08/02/2021

Cascos - Lap 6 (Grã Bretanha)

Seguindo na série sobre pintura de capacetes (parte anterior aqui)...
Dizem que se um piloto inglês é bom ele é inglês, mas se for ruim é britânico, mas quando um piloto britânico (escocês, Irlandês ou Galês) é bom ele é britânico, se não for bom segue a nacionalidade dele mesmo... 
Chega de maldade, vamos mostrar mais algumas coisas que fazem a cabeça dos pilotos britânicos;
Eddie Irvine (na Ferrari)
Justin Wilson
Allan McNish
Andy Priaulx

Peter Collins

Mike "The Bike" Hailwood
Derek Bell
Peter Gethin

Anthony Davidson

03/02/2021

What´s your nickname? LA AUDACIA | ADVOGADO VOADOR

Emilio Giuseppe "Nino" Farina nasceu em 30 de outubro de 1906 em Turin e faleceu aos 59 anos, 30 de junho de 1966 na França, em um acidente automobilistico.
Nino foi o primeiro campeão mundial de Fórmula 1 em 1950 (com a Alfa Romeo) e também campeão italiano de GP em 1937, 1938 e 1939, entre outras tantans vitórias.
Além do apelido de infância, ele também era conhecido nas pistas como "La Audácia" ou "Advogado Voador". 
O primeiro apelido vinha do seu reconhecido arrojo e ousadia atrás do volante, o segundo apelido era por ser formado em direito, mesmo sem nunca ter exercido a advocacia.

01/02/2021

Gordon Bennett Cup

Um dos primeiros grandes eventos de automobilismo da história, essa h
istória começa em 1899 quando o seu idealizador, o milionário americano James Gordon Bennett Jr. (10 de maio de 1841, Nova York, USA - 14 de maio de 1918, Beaulieu-sur-Mer, França), decidiu oferecer ao Automobile Club de France (ACF) um troféu a ser disputado anualmente.  
Gordon Bennett era dono do jornal "New York Herald" e um grande fã das corridas de automóveis, teve a ideia de promover uma competição entre clubes nacionais ou nações, não por pilotos disputando a vitória individualmente. 
Os custos do evento seriam compartilhados entre a organização e os participantes, o primeiro evento seria na França e os seguintes seriam realizados no país do vencedor do ano anterior. 
As regras determinavam carros com dois assentos lado a lado, para piloto (motorista?) e mecânico, peso mínimo (vazio) de 400 kg e, importante, tinham que ser construídos inteiramente no país que iriam defender. Cada clube ou nação poderia inscrever até três carros, os pilotos tinham que ser membros do clube. 
A primeira edição da “Gordon Bennett Cup” atraiu participantes de toda a Europa e dos Estados Unidos, logo a organização se deparou com um problema; sendo uma corrida de equipes nacionais, como identificar os países dos competidores?
O Conde Eliot Zborowski, pai da “lenda” das corridas da época Louis Zborowski, sugeriu que fosse adotada uma cor para cada país, desde que presente na sua bandeira ou de relevância nacional. A ideia foi bem aceita, mas não foi fácil aplica-la!
Em 1902 a Grã-Bretanha decidiu participar, mas teve que escolher uma cor diferente porque o vermelho, branco e azul já eram usadas desde 1900 por EUA, Alemanha e França, respectivamente. Os britânicos então se decidiram pelo verde, uma referência a locomotivas e máquinas, novas (!) tecnologias que a Grã-Bretanha era líder mundial. 
Os Britânicos adotaram variações de verde (Brunswick green, hunter green, forest green e moss green) até chegar ao tradicional “British Racing Green” apenas em 1903, como veremos abaixo. 
A primeira edição da copa aconteceu em 14 de junho de 1900 com os participantes largando de Paris às 3 horas da manhã, o vencedor foi Charron que chegou em Lyon as 12h 23m.
A edição seguinte seguiu na França e ocorreu em 29 de maio de 1901, o percurso Paris-Bordeaux teve 527 km e o vencedor foi novamente um francês, Léonce Giradot pilotando um Panhard em 6h 10m e 44seg. 
Camille Jenatzy
A edição de 1902 teve 565 km no percurso Paris-Innsbruck, mas foi realizada em conjunto com a corrida Paris-Viena e por isso teve muitos participantes: 30 carros pesados, 48 carros leves, 6 voiturettes e três motocicletas, inscritos na Copa Gordon tivemos 6 carros, 3 franceses e 3 britânicos. O britânico Selwyn Edge venceu e levou a disputa, pela primeira vez, para fora da França.
A prova seguinte ocorreu na Irlanda em 2 de julho de 1903, foi a primeira corrida internacional realizada na Irlanda, local escolhido porque corridas em vias públicas eram ilegais em vias britânicas. Como um agrado ao público local, a cor escolhida para os carros foi o “Shamrock green” do trevo da Irlanda, logo passou a ser conhecido como “British Racing Green”.
Voltando a corrida, o percurso teve 528 km e o vencedor foi o belga Camille Jenatzy, pilotando um Mercedes com cores alemãs.
Assim, a edição de 1904 foi para a Alemanha. Num percurso de 550 km e 18 participantes, o piloto francês Léon Théry venceu com a média 94,34 km/h, Jenatzy ficou em segundo com uma Mercedes, o detalhe é que alguns carros já atingiam 150 km/h.
A copa voltou para a França em 1905, naquela que foi a ultima edição, disputada em 5 de julho num percurso de 137 km em Auvergne perto de Clermont-Ferrand. O francês Léon Théry em um Richard-Brasier de 96 cv venceu pelo segundo ano consecutivo, após 7h 19min 9 seg e velocidade média de 77,78 km/h.
A Gordon Bennett Cup é considerada como percursora das provas de “grande prêmio”, mas o que a marcou na história foi mesmo a padronização das cores para carros e equipes representarem seu país de origem.
Essa tradição gerou outras histórias legais, como os flechas de prata (assunto para futuro post) e perdurou até o final dos anos 1960 quando os patrocínios prevaleceram, mudando para sempre o visual dos carros e das corridas.

Vencedores da Copa Gordon Bennett

ANO

PERCURSO

VENCEDOR

CARRO

PAÍS

1900

Paris – Lyon (França)

Fernand Charron

Panhard

França

1901

Paris – Bordeaux (França)

Léonce Girardot

Panhard

França

1902

Paris – Innsbruck (França / Austria)

Selwyn Edge

Napier

Grã-Bretanha

1903

Kildare & Queen´s (Irlanda)

Camille Jenatzy

Mercedes

Alemanha

1904

Montanhas Taunus (Alemanha)

Léon Théry

Richard-Brasier

França

1905

Auvergne – C.Ferrand (França)

Léon Théry

Richard-Brasier

França