06/04/2020

Bruce McLaren (parte 1)

Só pelo sobrenome já dispensaria apresentações, mas nunca é demais reverenciar uma grande lenda do automobilismo, dos dois lados do Box; Bruce McLaren.
Bruce Leslie McLaren nasceu em 30 de agosto de 1937 em Auckland na Nova Zelândia, ele frequentava a Meadowbank Primary School quando, com apenas com nove anos de idade, foi diagnosticado com doença de Perthes nos quadris. 
O pequeno Bruce passou por uma difícil e lenta recuperação de quase 2 anos, e ao final ainda deixou a sua perna esquerda mais curta que a direita. Desde cedo ele mostrava ser um vencedor!!
Seus pais, Les e Ruth McLaren, possuíam uma oficina em Remuera Road, seu pai também participava de corridas de carros em um clube local, assim Bruce passava horas no oficina e foi desenvolvendo a sua paixão pelos carros.
Em 1951, aos 14 anos, junto com o seu pai restauraram um Austin 7 Ulster e com esse carro no ano seguinte estreava nas corridas locais. Em 1954, Bruce participou do que podemos dizer que foi a sua primeira corrida real, foi evoluindo como piloto, comprando e modificando outros carros até comprar um Cooper-Climax de Fórmula 2.
Com este carro, que Bruce também fez muitas modificações, sagrou-se vice-campeão de F2 na Nova Zelândia de 1957 a 1958. A sua ótima atuação no GP da Nova Zelândia de F2 em 1958 foi notada por um tal Jack Brabham, Bruce também foi selecionado para o "Driver to Europe", um programa de talentos que levava um piloto local para competir na Europa.
Chegando na Europa ele entrou para a equipe de Charles e John Cooper, a mesma equipe de Jack Brabham, e ficou por lá sete anos. 
Começou a competir na F2, no GP da Alemanha em Nürburgring os carros F2 e F1 competiram juntos, Bruce foi o primeiro F2 e o quinto no geral e começava chamar atenção de todos pelo seu talento. 
A primeira vitória na F1 veio em 1959, vencendo o GP dos Estados Unidos, com apenas com 22 anos e 104 dias tornou-se o mais jovem vencedor de GPs (sem incluir a Indianapolis 500) até então. 
Em 1960 ele voltou a vencer, GP da Argentina, e terminou o ano como vice campeão da F1, atrás apenas do seu amigo Jack Brabham. 
Bruce voltou a vencer no GP de Mônaco de 1962, terminando em terceiro lugar no campeonato da F1 daquele ano, ele continuou correndo e vencendo pela Cooper (incluindo o GP da Nova Zelândia em 1964), mas em paralelo em 1963 ele fundou uma equipe que seguramente tornou-se uma das 3 maiores de todos os tempos, a Bruce McLaren Motor Racing Ltd, em homenagem ao seu país natal os carros exibiam o logotipo "speedy Kiwi".
Le Mans 1966
Bruce McLaren decidiu deixar a Cooper no final de 1965 e construir, como seu amigo Jack Brabham, o seu próprio F1, convidando para formar o time outro amigo e piloto Kiwi, Chris Amon. 
Foi junto com Chris Amon que Bruce venceu talvez a sua mais importante corrida, as 24 Horas de Le Mans da lendária edição de 1966 com o não menos lendário Ford GT40.
Amon ficou na equipe McLaren de F1 até 1967, quando mudou-se para a Ferrari deixando Bruce um pouco chateado, para o campeonato de 1968 a vaga de Amon foi preenchida outro amigo e piloto Kiwi, simplesmente o campeão da F1 de 1967, Denny Hulme.
Bruce em SPA 1968
A quarta vitória de Bruce na F1 ocorreu em 1968 e foi muito mais do que especial, afinal ocorreu no templo sagrado de Spa com um carro construído pelo ele, a segunda vez na F1, Hulme ainda venceu outras duas vezes naquele ano.
A melhor temporada da equipe na F1, até então, foi no campeonato de 1969 com o terceiro lugar no campeonato de construtores.
Porém, a
pesar dos bons resultados da F1, foi mesmo na CA-AM que a equipe McLaren fez história...
Assunto para este próximo post.

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