou apenas um dia e foi aberto a todos as marcas e modelos de carro, foi chamado de “The All American Get-Together” e conseguiu atrair cerca de 650 carros. 
Nada mal para uma estreia!
O primeiro evento de caráter nacional aconteceu em 1987 sendo chamado de “National Summer Series”, atualmente, o maior evento anual é o “Nationals PPG” que acontece no Ohio Expo Center em Columbus, Ohio, chegando a atrair mais de 6.500 Hot Rods, Customs, Street Machines, e clássicos em geral. 
Isso não é uma exceção, os eventos da Good-Guys costumam reunir entre 30.000 a 40.000 visitantes, são organizados aproximadamente 20 eventos anuais que costumam acontecer em grandes parques, estacionamentos ou autódromos e em diversas regiões nos Estados Unidos; Pleasanton e Del Mar (Califórnia), Scottsdale (Arizona), Columbus (Ohio), Indianópolis (Indiana), Des Moines (Iowa), Fort Worth (Texas), entre outros.
A Good-guys também é a maior promotora de competições estilo “Vintage drag Racing”, reunindo mais de 600 concorrentes e mais de 50.000 pessoas.
Outra importante preocupação da “Good-Guys” é desenvolver novos talentos para o Hot Rod e customização, para isso é organizado o “Trendsetter Award" onde são expostos e premiados novos construtores de carros customizados. 
A partir de 1989 foi criada a "Goodtimes Gazette", uma revista mensal distribuída a todos os membros da associação. Nela são cobertos todos os eventos, reportagens sobre pioneiros, empresas de customização e assuntos de interesse dos Rodders em geral, além, claro, de uma seção de classificados.
Apesar de ser uma associação com apenas 32 anos de existência e ter um público restrito, em 2006 a Good-guys atingiu a incrível marca de 70.000 membros ativos em todo o mundo. 
Para saber mais https://good-guys.com, longa vida aos caras do bem!

21/03/2015

Playlist Route 66 - All Summer Long

Aqui vai mais uma dica de sonzeira para incluir na nossa Playlist, perfeito para ouvir viajando de V8 ou de Harley pela Route 66...
Mas, enquanto você não vai para lá não precisa esperar, vai ouvindo andando pela Av. dos Bandeirantes, Marginal Pinheiros, Radial Leste, etc.



It was 1989, my thoughts were short my hair was long
Caught somewhere between a boy and man
She was seventeen and she was far from in-between
It was summertime in Northern Michigan
Ahh Ahh Ahh
Ahh Ahh Ahh

Splashing through the sand bar
Talking by the campfire
It's the simple things in life, like when and where
We didn't have no internet
But man I never will forget
The way the moonlight shined upon her hair

Chorus:
And we were trying different things
We were smoking funny things
Making love out by the lake to our favorite song
Sipping whiskey out the bottle, not thinking 'bout tomorrow
Singing Sweet home Alabama all summer long
Singing Sweet home Alabama all summer long

Catching Walleye from the dock
Watching the waves roll off the rocks
She'll forever hold a spot inside my soul
We'd blister in the sun
We couldn't wait for night to come
To hit that sand and play some rock and roll

While we were trying different things
And we were smoking funny things
Making love out by the lake to our favorite song
Sipping whiskey out the bottle, not thinking 'bout tomorrow
Singing Sweet Home Alabama all summer long
Singing Sweet Home Alabama all summer long

Now nothing seems as strange as when the leaves began to change
Or how we thought those days would never end
Sometimes I'll hear that song and I'll start to sing along
And think man I'd love to see that girl again

(Repeat Chorus x2)

Singing Sweet Home Alabama all summer long
Singing Sweet Home Alabama all summer long
Singing Sweet Home Alabama all summer long
Singing Sweet Home Alabama all summer long

19/03/2015

Hells Angels (Parte 2 - Final)


No início das suas atividades logo após a sua fundação, o HAMC era parecido com outras centenas de clubes de motociclistas, mas isso começou a mudar apenas alguns anos depois da fundação quando os "Angels" começaram a se diferenciar quando passaram a seguir critérios rígidos para admissão de membros, isso ajudou a manter muita discrição (ou sigilo?) sobre o que acontecia dentro do grupo e das suas sedes locais. Ainda hoje se leva anos para tornar-se um membro efetivo dos Hells Angels; 
Primeiro, o interessado torna-se um "Membro Ocasional" sendo convidado por outro membro efetivo para passar por uma fase de iniciação, ou seja, ficar um tempo participando dos eventos e se integrando com os demais membros, então o convidado pode virar um "Candidato-Associado". 
Após uma longa avaliação, cerca de dois anos, o "Candidato-associado" vai para a votação e só ganhará o direito a se tornar membro definitivo, ou "Distintivo Pleno", se for escolhido por unanimidade pelos membros do grupo local. Só depois de tornar-se "Distintivo Pleno" tem o direito de usar o distintivo e demais símbolos do grupo; Logotipo de caveira do Hells Angels, as palavras “Hells Angels” e a localização do clube local.
Os requisitos básicos dos candidatos são; 
1 - Ter licença de motorista.
2 - Se dono de uma moto.
3 - Ficha policial limpa (nos dias de hoje, antes isso não era requisito). 
4 - Jamais ter se inscrito para trabalho como policial ou agente penitenciário.
5 - Não ser um molestador de crianças!
Evidente que “ser dono de uma moto” entende-se uma Harley-Davidson, pois não são aceitas outras marcas. Existe também uma informação, que não consegui confirmar, que só são aceitos membros brancos porque o HAMC tem certas afinidades com organizações racistas. Novamente faço a ressalva que não consegui confirmar a veracidade, particularmente espero que seja mentira!
Estima-se que um membro dos Angels rode umas 20 mil milhas por ano (32 mil km). Aja bunda!
Nas duas décadas seguintes a sua criação os Angels conseguiram se consolidar no seu estado de origem e também em vários outros estados dos Estados Unidos. A partir de 1961 tornaram-se um grupo internacional com a aceitação de uma sede em Auckland, Nova Zelândia. 
Em julho de 1969, o HAMC alcançou a Europa com a aceitação de membros em Londres. O Brasil teve a primeira sede do grupo da América do Sul, no Rio de Janeiro em 1974. Para fechar o seu lado “globalizado” o HAMC chegou à África do Sul, em Johanesburgo em 1993. A Turquia foi o primeiro país muçulmano a se juntar ao clube em 2009.
O estilo de vida “selvagem” naturalmente leva a excessos de comportamento, algo difícil de controlar que se tornou impossível com o aumento do número de membros e sedes. Ao longo das décadas vários membros dos Angels foram acusados de envolvimento em arruaças, venda de drogas e porte ilegal de armas. Estes e outros delitos, até de maior gravidade, moldaram a fama que os persegue até hoje. 
O livro “Hell’s Angels: The Strange and Terrible Saga of the Outlaw Motorcycle”, publicado em 1966 pelo jornalista Hunter Thompson, ajudou a cristalizar esta imagem. No livro são retratados episódios e controvérsias que o autor presenciou durante o ano de convivência com o grupo. Os filmes “Wild Angels” (1966) e “Easy Rider” (1969), que imortalizou a canção "Born to be Wild", também ajudaram a consolidar a má fama.
Porém, o evento mais marcante associado aos Angels ocorreu em 1969, durante o festival de
música “Altamont Free Concert” que teve participação das bandas como Grateful Dead e Rolling Stones. Alguns membros dos Hells Angels foram contratados como seguranças (!?!?), este pessoal se envolveu em um grande tumulto que resultou na morte de um jovem negro durante o show dos Rolling Stones. Apesar da organização caótica e irresponsável, convenientemente, os Angels acabaram como responsáveis pelo trágico episódio.
Uma parte posterior desta história cita que alguns Angels organizaram um plano para assassinar o vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, como vingança após o show. O assunto veio a tona após um ex-agente do FBI revelar, em entrevista para a BBC, que alguns membros queriam vingança porque Jagger dispensou os serviços do grupo após a confusão. 
Desde então a má fama persiste, tanto que em 2008 o Departamento de Justiça dos Estados Unidos declarou que ainda considerava os Angels como uma espécie de organização de crime organizado. Hoje existe a preocupação de, pelo menos, amenizar a imagem ruim, mas o clube paga o preço de não ter se preocupado de separar os fatos dos mitos, talvez até gostassem da controvérsia.
Nos dias de hoje muitos membros chegam a participar de causas humanitárias, nunca serão cavalheiros, mas também não são mais os mesmos fora da lei.
Ralph “Sonny” Barger, fundador da sede de Oakland, com mais de 70 anos ainda é uma espécie de porta-voz do grupo. O seu lema é muito simples: “Trate-me bem e vou te tratar ainda melhor, trate-me mal e vou te tratar pior ainda”, dizem (outra lenda?) que chegou a apontar uma arma para Keith Richards no mal fadado festival de Altamont, em 1969. 
Existem mais de 100 sedes ativas do HAMC espalhadas pelos 5 continentes, desta forma é considerado o maior moto clube do mundo, mas é difícil de mensurar com certeza quantos são os membros. 
A sede de São Paulo se reúne todo segundo domingo do mês no bairro de Santana, mas fica um aviso; se você acha que vai chegar lá e ir entrando para a patota, esqueça! O cuidado com o sigilo e descrição das atividades dos Hells Angels continuam intocados
Para saber mais http://www.hellsangels.com.br/ e http://affa.hells-angels.com.

15/03/2015

Qual é a sua receita? (Nitro)

Depois de falamos sobre preparação aspirada, blower, turbo e algumas formas mais leves, chegamos ao final do nosso giro sobre as receitas de preparação de motores com o NITRO.
O nitro, NOS ou Óxido Nitroso ficou famoso entre os entusiastas após o lançamento do primeiro filme da saga "Velozes e Furiosos". Nem é necessário lembrar que em algumas cenas do filme existe o tradicional exagero Hollywoodiano.
O óxido nitroso, também conhecido como protóxido de nitrogênio ou protóxido de azoto, foi descoberto na Inglaterra em 1772 por Joseph Priestley, inicialmente a sua utilização não tinha nada a haver com mecânica, na verdade era mais um dos gases inalatórios utilizados para o tentar curar doenças, como a tuberculose, e também como anestésico. Quimicamente é um gás incolor, composto de duas partes de nitrogênio e uma de oxigênio, sua fórmula química é N2O.
Como este não é um blog de medicina ou química, vamos voltar ao assunto propriamente dito. Antes, vamos lembrar do conceito básico para se envenenar um motor; Precisamos faze-lo receber mais oxigênio, e este conceito também será válido para preparação com turbo, aspirados ou blower.  
No caso do Nitro descobriu-se que os átomos de oxigênio e hidrogênio do Óxido Nitroso, sob o efeito do calor do motor, se separam e desta forma fornecem mais oxigênio, o nitrogênio por sua vez muda a densidade do combustível por resfriamento, tornando-o mais denso, por consequência mais mistura será admitida no interior das câmaras de combustão.  
Na prática quando o Óxido Nitroso é injetado nas câmaras de combustão passa para o estado gasoso, esta transformação vai resfriar a câmara de combustão e as moléculas resfriadas se contraem, possibilitando mais oxigênio e combustível dentro do motor melhorando a queima na câmara de combustão, e aumentando a força do motor em potência (CV´s) e também no torque. O gás fica acondicionado em um cilindro de alumínio, com tamanhos variados de 2,5 lbs a 20 lbs, sendo possível fazer a instalação em diversos lugares no carro.
Outra grande diferença é que o efeito da preparação é pontual, ou seja, é feito a instalação do sistema e o mesmo só entra em ação quando o motorista decide, a má notícia é que o efeito é temporário, geralmente poucos segundos, de modo cavalar. Por outro lado você pode instalar um sistema de Nitro no carro e se quiser pode sair andando sem maiores complicações.
Afinal, o sistema é bom ou ruim?
Como falamos nos outros posts deste assunto, vale lembrar que a utilização é importante na definição da receita de preparação, portanto não dá para falar que o sistema é bom, melhor ou pior do que outras receitas, todos tem prós e contras. 
Por exemplo, os turbos costumam ter uma demora na resposta (turbo lag), devido o tempo de reação do turbo, motores aspirados costumam "embaralhar" em marcha lenta mais baixas devido o comando bravo, já os motores com blower sofrem com a temperatura alta. Outra característica que pode ser uma boa vantagem para o Nitro é que o sistema pode ser retirado e reinstalado em outro carro, ou seja, boa parte do investimento inicial é preservado.
Em termos de números podemos dizer, apenas para estimativa, que em motores 4 cilindros e 2.000 cm3 podemos ganhar 70 CV adicionais com o Nitro, os números não são desprezíveis.
Se houver interesse em atingir resultados mais expressivos, como nas outras receitas, será necessário um investimento mais agressivo como pistões forjados, lógico que os ingredientes orçamento e qualidade da mão de obra serão fundamentais para o sucesso. O nitro também pode ser combinado com outras receitas.
Agora é escolher a sua receita e "taca le pau" neste carrinho...

Hells Angels (Parte 1)

Na segunda metade da década de 1940, muitas pessoas (principalmente jovens) nos Estados Unidos e Europa tentavam superar os sofrimentos causados pela WWII. Neste movimento que buscava resgatar a liberdade, esperança e vontade de viver, carros e motos foram instrumentos importantes. Surgiam diversos clubes e associações de automóveis nos Estados Unidos, o movimento "Hot-Rod" e a "Kultura Kustom" começavam a tomar forma. 
Na Califórnia também foram formados vários clubes de motoqueiros, o mais famoso deles existe até hoje cercado de muitas lendas e mitos. No dia 17 de março de 1948, em Fontana (perto de San Bernardino), Califórnia, ocorreu uma reunião com aproximadamente 50 motoqueiros oriundos de vários outros grupos sem relacionamento entre si, ali nascia o “Hells Angels Motorcycle Club”. 
O nome do grupo está associado a certa controvérsia, mas é certo que tem relação com os aviões e esquadrilhas da USAF na WWII. Algumas esquadrilhas (como uma das 3 esquadrilhas do famoso Flying Tigers) e muitos aviões adotaram este nome, sabe-se de pelo menos doze B-17 com o nome de “Hell Angels”, entre outros tipo de aviões. No site oficial do HAMC existe um extenso artigo sobre o assunto, mas de fato é pouco relevante a esta altura da história do moto clube.
Como curiosidade adiconal, um bombardeiro B-17F chamado "Hells Angels" do 303º. Grupo se tornou o primeiro B-17 a completar 25 missões de combate em meados de 1943, mas esta marca foi creditada ao "Memphis Belle" que virou filme em 1943 e teve uma refilmagem em 1990. A tripulação do "Memphis Belle" voltou ao EUA e passou o resto da guerra fazendo campanha para reforçar o patriotismo, a tripulação do "Hells Angels" continuou em combate até 13 de dezembro de 1943, completando 48 missões de combate.
Voltando aos HAMC, de fato um motoqueiro, chamado Arvid Olson, participou da reunião de fundação do HAMC e realmente serviu no 303º, mas não existem evidências que a ideia do nome realmente tenha sido dele, tanto que Olson nunca se tornou membro efetivo do grupo. O nome do grupo não aparece com o apóstrofo (Hell´s) porque dizem existir muito infernos (Hells)...
Os primeiros membros do clube eram, em sua maioria, ex-combatentes da USAF na II Guerra Mundial que elegeram emoção, aventura e liberdade (além de pouco apreço por regras) como estilo de vida após a guerra. Por outro lado, alguns autores dizem que os primeiros membros foram mesmo em sua maioria combatentes da WWII, mas que sofreram com diversos problemas de adaptação após a guerra, esses dramas os levaram a se tornarem bêbados, desajustados, arruaceiros e que acabaram por seguir caminhos “alternativos”.
Quanto ao famoso logo do grupo, o site oficial atribui a sua criação a Frank Sadilek, um dos seus primeiros líderes. As cores do logo também influenciaram um dos apelidos do grupo, o "Big Red Machine" (Grande Máquina Vermelha). Os membros do grupo costumam se referir a organização apenas como “HAMC” ou a chama de "81", porque a letra H é a oitava do alfabeto e a letra A é a primeira, ou seja, a abreviação de “Hells Angels”. 
O principal tema do grupo é “Quando fazemos direito, ninguém lembra. Quando erramos, ninguém esquece”. 
Acho que pelo tema do grupo não precisamos de mais comentários!
(A parte final desta história está aqui)

08/03/2015

Viva as nossas mulheres!

Neste dia 08 de março de 2015, apresentamos 3 singelas homenagens para nossas mulheres maravilhosas!  Parabéns meninas!!!!

Primeiro, o Italiano Riccardo Patrese e sua esposa Francesca em Barcelona...



Segundo, o Português João Barbosa e sua esposa em Daytona...



Por fim, em terceiro o Brasileiro Augusto Farfus e sua esposa Liri em Nurburgring!


07/03/2015

Playlist Route 66 - Painted in my Heart

Mais um dica para montar aquela trilha sonora viajando pela Rota 66!
O filme "Gone in 60 Seconds" teve papel importante no renascimento da cultura automotiva no início dos anos 2000, o que talvez nem todos saibam é que a versão do filme lançada no ano 2.000 com Nicolas Cage, Angelina Jolie e Robert Duvall na verdade é uma refilmagem. 
A versão original do filme é de 1.974, apesar dos roteiros não serem exatamente os mesmos.
Nem precisamos dizer que os carros da versão original são muitos melhores dos que aparecem na refilmagem, mas a versão original não tem a Angelina Jolie...


I thought you'd be out of my mind
And I'd finally found a way
To learn to live without you
I thought it was just a matter of time
Till I had a hundred reasons
Not to think about you

But it's just not so
And after all this time
I still can't let go

I've still got your face
Painted on my heart
Scrawled upon my soul
Etched upon my memory, baby
And I've got your kiss
Still burning on my lips
The touch of your fingertips
This love so deep inside of me, baby

I've tried everything that I can
To get my heart to forget you
But it just can't seem to

I guess it's just no use
In every part of me
Is still a part of you

I've still got your face
Painted on my heart
Painted on my heart
Painted on my heart, oh baby

Something in your eyes keeps haunting me
I'm trying to escape you
And I know there ain't no way to
To chase you from my mind

I've still got your face
I've still got your face
Painted on my heart
Painted on my heart

Come on! Come on! Come on! Come on! Baby
Come on! Come on! Come on! Come on! Baby

I stil got you face...

Hesketh Racing

A história desta equipe de F1 é muito diferente (ou seria surreal?) de tudo o que você já soube sobre F1, talvez até de todas as categorias do automobilismo...
Tentar fazer um paralelo desta história com a chatice que a F1 moderna vem se transformando é quase impossível, e p
ara provar que temos razão vamos imaginar as seguintes situações;
1) De repente você tem uma ideia "fantástica"; Que tal montar uma equipe de F1. WTF, mas para que?
Simples, só para se divertir o máximo possível!
2) Mas, para isso o orçamento será muito pequeno, ainda mais se comparado aos outros times de sucesso da F1...
(Será que a tal ideia "fantástica" já começa a beirar o ridículo?)
3) Nem tanto... Com nada a seu favor, você ainda consegue convencer um talentoso engenheiro de sucesso da F1, com emprego estável, a largar tudo para se juntar a sua ideia "fantástica"!
4) Para pilotar você escolhe um jovem piloto desconhecido, mas com potencial. Só que o tal piloto adora envolver-se em acidentes e a sua conduta é, digamos, diferente considerando o comportamento dos outros pilotos profissionais.
5) Mesmo assim, a tal equipe terá que ter muito estilo; chegar ao país do GP em iates (como em Mônaco) e entrar no paddock de Rolls Royce!!!
Com tanta coisa bizarra, qual a chance disso dar, minimamente, certo???
Sem mistérios, foi assim que surgiu a HESKETH RACING em 1973, criada pelo excêntrico nobre inglês Lord Thomas Alexander Fermor-Hesketh, ou conhecido apenas como barão de Hesketh. 
Lord Hesketh, nascido em 1950, era o primeiro herdeiro da grande fortuna da família, com mais de 9.000 hectares de terras agrícolas ao redor de Easton Neston..
Sempre foi um "selvagem", como aos 21 anos quando fugiu da escola para desespero da família aristocrata... 
Voltando ao começo da conversa, ele e o amigo Anthony "bubbles" Horsley decidiram montar uma equipe de F2, contrataram um novato com fama de ser rápido, mas já com certo histórico de acidentes, James Hunt. Na F3, Hunt era conhecido como "Hunt the Shunt". 
Hesketh comprou um carro Surtees TS1 para correr na F2, e logo depois comprou outro modelo antigo TS9 já pensando em fazer algumas corridas na F1.
A temporada de F2 na pista não foi exatamente um sucesso, fora delas também não foi boa, Hunt teve o braço quebrado enquanto fazia palhaçadas numa festa quando estava um pouco "animado".
Mesmo com resultados modestos a equipe já começava a chamar a atenção do paddock, os integrantes usavam uniformes vistosos e era visível os gastos "excessivos" e o jeito relaxado, quase irresponsável.
O carro usava uma pintura meio patriota, branco e faixas vermelhas e azuis, pois além de tudo Lord Hesketh se recusava a correr com patrocínio.
Com um chassis March 731 a equipe e Hunt estrearam em uma corrida de F1, foi no "race of champions" de 1973 conseguindo um impressionante 3o lugar.
Mesmo sem disputar todo o campeonato da F1 ainda conseguiram um 4º lugar no GP da Inglaterra e o 2o. lugar no GP dos EUA, empolgante!
Hunt e Horsley convenceram Lord Hesketh que a F2 era perda de tempo e deveriam focar apenas na F1, então Lord Hesketh contratou um certo Harvey Postlethwaite para ser o engenheiro chefe e mudaram-se de vez para a F1 para disputar o campeonato de 1974. Os estábulos da propriedade da família, em Easton Neston, foram convertidos em apartamentos para a equipe.
Iniciaram o campeonato de 1974 ainda com o March 731 e a partir da terceira etapa mudaram para o primeiro chassi projetado pela equipe, chamado de 308, estreando com uma vitória no International Trophy em Silverstone.
O começo foi difícil, mas encorajador, Hunt conseguiu três pódios com terceiros lugares nos GPs da Suécia, Áustria e Estados Unidos, além do quarto lugar no GP do Canadá, terminando o campeonato de 1974 com um empolgante oitavo lugar. Considerando ser uma equipe que estreava o seu próprio carro, no primeiro campeonato completo, não era nada mal, ainda mais contando o nível da concorrência como Brabham, Tyrrell, McLaren, Ferrari e Lotus!
A equipe se animou para o campeonato de 1975, mas Lord Hesketh já estava começando a sentir a falta de dinheiro. As festas e os gastos com ostentação contribuíam bastante para piorar a situação, viviam ao estilo de playboys, chegavam às corridas em Rolls-Royces, bebiam champanhe, independentemente dos resultados, e só ficavam em hotéis de cinco estrelas
Foi nesta época que surgiu o lendário bordado no macacão de James Hunt: "Sex - The Breakfast of Champions".
Houve evoluções do modelo 308 com as versões 308B e 308C, Hunt conseguiu a sua primeira vitória (única da equipe Hesketh) no GP da Holanda, além de terceiro nos GPs da Argentina, França e Áustria e um quarto lugar nos GPs do Inglaterra e dos Estados Unidos, levando ao quarto lugar no campeonato da F1 em 1975.
Para ajudar no orçamento, naquele ano a equipe vendeu chassis para equipes pagantes, como para a equipe Harry Stiller Racing que fazia a estreia de um tal Alan Jones, mas o conto de fadas praticamente acabou junto com o campeonato.
As dívidas se acumulavam e Lord Hesketh não conseguiu encontrar patrocínio em tempo para manter a equipe, sendo forçado a anunciar que estava saindo da F1 e não disputaria o campeonato de 1976. 
Os carros foram vendidos para Walter Wolf Racing, sendo rebatizados de Williams FW05s. James Hunt ficou desempregado, mas acabou sendo chamado pela McLaren para substituir Emerson Fittipaldi que estava se mudando para a equipe Copersucar de seu irmão (mas isso é outra história).
Harvey Postlethwaite mudou-se para a equipe Wolf-Williams, durante o ano Horsley ainda conseguiu um patrocínio da Penthouse (só podia ser deste tipo) para retomar as atividades e participaram de algumas corridas, mas sem marcar um único ponto com o modelo 308D em 1976. 
Frank Dernie foi contratado e projetou o novo chassis 308E para a temporada de 1977, o melhor resultado foi um 7º lugar no GP da Áustria com Rupert Keegan. 
Em 1978 a equipe voltou a alinhar um único carro, com o apoio da Olympus, mas depois de um começo errante e apenas três GPs sem sequer se classificar, a equipe desapareceu de vez.
Após o fechamento da equipe de F1, Lord Hesketh fundou uma empresa de motocicletas chamada Hesketh Motorcycles, mas após poucos modelos acabou falindo em 1984.
O ex-rebelde e playboy Lord Hesketh seguiu por caminhos mais nobres, foi chefe de governo na Câmara dos Lordes em 1986, ministro auxiliar do Departamento de Comércio e Indústria em 1990 e vereador Privy em 1991. Ele também se tornou presidente do Drivers British Club Racing e vive atualmente no Reino Unido, militando entre a nobreza e a política.
Certamente nunca mais veremos nada tão fora dos padrões da F1 como foi a Hesketh Racing, atualmente o dinheiro e interesses comerciais da F1 moderna sufocam a aventura e o idealismo, não há espaço para playboys e os garagistas se foram. 
Resta sabermos se a própria F1 sobreviverá, esquecendo suas raízes que a transformaram na maior categoria do automobilismo. A ver....