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02/12/2020

Hot Logo - Alpha Romeo

Fundada em junho de 1910 por Alexandre Darracq e Ugo Stella, a famosa marca de Turim hoje é parte da FCA (Fiat Chrysler Automobiles), produziu alguns dos carros mais íconicos de todos os tempos como as várias gerações do Giulia e do Giulietta, além de muito sucesso nas pistas sendo a primeira campeã da F1.
Não tivemos tanta sorte de ter seus melhores modelos fabricados por aqui, mesmo assim A Alpha Romeo tem muitos fãs. 
Eu tenho que confessar que o sonho de ter um GTA ainda está forte! 😍😍😍

27/04/2020

Hot Logo - Audi

Faz um tempo que não falamos da evolução dos logos das grande montadoras, voltamos com uma marca com história legal e complexa...
A WANDERER foi fundada em 1885, tornando-se posteriormente uma filial da AUDI AG, em 1899 a HORCH foi fundada pelo engenheiro August Horch.
Essas fabricantes se juntaram a DKW, que foi fundada em 1902, levando a criação da AUTO UNION em 1932.
Após a WWII a empresa retomou a produção em 1949. 
Nos anos 1960 a Auto Union foi adquirida pela Volkswagen da Daimler-Benz, a VW decidiu fundir a empresa com a NSU Motorenwerke, relançando a marca AUDI em 1969.

03/10/2019

Hot Logo - Volkswagen

Por conta da recente releitura do logo da Volkswagen, damos andamento a nossa série da evolução dos logos das grandes marcas com as mudanças na dita cuja;
Vejam no detalhe o que mudou, sei lá, parece que voltamos a 1945...

22/04/2019

Edelbrock (Parte 3 - Final)

Vamos a ultima parte da saga da Edelbrock...
Um outro fato que impactou a Edelbrock foi a decisão, em 1964, de construir coletores de admissão para motores Chevy de bloco pequeno com carburadores Quadijet. 
O modelo de coletor chamado "manifold C-4B" abriu novas oportunidades de mercado. Mas, mesmo competindo diretamente contra a Chevrolet, Vic Jr. sabia aproveitar as oportunidades como poucos...
Empresário diferenciado, ele foi um dos fundadores da SEMA (Specialty Equipment Marketing Association) na década de 1960, tornando-se presidente da associação de 1971 a 1974. Além disso, decidiu lançar a linha "Streetmaster" de coletores de admissão, logo após a promulgação pelo congresso americano da “Lei do Ar Limpo” em 1971, aproveitando as novas exigências da Agência de Proteção Ambiental visando diminuir a poluição do ar causada por motores de combustão interna.
No final dos anos 1980 a Edelbrock mudou novamente suas instalações para a cidade de Torrance, Califórnia, e é onde está em funcionamento até os dias de hoje. 
Em 1994, a corporação Edelbrock aderiu ao mercado de ações na bolsa de valores NASDAQ, nesta operação foram levantados aproximadamente US$21 milhões, esse montante foi investido na construção de uma nova divisão de escapamentos também em Torrance, bem perto de onde já funcionava a sede da companhia.
A boa notícia foi que, mesmo com a capitalização da empresa, o envolvimento com as pistas nunca cessou. Um prova disso, desde 2002 a Edelbrock tem sido a patrocinadora principal da série “PRO Edelbrock Drag Racing”, uma iniciativa que oferece aulas de corrida profissional e esportiva, já na NASCAR a Edelbrock não patrocina uma equipe especificamente, mas em 2004 estabeleceram um contrato de US$250.000,00 (na época) pelo qual o adesivo com a marca é colocado em todos os carros do grid.
Em 7 de junho de 2010 a investidora IOP, “Industrial Opportunity Partners” de Chicago, adquiriu a Edelbrock Corporation, mas manteve Vic Jr. na presidência da companhia.
Otis Victor "Vic" Edelbrock Jr. foi presidente da empresa de 1962 até o seu falecimento aos 80 anos em 9 de junho de 2017, ele faleceu em sua casa em Rolling Hills, Califórnia.
As instalações atuais da empresa engloba diversos prédios com equipamentos modernos, centro de distribuição, uma fundição de alumínio e até mesmo um museu, empregando cerca de 720 pessoas.
A Edelbrock disponibiliza um catálogo com mais de 8.000 itens, englobando itens exclusivos para pilotos e para o mercado de peças de reposição, mas sempre com foco no aumento do desempenho, o DNA da empresa.

15/03/2019

Edelbrock (Parte 2)

Continuamos com a saga da Edelbrock...
Logo após o término da segunda guerra foi formada uma associação chamada CRA “California Roadster Association”, o objetivo desta entidade era organizar as corridas de roadsters e midgets em pistas ovais e as tentativas de recordes de velocidade nos lagos secos. 
Iniciativas como essa ajudavam o aumento da demanda por peças de performance e a Edelbrock, por sua vez, começava a levar vantagem sob os concorrentes, pois, além da sua qualidade, era uma das poucas as empresas que tinham peças disponíveis para atender rapidamente as encomendas.
Em 1946 eles lançaram o primeiro catálogo da empresa chamado de “Edelbrock Power and Speed Equipment”, para isso contaram com a ajuda do editor Pete Petersen (fundador do "Petersen Automotive Museum" em 1994).
Já nessa época muitos pilotos famosos, incluindo dois vencedores da Indy 500, eram membros da equipe Edelbrock, entre eles; Walt Faulkner, Perry Grimm, Cal Niday, Danny Oakes, Harry Stockman, Bill Vukovich, Rodger Ward e Bill Zaring.
A Edelbrock foi pioneira em muitas coisas, em 1948 foram os primeiros a usar o dinamômetro de motores, no ano seguinte se mudaram para um prédio de 460 m2 para conseguir aumentar a produção e lançar novos produtos. Carros com peças Edelbrock dominaram os lagos secos da California até chegarem ao Bonneville Speedway, no início do anos 1950.
Em Bonneville a rotina de quebra de (muitos) recordes continuou e Vic estabeleceu novas parcerias, como Alex Xydias da So-Cal e Don Waite (que virou vice-presidente de engenharia da Edelbrock de 1990 a 1995). 
Foi lançado um novo catálogo da Edelbrock que oferecia uma nova linha de linha de cabeçotes, coletores de admissão, volantes, pistões e comando de válvulas para Fords, Mercurys e Lincolns. Também trazia uma inovação oferecendo peças de terceiros como Paul Scheifer, Ed Iskenderian, Harmon & Collins e Ed Winfield.
Até 1955 Edelbrock fazia peças apenas para linha Ford (Ford, Mercury e Lincoln), mas teve que se render a Chevrolet com a chegada e sucesso do seu novo motor Small-Block (conhecido como Gen I). 
Vic Edelbrock Jr.
Após alguma experimentação e alguns recordes, para variar, em 1958 foi lançada uma linha de coletores para motores Pontiac e também para Chrysler. 
Neste ano Vic Edelbrock Jr. se formou em Administração pela USC, Jr. estava cada vez mais atuante no controle da empresa.
Infelizmente, em 1962, Victor Edelbrock Sr. faleceu em decorrência de um câncer com apenas 49 anos de idade, ele deixou a controle da empresa com dez leais funcionários e, na época, as vendas anuais giravam em torno de US$450.000,00, que eram valores bem "interessantes" para a época. 
Rapidamente o controle da empresa passou de vez para o filho de Vic Sr., Vic Edelbrock Jr. que tinha apenas 26 anos de idade na época.
Mas tem mais, aqui finalizamos esta bela história...

16/12/2018

Edelbrock (Parte 1)


A saga desta família e empresa começou muito tempo atrás, para ser mais exato em 1913, por isso teremos que contar esta história em partes...
Em 1913 Otis Victor Edelbrock Sr., apelidado de "VIC", nasceu na pequena vila agrícola de Eudora, perto de Wichita, no  Kansas. O seu pai era dono da mercearia local que foi o sustento da família Edelbrock até 1927, quando eles perderam tudo num incêndio.
Após o incêndio “Vic” foi forçado a deixar a escola para ajudar a sustentar a família, ele 
tinha um talento natural para mecânica e começou a trabalhar numa oficina como mecânico de automóveis, onde desenvolveu suas habilidades. 
Em 1931 a grande depressão atingiu o Kansas, diante destas dificuldades Vic decidiu mudar para a Califórnia indo morar com seu irmão, Carl Edelbrock.
Aqui cabe um comentário paralelo: Impressionante, tudo relacionado aos Hot Rods acontecia na Califórnia!!! 
O que existe neste lugar!?!?! 😳😳😳
Já morando na Califórnia Vic continuou trabalhando como mecânico de automóveis, mas com planos de juntar dinheiro para abrir sua própria oficina. 
Na parte da manhã, ele trabalhava em um estacionamento no centro de Los Angeles e casualmente conheceu uma irlandesa de 19 anos, Katherine (Katie) Collins que trabalhava como doméstica, comm quem se casou em junho de 1933.
Em 1934, Vic e o cunhado abriram a primeira oficina em Wilshire Boulevard, em Beverly Hills, depois de um tempo mudaram-se para um prédio próprio, na esquina da Venice Boulevard e Hoover em Los Angeles.
Nesta época Vic contratou Bobby Meeks como ajudante, que futuramente se transformou no “guru” dos motores Flathead e o seu braço direito na empresa, até se aposentar em 1993. 
A medida que os negócios cresciam eles mudaram a oficina de local mais 3 vezes, em 1936 nasceu Vic Edelbrock Jr., filho único do casal (guarde esse nome...). 
Em 1938, Vic Sr. comprou um Ford Roadster 1932 que virou o seu primeiro projeto e, sem saber, o ponto de virada para os seus negócios. 
Vic queria muto melhorar o desempenho do carro e se juntou a Tommy Thickstun para projetar um novo coletor de admissão para o motor flathead, porém ele não ficou feliz com o resultado e decidiu projetar o seu próprio coletor para utilizar dois caburadores stromberg 97, chamando-o de “The Slingshot”.
O carro foi testado nos lagos secos de Muroc e Rosamond, onde hoje é a Edwards Air Force Base, os resultados agradaram e Vic começou a vender o novo coletor Slingshot. 
Até o começo da guerra foram vendidas mais de 100 unidades, mas a  WWII afetou profundamente os negócios da empresa. Durante o conflito Edelbrock também ajudou no esforço de guerra fabricando partes de aviões, em Long Beach.
Em 16 de novembro de 1941, depois de retirar os para-lamas e calotas, o mesmo Ford 32 atingiu a velocidade de 195,45 km/h (121,42 mph) e acelerou a 7,41 segundos, novo recorde nacional de velocidade no quarto de milha.
Porém, logo as corridas foram proibidas pelo Office of Defense Transportation, todo o esforço financeiro e técnico nos EUA deveria ser em prol das forças armadas americanas.
Mas, em segredo, a Edelbrock projetou e desenvolveu uma nova linha de produtos, a nova linha abrangeria cilindros de alumínio e coletores e mudou para sempre o futuro da empresa...

Hot Logo - Fiat

A F.I.A.T (Fabbrica Italiana Automobili Torino) foi fundada em 11 de julho de 1899 por Giovanni Agnelli, a sede de empresa desde sempre continua em Turim, Itália.
Com quase 120 anos de história a empresa passou por muitas transformações, inclusive no seu logo; 

02/11/2018

Hot Logo - Chevrolet

A Chevrolet, aqui no Brasil não confundir com GM, foi fundada em 3 de novembro de 1911 pelo piloto de corridas e engenheiro mecânico Louis Chevrolet, William C. Durant (fundador da General Motors) e os investidores William Little (fabricante do automóvel Little) e Edwin R. Campbell (genro de Durant) mais tarde, em 1912, R.S. McLaughlin, do Canadá. 
Pouco tempo depois, em 1917, a empresa passou a pertencer ao grupo General Motors (GM).
A famosa marca da "gravatinha" tem mais de 100 anos de história, com vários modelos icônicos e, lógico, muitos logos...

07/09/2018

Carrozzeria Ghia

Aqui no blog temos admiração explicita pelo design automotivo Italiano, já falamos de alguns gênios (Bertone, Pininfarina, Scaglietti, Giugiaro e Zagato) e agora chegou a vez da Carrozzeria Ghia.
Giacinto Ghia nasceu em 18 de setembro de 1887, era piloto de testes da “Rapid e Diatto” até sofrer um grave acidente em 1915. Junto com o seu parceiro Gariglio fundou a Carrozzeria Ghia & Gariglio, na cidade de Turim, em 1916.
O foco da empresa desde o início foi o design e construção de automóveis. Produziam carros leves de alumínio e logo atingiram o sucesso vencendo a Mille Miglia de 1929, com um Alfa Romeo 6C 1500.
Durante a década de 1930 desenvolveram projetos especiais para a Alfa Romeo, Fiat e Lancia, como o cupê esportivo Fiat 508 Balilla (1933), com a escalada da segunda guerra a fábrica foi destruída durante um ataque aéreo em 1943, sendo depois reconstruída na Via Tomassi Grossi.
Giacinto faleceu em 21 de fevereiro de 1944 e logo depois a empresa foi vendida aos seus amigos Mario Boano e Giorgio Alberti, marcando o início de uma fase importante da empresa, em 1948 criaram a subsidiária Ghia-Aigle em Aigle, Suíça.
Boano teve muitas diferenças com o engenheiro-chefe e designer Luigi Segre, estes problemas levaram Boano deixar a Ghia em 1953 para ir trabalhar na Fiat, o irônico é que algum tempos depois Segre foi contratado pelo próprio Boano...😳
Em 1954, Luigi Segre assumiu a direção da empresa e a fábrica mudou-se para a Via Agostino da Montefeltro, ele nomeou Giovanni Savonuzzi como “Direttore Tecnico Progettazione e a Produzione Carrozzerie e Stile”, neste período (1953 a 1957) a GHIA tornou-se o mais influente estúdio de estilo italiano e por consequência definiu as grandes tendências de design automotivo no mundo. 
Lincoln Futura
A carteira de clientes da Ghia passou a contar com as maiores montadoras do mundo, tais como a Ford (encomendando o concept-car Lincoln Futura, qualquer semelhança do Batmóvel não é coincidência), a Volkswagen (a Karmann Ghia) e a Volvo (Volvo P1800) e até mesmo a Ferrari. 
Entre 1957 até 1960, Pietro Frua foi nomeando como chefe da Ghia Design, o seu principal trabalho foi o Renault Floride. 
Ferrari 410 Superamerica
Nesta fase a Ghia manteve uma grande parceria de 15 anos foi estabelecida com a Chrysler (e o seu designer Virgil Exner), resultando em 18 modelos Chrysler Ghia Specials como o K-310, Chrysler Norseman, C-200, SS (Styling Special), D’Elegance, SS Thomas Special, Dodge Firearrow I e II e as limusines Crown Imperial (preferidas das celebridades como Jackie Kennedy e Nelson Rockefeller). Luigi Segre tornou-se grande amigo de C. B. Thomas, vice-presidente da Chrysler, dizem que esse foi o pivô dos conflitos entre Segre e Boano, pois o ultimo não concordava com os rumos da parceria.
Aston Martin DB2
Os produtos Ghia adquiriram a “aura” de exclusividade, principalmente porque a produção anual sempre foi em números baixos. Após a morte de Segre, em 1963, o controle da Carrozzeria Ghia trocou de mãos algumas vezes, em 1966 Ramfis Trujillo assumiu e depois de um ano vendeu para o argentino radicado na Itália Alejandro de Tomaso
Apesar de De Tomaso ser do ramo, ele não conseguiu resolver as dificuldades financeiras da Ghia e em 1970 vendeu a sua participação para a Ford Motor Company.
Este processo não foi tão catastrófico para De Tomaso como podemos imaginar, afinal a Ghia e a Ford tiveram participação direta no projeto do De Tomaso Pantera, um super carro esportivo de alto desempenho, com motor central Ford V8.
Ford Ghia Brezza (concept)
A partir de 1973, a Ford passou a utilizar largamente o nome “Ghia” como seus modelos top de linha, associando a marca a nível de acabamento superior em seus carros. Entre os exemplos podemos citar o Mustang II, Granada, Capri, Cortina, Escort, Fiesta, Sierra, Orion, Scorpion, Mondeo e Focus, todos tiveram a sua versão “Ghia”. Até no Brasil tivemos o Ford Del Rey, Escort, Focus e Mondeo Ghia). 
A partir de meados da década de 2010, a Ford gradativamente passou a usar o termo “Titanium” no lugar de “Ghia” como referência de acabamento “top de linha”, provavelmente mais por estratégia de marketing do que algo desabonador para a “Ghia”.
O controle acionário da Carrozzeria Ghia SPA continua com a Ford até os dias de hoje, mas o foco atual do estúdio é produzir carros conceituais da Ford e suas subsidiárias.
Lista de alguns dos principais projetos da Carrozzeria Ghia:
Alfa Romeo 6C 1500 (1929)
Fiat 508 Balilla (1933)
Fiat 1500 Cabriolet (1935)
Aprilia Cabriolet (1937)
Delahaye 135M Ghia (1948)
Delahaye 235M Ghia (1948)
Ferrari 195 Inter Coupe (1950)
Ferrari 340 America Coupe (1951)
Talbot-Lago T-26 (1951)
Alfa Giulietta Sprint (1952)
Ferrari 212 Inter Coupe (1952)
Jaguar XK 120 Supersonic (1952)
Abarth Fiat 1100 (1953)
Alfa 1900 Sprint Supergioiello (1953)
Fiat 8V Supersonic (1953)
Ghia L6.4 (1961–1963)
Ghia 1500 GT (1963–1966)
Ghia 450 (1966–1967)

15/08/2018

Hot Logo - Triumph

Mais uma para a nossa série sobre evolução dos logos de marcas famosas...
Agora a Triumph, a empresa atual (Triumph Motorcycles Ltd) foi fundada em 1983, quando a original (Triumph Engineering) entrou em concordata, dá para acreditar que a empresa original foi fundada em 1885?
Como é que deixam uma empresa destas fechar? Isso é patrimônio nacional!

02/08/2018

Lola Cars (Round 1)

A Lola Cars foi uma das maiores construtoras de carros de corrida em todos os tempos, sua história é muito rica, desenvolvendo carros esporte e fórmula para competir e vencer na Europa e nos Estados Unidos.
No final dos anos 1940 um arquiteto inglês chamado Eric Broadley, nascido em 22 de setembro de 1928 em Bromley, Eric trabalhava em Londres como inspetor de qualidade e aproveitava o seu tempo livre participando do clube de automóveis "750 Motor Club" (bom assunto para outro post), um clube que tinha uma turminha bacana entre os seus associados, tais como Frank Costin, Colin Chapman, Len Bailey, Brian Hart e Arthur Mallock...
Aos poucos Broadley assumiu sua paixão por motores e começou a construir seus próprios carros, o seu primeiro projeto chamado de “Broadley Special” foi finalizado em 1956, utilizando um Austin 7 como base. 
Lola Mk1
O “Broadley Special” fez sucesso vencendo vários eventos locais e nacionais, Broadley ficou empolgado e começou um novo projeto que chamou de “Lola Mk1”, o nome veio da canção "Whatever Lola Wants" criada por Richard Adler e Jerry Ross para Gwen Verdon. 
Chegaram algumas encomendas do Mk1 e em 1958 nascia de fato a “Lola Cars Ltd.”, a sede da empresa ficava em West Byfleet, Surrey, e até o ano de 1962 produziram 35 unidades do modelo MK1.
Em 1960 a Lola produziu o primeiro projeto de rodas abertas para a Fórmula Júnior, chamado de Mk2, que não chegou a ser dominante porque ainda usava motor dianteiro quando a tendência da Fórmula JR já era carros com motor traseiro ou central, ainda assim foram produzidas 42 unidades do MK2 até 1961 até ser lançado o MK3 com motor central. 
Logo os resultados da Lola começavam a incomodar os fabricantes tradicionais da Fórmula JR, Lotus e a Cooper.
Em 1962 a Lola decidiu se aventurar na F1, o Lola Mk.4 com motor Climax FWMV 1,5 litros foi o primeiro "Lola F1" a ser fornecido para equipes clientes. O projeto tinha algumas soluções inovadoras como suspensão dianteira usando os “wishbones” inferiores e links transversais superiores com braços radius, na traseira tinha links transversais superior e inferior e braço “radius”, basta dizer que estas soluções acabaram por virar padrão na F1 na década de 1970.
A estreia do Mk4 foi no GP da Holanda com a equipe “Bowmaker-Yeoman Racing” de Reg Parnell com os pilotos eram John Surtees e Roy Salvadori, John Surtees conseguiu a pole position logo na sua primeira corrida, eles marcaram pontos várias vezes e tiveram 2 pódios no ano, porém a esperada vitória no campeonato mundial de F1 não veio. 
Lola Mk4
No ano seguinte os resultados foram muito fracos, então a Lola decidiu abandonar a F1 e voltar seus esforços para carros esporte, Fórmula JR (Mk 5) e Fórmula 2, onde a Lola tornou-se a parceira oficial da BMW por vários campeonatos.
Um dos primeiros projetos de Broadley de carros esporte foi o cupê Lola Mk.6 equipado com um motor Ford V8 de 4, 2 litros, a Ford viu e gostou tanto que adquiriu o projeto para unificar os conceitos com outro projeto de Roy Lunn, o resultado foi um tal Ford GT40, em 1964. 
Por outro lado, o acordo com a Ford “amarrou” a construção de carros esporte da Lola por 2 anos, mas Broadley conseguiu romper o acordo e um ano depois voltou a desenvolver novos projetos, criando o maravilhoso Lola T70 em 1965.
O T70 teve muitos triunfos no mundial de marcas e o título da Can-Am em 1966 com John Surtees, em 1 ano foram produzidos 47 Lolas T70 nas versões Mk1 e Mk2.
Lola Mk6
Em 1966, a Lola também conseguiu a sua primeira vitória em Indianápolis com a equipe John Mecom, foram alinhados 3 carros T90's para os pilotos Jackie Stewart, Rodger Ward e o vencedor Graham Hill, na edição de 1967 conseguiram o segundo lugar com Al Unser pilotando um chassi T90 modificado. 
A Lola ficou fora da F1 até 1967 quando então fecharam um acordo para ajudar a Honda Racing e o piloto John Surtees. 
A Honda estava com um problema de excesso de peso no chassi, a Lola utilizou um T90 (que correu em Indianapolis em 1966 como base) para desenvolver um novo carro, nascia o Honda RA300 (ou Lola T130) que foi o vencedor do GP da Itália daquele ano. 
Lola T70 Mk1
O Lola T70 seguiu sendo aprimorado nos anos seguintes, mais de 100 unidades foram produzidas e vieram várias vitórias, entre elas Denny Hulme venceu o Tourist Trophy em 1968 com um Mk3B (ou T76), entre 1969 e 1970 pilotos como Frank Gardner, Trevor Taylor, Paul Hawkins e Mike de Udy tiveram várias vitórias em eventos da SCCA. 
A Lola renovou o modelo T70 para enfrentar a temida McLaren no campeonato de Can-Am, mas em 1968 conseguiram apenas uma vitória, foi na etapa de Las Vegas com John Surtees. 
Em 1969 foi lançado o T162, mas novamente foram atropelados pelos McLarens, o sucessor foi o T163 com que Parsons conseguiu apenas um segundo lugar e dois terceiros.

31/05/2018

Hot Logo - Oldsmobile

Vamos lembrar a evolução dos logos de uma das mais antigas marcas automobilísticas do mundo...
Fundada por Ransom E. Olds em 21 de agosto de 1897 e fechada por decisão da General Motors em 29 de abril de 2004
Deixou saudades? Com certeza!

02/03/2018

Hot Logo - McLaren

O logo de um fabricante geralmente é o resultado de um grande trabalho de marketing, por onde estes tentam transmitir seus valores e características dos seus produtos aos clientes, não só fazer propaganda!
Resolvemos iniciar um série mostrando a evolução dos logos de grandes fabricantes ao longo da sua história, então vamos começar em grande estilo; Mclaren.
Fundada pelo Neozelandes Bruce Mclaren em 1963, hoje é um conglomerado de empresas de alta tecnologia e não "apenas" um dos mais vitoriosos times da F1. 
Os "Kiwis" tornaram-se um dos principais fabricantes de Hypercarros do mundo, também atuando em outras áreas de tecnologia de ponta, por exemplo, será a fabricante das baterias da F-E a partir de 2019.

20/06/2017

Holley Brothers

A Holley não é apenas das maiores e mais antigas empresas de peças “aftermarket” dos Estados Unidos, devemos toda a reverência a quem já produziu mais de 250.000.000 de carburadores ao longo de sua história. A partir da década de 1960, até as categorias mudarem para injeção eletrônica de combustível, todas as equipes da NASCAR e os campeões da NHRA Pro Stock utilizaram carburadores Holley.
Se atualmente você tem um quadrijet no seu V8 (eu conheço bem isso) é difícil imaginar que todo este legado vem desde o Ford modelo T, passando por mais de metade dos carburadores utilizados pelos veículos militares na Segunda Guerra Mundial (carros, barcos e aviões), depois pelos muscle cars da década de 1970 e segue até hoje.
Em 1896 dois irmãos chamados George (1878-1963) e Earl Holley (1881 – 1958) eram adolescentes quando produziram o seu primeiro motor, um pequeno motor monocilíndrico que foi instalado em um carro de três rodas chamado "Runabout" que atingiu espantosos 30 MP/H. Depois vieram algumas bicicletas motorizadas e um modelo de quatro rodas chamado Holley Motorette que teve cerca de 600 unidades produzidas e vendidas a US$550,00 cada, nascia a “Holley Motor Company” em Bradford, Pennsylvania.
Em 1903, o próprio Henry Ford encorajou os irmãos Holley a concentraram-se na fabricação de carburadores e sistemas de ignição, ele encomendou um carburador para o modelo T. Com o sucesso os irmãos decidiram fundar a “Holley Carburetor Co” e logo tornaram-se um dos maiores fornecedores Ford e líderes do mercado, em
Holley Motorette
abril de 1905 mudaram a empresa para Detroit, Michigan.
Veio a Primeira e Segunda Guerras Mundiais e a Holley teve participação importante em projetos militares, oferecendo carburadores variáveis venturii para DC-3, barcos Packard e nos bombardeiros B-25. Ao final da guerra a demanda por automóveis cresceu bastante e rápido, foi então que a Holley passou a oferecer peças para o mercado de reposição, não demorou muito para se envolverem com os rodders que quebravam recordes nos desertos de sal como Bonneville e El Mirage utilizando o famoso Holley 94, começava o grande envolvimento da empresa com as competições.
Em 1952 a fábrica mudou-se para Bowling Green, Kentucky, em 1957 foi lançado o carburador modelo Holley 4150 no Ford Thunderbird, este foi o
primeiro dos modelos “4-barrel” que acabou tornando-se quase como um “padrão” para os carros de alto desempenho.
Até a década seguinte o 4150 foi usado nos Camaro Z28, Chevelle com motores big block, Mustang Boss e Shelby Cobra, em seguida foram lançados os “3 deuce multi carb” para os Corvettes 427 e motores Mopar 440 (Six Pack), em 1968 foi lançada a linha “dominator” desenvolvida especificamente para a NASCAR.
Em 1967 a companhia atingiu o patamar de negócios de US $ 40 milhões em 1967, logo depois a controle da empresa saiu da família Holley para outros investidores do mercado.
Na década de 1970 a Holley lançou a bombas elétricas “blue”, que também se tornaram uma “referência” no assunto, depois vieram os coletores de admissão de alumínio da popular Z-Series, desenvolvimento conjunto com o incrível ZoraArkus-Duntov.
A partir da década de 1980 a empresa se posicionou como o único fabricante a oferecer sistemas de combustível completos, desde a bomba de combustível até os sistemas de exaustão, também não ficaram parados em termos de tecnologia lançando produtos de injeção de combustível através da linha “Pro-Jection”.
Mais recentemente novas linhas de produto e atualizações foram lançadas como
os carburadores “HP Pro-Series” e os kits de motores “SysteMax” que oferecem cilindros, cabeçotes, válvulas e coletores especiais.
A partir do final da década de 1990 a Holley adquiriu outras marcas para agregar ao seu portfólio, atualmente a “Holley Performance Products” continua sediada em Bowling Green empregando cerca de 3.000, com outras quatro instalações em três estados.
As linhas de produtos vão dos tradicionais sistemas de injeção de combustível aos coletores de admissão, super-chargers, injeção
de óxido nitroso, sistemas de exaustão e embreagens, tanto para utilização nas ruas como em diversos níveis de competição. Fazem parte do grupo marcas como MSD Performance, Nitrous Oxide Systems (NOS), Weiand, Flowtech, Earl's Performance Plumbing, Hooker Headers, Demon Carburetion, Racepak, Superchips, Diablosport, Edge Products, Accel Ignition, Quick Time, Hays Clutches, Mr. Gasket, Lakewood e Mallory Ignition.
2013 marcou o 110o. aniversário do grupo, vida longa e próspera para a Holley.

04/02/2017

Bibendum (Michelin Man)

Várias marcas de carros, motos e afins são facilmente reconhecidas por seus símbolos e mascotes corporativos, temos vários exemplos como o “Spirit of Ecstasy” da Rolls Royce.  Neste contexto existe um simpático boneco criado a mais de 100 anos que é um dos mais populares, embora nem sempre lembrado (pelo menos no Brasil) pelo seu nome real, o “Bibendum” ou o “Michelin Man”.
A história desta mascote balofa começa um pouco por acaso, como a maioria das boas ideias...
Em fevereiro de 1893, André Michelin, dava uma palestra sobre o “inovador” produto chamado pneu na Sociedade dos Engenheiros Civis, explicando a importância dos pneus para uma viagem mais segura e confortável. Foi então que ele disse uma frase que acabou entrando para a história: "O nosso pneu bebe os obstáculos!". 
Em 1894 na Exposição Universal e Colonial de Lyon, o seu irmão Edouard Michelin observa algumas pilhas de pneus na entrada do pavilhão, ele comenta com André que colocando braços e pernas aquilo viraria um boneco!
Os irmãos Michelin seguiram a vida, em 1897 Édouard observava os desenhos do cartunista Rossillon (assinava com o pseudônimo O'Galop) e uma imagem lhe chamou a atenção. Era um homem gordo levantando uma caneca que lhe devolveu a lembrança da pilha de pneus em Lyon, a imagem estava sob a frase em latim “Nunc est bibendum” (“Está na hora de beber”), semelhante com a frase de André “O pneu bebe os obstáculos”. Combinando as ideias estava definido o que viria a ser o “Michelin Man”.
O passo seguinte foi encomendar uma nova caricatura para O' Galop, o criador do desenho, em 1898 ele apresentou a primeira prova; um personagem formado de pneus, óculos inspirados nos de André Michelin, sentado atrás de uma mesa, segurando uma taça cheia de cacos de vidro e pregos e dizendo: "A sua saúde, nosso pneu bebe os obstáculos". 
Muito louco esta história!
Se a imagem havia sido aprovada o personagem ainda não tinha um nome, mas também acabou definido meio ao acaso. Meses depois durante a corrida Paris-Amsterdã-Paris, o piloto Théry olhou para André Michelin e exclamou: “Olhe o Bibendum!”, pronto, estava criado o nome de um das mascotes mais carismáticos e bem humorados da publicidade mundial: Bibendum. 
Ao longo dos anos a imagem do boneco passou por algumas mudanças, para manter-se alinhada com as exigências de marketing e o desenvolvimento da empresa, mas conseguiu sobreviver a todas as modas e tendências de marketing. Talvez seu grande trunfo seja ser facilmente alterado para se adequar ao país em questão, por exemplo, no Norte de África foi caracterizado como um beduíno torrado pelo sol adquirindo uma cor acinzentada.
Em 1905 foi feita uma encomenda para O´Gallop atualizar o personagem, nesta versão foi incluída uma lança em uma mão, o escudo na outra e passou a usar um capacete. A frase de acompanha o personagem mudou para "My strength is as the strength of ten because my rubber's pure" (“Minha força é a força de dez, pois minha borracha é pura”), ressaltando à superioridade Michelin em relação aos concorrentes.
A Michelin passou a usar massivamente o Bibendum nas suas estratégias de marketing, o boneco foi usado também para reforçar os valores da empresa, a alta qualidade dos produtos e muita proximidade com os clientes.
Em 1906 foi aberto um fábrica na Itália e no ano seguinte lançado o jornal “Il
Pneumatico Michelin - Consejos y Prodigios de Hombre Michelin” (“O pneu Michelin – Conselhos e Maravilhas do Homem Michelin”). Em 1925 foi apresentado na Indochina, em 1931 em Karlsruhe (Alemanha) em 1933 na Argentina, em 1934, em Espanha e Tchecoslováquia.
Bibendum continuou sendo adaptado às necessidades do momento, removendo e adicionando conteúdo e recursos. Após os anos 1920 parou de fumar charutos e cigarros no meio de uma epidemia de tuberculose, nos anos seguintes a sua imagem chegou a tornar-se um personagem muito mais atlético e ativo, até ser apresentado como um super-herói lutando contra o mal.
De fato o “Michelin Man” já não é apenas um logotipo para ser reconhecido pelos consumidores, podemos dizer que já está mais para um ícone pop. Já virou brinquedo, é protagonista de uma extensa coleção de livros especializados e chegou a participar em um curta-metragem que ganhou um Oscar.
Nos Estados Unidos, os americanos até hoje consideram o “Michelin Man” um verdadeiro cidadão do país. Os franceses o chamam carinhosamente de “Bib”. O boneco Michelin foi eleito o melhor logotipo do mundo pelo jornal “Financial Times” e pela revista “Report On Business” no ano 2000.