Eu não conhecia a história de Burt Munro antes de assistir o filme “Desafiando os limites” (“The World Fastest Indian” de 2005, direção de Roger Donaldson), de fato só assisti ao filme por causa do ator principal, Anthony Hopkins. O enredo do filme e a atuação de Hopkins são muito bons, então fiquei curioso por saber se a história do personagem principal, exemplo de persistência e dedicação, era verdadeira ou não.
Pesquisei um pouco e me encantei ainda mais com a história de Burt Munro!
Herbert James "Bert" Munro nasceu em 25 de março de 1899, em Invercargill, Nova Zelândia, cresceu em uma fazenda em Edendale. Após um erro de ortografia do seu nome em uma revista de americana de motociclismo, decidiu mudar seu apelido para “Burt” em 1957.
Sua irmã gêmea morreu no parto e os médicos deram a Burt uma expectativa de dois anos de vida. Parece incrível, mas desde cedo já desafiava todos os seus limites. No final da Primeira Guerra Mundial o seu pai vendeu a fazenda, com a depressão econômica mundial do início do século XX passou a trabalhar como vendedor de motos e mecânico.
Ele começou a correr de motocicletas e até conseguiu um relativo sucesso na Nova Zelândia e Austrália, o primeiro dos seus sete recordes de velocidade da Nova Zelândia foi obtido em 1938, já com 39 anos.
Sua grande companheira era uma motocicleta Indian Scout, com motor V-twin de 606 cc de 1920 (a velocidade original era de 55 mph ou 89 km/h), que vinha sendo modificada por ele mesmo desde 1926, Munro se referia a moto como “Munro Special”.
Após a Segunda Guerra Mundial ele se divorciou, em 1947, e foi morar em uma garagem onde continuou modificando suas motos (ele também tinha um Velocette MSS de 1936). Enfrentava dois grandes desafios; falta de peças (alguém já tinha ouvido falar de Invercargill?) e, adivinhem, falta de dinheiro.
Burt não se curvava perante as dificuldades, para se ter uma ideia ele sofria de angina desde os anos 1950.
Todos os seus ganhos eram utilizados nas modificações de suas motocicletas, trabalhava durante quase todas as noites nas motos e de manhã ia trabalhar, sem ter dormido na noite anterior. Para driblar a falta de recursos ele passou a fabricar suas próprias peças e improvisar as ferramentas, para isso abusava da criatividade e não se importava muito com segurança, chegava até a utilizar partes de latas velhas para fazer pistões, bielas e outras peças de motor. Entre outras modificações, o motor original da Indian chegou a incríveis 950 cc e desenvolveu um sistema de transmissão por corrente tripla.
Todos os seus ganhos eram utilizados nas modificações de suas motocicletas, trabalhava durante quase todas as noites nas motos e de manhã ia trabalhar, sem ter dormido na noite anterior. Para driblar a falta de recursos ele passou a fabricar suas próprias peças e improvisar as ferramentas, para isso abusava da criatividade e não se importava muito com segurança, chegava até a utilizar partes de latas velhas para fazer pistões, bielas e outras peças de motor. Entre outras modificações, o motor original da Indian chegou a incríveis 950 cc e desenvolveu um sistema de transmissão por corrente tripla.
Como começou a sua fascinação por Bonneville não é relevante, mas Munro decidiu transformar a sua "Munro Special" na Indian mais rápida do planeta e participou dez vezes do “Bonneville Speedweek” e estabeleceu três recordes mundiais (1962, 1966 e 1967). Na primeira vez que foi a Bonneville, Burt já tinha 63 anos de idade e a sua moto 42 anos de uso!
No recorde de 1962 a “Munro Special” tinha um motor de 883 cc e atingiu 288 km/h (178,95 mph), a mais rápida na sua classe.
Em 1966 estabeleceu o segundo recorde com 270,476 km/h (168,066 mph) e o motor chegando a 920 cc. No ultimo recorde, em 1967, o motor chegou ao seu limite de 950 cc e registrou 295,453 km/h (183,586 mph) na sua classe.
Na qualificação (one-way) chegou a 305,89 km/h (190,07 mph), a velocidade mais rápida registrada oficialmente por uma Indian.
Em 1966 estabeleceu o segundo recorde com 270,476 km/h (168,066 mph) e o motor chegando a 920 cc. No ultimo recorde, em 1967, o motor chegou ao seu limite de 950 cc e registrou 295,453 km/h (183,586 mph) na sua classe.
Na qualificação (one-way) chegou a 305,89 km/h (190,07 mph), a velocidade mais rápida registrada oficialmente por uma Indian.
Burt Munro morreu em seis de Janeiro de 1978, aos 78 anos de causas naturais. Ele teve quatro filhos do seu único casamento. Em 2006, Munro foi introduzido no “AMA Motorcycle Hall of Fame”, a eterna "Munro Special" original atualmente pertence a um entusiasta na Nova Zelândia, sendo exposta regularmente no E Hayes & Sons na sua cidade natal, Invercargill.
Em março de 2013 a Indian Motorcycles anunciou o lançamento de um modelo “streamliner custom-built” chamado “Spirit of Munro”, a moto foi construída para ser usada em shows como uma homenagem às sua s realizações.
Outro fato surpreendente aconteceu em agosto de 2014, quando o seu recorde de 1967 foi quebrado.
Sabem o nome do novo recordista; Burt Munro, isso mesmo. 36 anos após a sua morte!!!!
Sabem o nome do novo recordista; Burt Munro, isso mesmo. 36 anos após a sua morte!!!!
O que ocorreu foi que o filho de Burt, John Munro, notou um erro de cálculo nos registros oficiais da AMA (American Motorcyclist Association). Pelos registros de 26 de agosto de 1967, Burt Munro atingiu uma média de 183,586 mph (295,453 km/h) em duas medições, na primeira 184,710 mph (297,261 km/h) e na segunda 183,463 mph (295,255 km/h), refazendo as contas John Munro chegou à média de 184,087 mph (296,259 km/h).
A AMA, que não utilizava calculadoras na época, revisou os números e oficializou o novo recorde.
Burt, onde quer que esteja, deve ter ficado muito feliz!
Para entender melhor o que Munro representa como ser humano, exemplo de dedicação, resiliência e persistência fica a nossa dica, assistam ao filme “Desafiando os limites”.
A AMA, que não utilizava calculadoras na época, revisou os números e oficializou o novo recorde.
Burt, onde quer que esteja, deve ter ficado muito feliz!
Para entender melhor o que Munro representa como ser humano, exemplo de dedicação, resiliência e persistência fica a nossa dica, assistam ao filme “Desafiando os limites”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário