30/01/2016

Cosworth (Round 2 - Final)

Ford Zetec V8 3.6L
Finalizando o nosso bate-papo sobre a Cosworth...
A temporada de 1977 marcou o retorno dos motores turbo a F1 com a Renault, se a principio não assustaram muito, gradativamente os motores turbos alimentados passaram a dominar a F1 e novos fabricantes, como Porsche e Honda, passaram a serem protagonistas. Estas mudanças selaram o final do reinado do DFV e um frustrado Duckworth dizia "Turbo compressores foram feitos por pessoas que não conseguem construir motores”. A ultima vitória do DFV veio no GP de Detroit de 1983, com uma Tyrrell pilotada por Michele Alboreto. 
No âmbito empresarial a Cosworth mudava de donos pela primeira vez quando em 1980 foi vendida para a UEI - United Engineering Industries, entretanto Costin e Duckworth continuaram envolvidos nos assuntos técnicos da empresa.
Cosworth XB Turbo para F-Indy
Apesar das mudanças dentro e fora das pistas, o sucesso da Cosworth continuou nas décadas de 1980 e 1990 em diversas categorias ao redor do mundo. Em 1987 venceram o WTCC com um Ford Sierra RS500 Cosworth, Michael Schumacher ganhou o seu primeiro titulo na F1 com um Ford Zetec V8 em 1994 e nos Estados Unidos os motores Ford Cosworth DFX e XB dominaram a Cart/Fórmula Indy entre 1986 e 1992.
Para acompanhar a revolução causada pelo uso da eletrônica e novas tecnologias na indústria automobilística e nas corridas, em 1987 a Cosworth fundou uma divisão de eletrônica chamada Pi Research e comandada por Tony Purnell.
Keith Duckworth se aposentou em 1990 e o controle da empresa passou para o Vickers Group, estes por sua vez venderam a empresa 1998 para o grupo Audi, como esta mudança afetaria profundamente os planos de competição da Ford a Cosworth foi dividida em duas partes: Cosworth Technology (engenharia, produção e fundição) controlada pela Audi e a Cosworth Racing (esportivo) que continuou sobre controle da Ford.
Foi desta forma que a Cosworth voltou para a F1 fornecendo os motores e sistemas eletrônicos para a nova equipe “Stewart Grand Prix Formula One team” do tricampeão Jack Stewart e que chegou a vencer 1 GP com Johnny Herbert na Malásia em 1999, ao final da temporada a Ford adquiriu o controle total de equipe e a rebatizou como Jaguar Racing. Nesta época as empresas também foram fornecedoras de motores e eletrônica para a equipe Ford do WRC, fazendo uma parceria de sucesso com Colin McRae e Carlos “El matador” Sainz.
No começo dos anos 2000 a Cosworth, através da Ford, rivalizou com a Chevrolet nos dois campeonatos de formula nos Estados unidos; Na IRL Indycar com o modelo XG e na Champ Car com o Cosworth XF.
Em 2004, a Cosworth Racing mudou de mãos novamente quando Jerry Forsythe e Kevin Kalkhoven, coproprietários da “Champ Car World Series” (sucessora da CART), compraram a empresa da Ford. Os novos donos diversificaram a atuação buscando novos mercados em engenharia automotiva avançada, eletrônica de precisão e na indústria aeroespacial e de defesa. Por sua vez a Cosworth Technology foi vendida pela Audi para o grupo Mahle em 2005, o negócio girou em torno de US$4 bilhões e a empresa foi renomeada para Mahle Powertrain.
Em 2013 foram divulgados os planos de construção de uma nova fábrica em Northampton, coincidindo com os 50 anos de empresa na cidade. A nova fábrica vai oferecer motores de alto desempenho para fabricantes de supercarros, além de produtos de alta performance e tecnologia para o mercado de competição.
A Cosworth forneceu motores na F1 pela ultima vez para a equipe Marussia na temporada de 2013, infelizmente sem nenhum sucesso, marcando uma despedida melancólica do mais bem sucedido fabricante independente de motores de todos os tempos. Despedida pelo menos até agora, em se tratando de Cosworth vale a pena esperar pelos próximos capítulos... 
Por hora fica de aperitivo a linda sinfonia gerada por um Cosworth de F1!


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