22/06/2017

Tasman Series

Os campeonatos da “Tasman Cup” ou “Tasman Series” ocorreram entre 1964 a 1976, o período de maior sucesso da categoria foi entre entre os anos de 1964 a 1969.
A "Tasman Series" não teve a mesma repercussão em todos os cantos do mundo, uma grande injustiça pois basta olhar o “nível” dos pilotos que participaram, em especial durante os anos iniciais da categoria, para ver o nível da competição. 
O nome do campeonato foi inspirado no Mar de Tasmânia que fica entre os dois países onde ocorriam as corridas; Nova Zelândia e Austrália, os autódromos principais foram Levin, Pukekohe, Wigram, Teretonga Park, Sandown Park, Warwick Farm, Lakeside, Longford e outros.
Eram utilizados monopostos semelhantes aos F1 da época, geralmente modelos do ano anterior, e motores de 2.500 cm3 “obsoletos” da F1 utilizados até 1960,  como o Climax FPF, Cosworth DFW (variante do lendário DFV) e BRM com uma versão de capacidade reduzida do motor V12 da F1.
Dois fatores ajudavam a atrair muitos pilotos da F1, as corridas da Tasman ocorriam de janeiro até início de março que era o período sem corridas de F1 no inverno do hemisfério norte, e o regulamento técnico muito próximo da F1. 
De fato, os principais pilotos da época disputavam a Tasman Series, os locais como Jack Brabham, Bruce McLaren, Chris Amon e Denny Hulme e estrangeiros como Jim Clark, Graham Hill, Phil Hill, John Surtees, Jochen Rindt, Pedro Rodríguez e Jackie Stewart. 
UAU! Não é a toa que os organizadores da F1 deram um jeito de cortar o barato da Tasman Series...
Tecnicamente, as melhores temporadas da categoria foram de 1968 e 1969, a Lotus disputou o campeonato com os pilotos Jochen Rindt e Graham Hill e o modelo 49BT, a Ferrari tinha Chris Amon e Derek Bell em modelos Dino derivados dos chassis F2 e motores V6 2.400 cm3, já a equipe de Frank Williams utilizou chassis Brabham BT24 com motores Cosworth 2.500 cm3.
O irônico foi que motivos do sucesso da "Tasman" também influenciaram o seu declínio, a concorrência pelo poder com a F1 e uma escalada de custos levou equipes tradicionais a reverem suas estratégias; valeria a pena participar de um campeonato "menor e menos importante" do que a já estabelecida F1?
Nos campeonatos seguintes, 1970 e 1971, apenas uma equipe inscreveu um carro com motores Cosworth DFW.
A organização da Tasman tentou recuperar a importância da categoria com mudanças no regulamento para redução de custos, foi permitido a participação de monopostos de Fórmula 5000 para atrair novos construtores como McLaren, Lola, Chevron e Surtees, mas com motores reduzidos para 2.500 cm3.
Em 1972 os motores foram reduzidos novamente para 2.000 cm3, ainda assim os custos continuaram aumentando e novas mudanças de regulamento foram introduzidas em 1975. As quatro etapas que ocorriam na Austrália se tornaram a “Rothmans International Series”, mantendo o regulamento da Fórmula 5000, e as outras quatro corridas da Nova Zelândia se tornaram a "Peter Stuyvesant Series". 
A partir de 1976 o campeonato passou a utilizar os carros da Fórmula Pacific, mas sem atrair patrocinadores e equipes fortes o campeonato perdeu apelo e foi extinto.
Em 1999 chegaram a ser realizados, por dois anos, um campeonato com o nome de Tasman Series com corridas realizadas na Nova Zelândia, mas foi apenas uma iniciativa que reviveu o nome original, sem relação original com o campeonato original.
Ficou o legado de um grande campeonato, mas que como outros não resistiu por dividir espaço com a badalada F1.
Relação dos Campeões

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