23/08/2014

Rock and Wheels

O que lhe toca mais a alma; uma boa música (Pink Floyd, Ac/DC, Beatles...) ou um ronco de um motor maravilhoso (Ferrari, Aston Martin, Porsche...)? 
Para esse pessoal deve ser meio difícil de decidir, vendo o que eles guardam em suas garagens dá bem para entender os motivos, coitados... 
James Hettfield – Metallica
O frontman do Metallica tem uma garagem recheada de hot rods, talvez o mais correto seja dizer uma garagem recheada com premiadas obras de arte. Em 2007 o seu Buick Skylark 53 ganhou o prêmio de "Carro Mais Elegante" no evento San Francisco Rod. 
Neste ano repetiu a dose e ganhou o prêmio “Custom Car of The Year” da associação “Goodguys Rod & Custom Association”. O premiado foi o “Black Pearl”, uma verdadeira joia baseada em um clássico Jaguar 1948, projetado e construído do zero. 
Hettfield também é membro do grupo “Beatniks Of Koolsville”, uma ramificação do clube “Koolsville” especializado em personalização de alto nível em carros e motos. 
Brian Johnson – AC/DC
Apaixonado desde pequeno, tem uma coleção fantástica que mistura modelos clássicos, de competição e outros modelos modernos. Entre os quais estão um Bentley Vanden Plas Le Mans Tourer 1928, Audi R8 2009, Piaggio Vespa 1957, Ferrari 458 Itália, Range Rover Vogue, Land Rover Evoque, Rolls-Royce Phantom 2007, Porsche 914-6, Fiat 500 Abarth 2008, Audi Q7 2008, Plymouth Prowler 2003, McLaren 12C e um Citroën DS 23 Pallas 1973. Uau! Ainda nesta lista temos três carros de corrida; Lola T70 1965 Mk1, Royale RP-4 1970 e Pilbeam 2006. Ele também leva seus carros para as pistas do mundo todo, Johnson é um daqueles que acredita que carros são feitos para rodar e não para tratarmos como quadros (gosto disso!). Ele disputou as 24 Horas de Daytona em 2012 terminando em 32º lugar. 
Billy Gibbons – ZZ Top
Já são clássicos os vídeos da banda ZZ Top com mulheres insinuantes e o hot rod “Eliminator”, um Ford Coupe 1993. Além da fama conquistada como guitarrista, Billy Gibbons é um verdadeiro fã e deve ser um dos maiores colecionadores de hot rods do mundo. 
Além do “Eliminator”, o mais famoso e presença constante em vídeos e capas de disco da banda, ele também tem um Ford Roadster 1932, o Cadillac Coupe de Ville 1961, um sedan Ford 1946 e um Chevrolet 1962. 
Porém, o mais célebre deve ser o “CadZZilla” um Cadillac de 7 metros de comprimento e avaliado US$900 mil, o carro foi premiado na edição 2011 do Festival de Goodwood.  
Nick Mason – Pink Floyd
Durante a década de 1960, Nick Mason foi o baterista Pink Floyd por 30 anos e deve ser o cara “mais modesto da Banda”, afinal foi o único que nunca saiu da banda, nunca brigou com ninguém ou teve que ser internado em alguma clínica de recuperação. 
Mas, a sua coleção é coisa de louco! 
Mason tem cerca de 40 carros e o seu foco é qualidade, não quantidade, para não restar dúvidas vamos a alguns exemplos: McLaren F1, Bugatti Type 35, alguns carros de corrida da Aston Martin, um Lola T295 de corrida e entre as suas Ferraris, um modelo 250 GTO! 
A história da Ferrari GTO merece um capitulo a parte, o carro foi comprado em 1977 e Mason conta que muita gente o achou idiota por pagar £ 37 mil (cerca de R$ 138 mil), ele não coloca preço ou pretende vende-la, mas em um dos últimos leiloes um modelo semelhante foi vendida por £ 23 milhões (ou R$ 86 milhões)! Quem foi o idiota mesmo? 
Frequentemente Mason recebe convites para guiar em eventos importantes, em 2011 guiou um Auto Union Type C Silver Arrow em Goodwood, convidado pela própria Audi Tradition. 
Jay Kay – Jamiroquai
Além de líder da banda Jamiroquai, Jay não dispensa uma “macchina” italiana, óbvio que ele tem um exemplar da Ferrari Enzo (inclusive serviu de inspiração para a música “Black Devil Car”). 
Também não é difícil de alguns dos seus carros aparecerem em clipes da banda, por exemplo, em “Cosmic Girl”, ele aparece dirigindo o seu Lamborghini Diablo SE30 (ao lado de Nick Mason!) e também uma Ferrari F40. 
Kay “conseguiu” ser um dos poucos sortudos proprietários da LaFerrari, modelo que foi lançado este ano e já teve as  vendas esgotadas. 

George Harrison – Beatles:
Após o final da banda The Beatles, em 1970, George passou a focar em suas paixões, entre elas adivinhem: corridas e os carros esportivos. 
Foi comum vê-lo nos paddocks de F1 e chegou a ser grande amigo de Emerson Fittipaldi, foi assim que ele veio assistir a vários GP´s do Brasil nesta época. 
Harrison fez o videoclipe "Faster" sobre o mundo das corridas, o que é legal neste clipe são as imagens de pilotos e das pistas de F1 dos dourados anos 70. 
Ah, como não poderia deixar de ser, George Harrisson teve alguns carros bem interessantes, entre eles um Aston Martin DB5 e Ferrari 365 GTC. 

Neil Young
Taí outro cara que não sabe separar a paixão entre musica e os carros. 
Em 2009, Neil lançou o álbum “Fork in the Road” inspirado em um Lincoln Continental Mark IV 1959. 
O interessante neste caso é que o carro é um verdadeiro símbolo de seu ativismo ecológico, isso porque o carro teve o motor a gasolina trocado por um motor a biodiesel e depois por outro motor elétrico. Ao final do projeto, o carro foi rebatizado de “LincVolt” e virou uma verdadeira celebridade a parte com direito a site, blog e, futuramente, um filme. 
Esses são apenas alguns grandes nomes da música (rock) internacional que gostam do que nós gostamos, existem outros inclusive no Brasil, como também outras celebridades da TV e do cinema que aproveitam, e muito bem, o dinheiro que a fama lhes trouxe. 

21/08/2014

Vanwall

O início da década de 50 marcou a consolidação da F1 como elite do automobilismo mundial, grande parte deste sucesso aconteceu porque os melhores pilotos da época (Fangio, Ascari, Farina ou Hawthorn) estavam na F1, mas também foi muito importante a participação direta das grandes montadoras de então, como Mercedes, Alfa Romeo, Maserati e Ferrari. 
Isso queria dizer que se você quisesse vencer na F1, teria que estar em um dos carros oficiais da Mercedes e seus flecha de prata ou dos carros vermelhos italianos. 
Já o final da década de 1950 e início da década de 1960 marcou um outro importante período, de transição técnica e esportiva, com o início da utilização dos motores traseiros e o nascimento de importantes equipes “garagistas”, principalmente no Reino Unido, como BRM, Cooper e a VANWALL.
A equipe foi fundada pelo magnata Tony Vandervell, o nome da equipe derivou da combinação do nome do proprietário com o nome da sua empresa rolamentos “Thinwall” em Acton, Londres. Os primeiros carros de corrida da equipe nada mais eram do que modelos Ferrari rebatizados de "Thinwall Specials". 
A equipe construiu seus primeiros carros para a temporada de 1954, o projeto do chassi foi de Owen Maddock e a construção pela Cooper Car Company. Uma particularidade interessante foi o motor de 2 litros projetado por Leo Kuzmicki, que era engenheiro da fabricante de motocicletas Norton. Na realidade o motor nada mais era do que a junção de quatro motores Manx monocilíndrico de 498 cc, o cabeçote era cópia da Norton e a alimentação ficava a cargo de quatro carburadores de motocicleta Amal. 
No final da temporada de 1955 era consenso que a grande fragilidade da equipe estava no chassis, então para melhorar a situação dizem que um motorista da equipe sugeriu ao próprio Vandervall contratar os serviços de um jovem amigo e talentoso projetista. O nome do tal projetista era Colin Chapman! 
Com as coisas se desenvolvendo, Stirling Moss decidiu entrar para a equipe em 1957 e junto com ele vieram os também talentosos ingleses Tony Brooks e Stuart Lewis-Evans. Veio a primeira vitória no Grande Prêmio da Inglaterra de 1957, com Moss e Brooks com o modelo VW 5. 
A Vanwall tornou-se a primeira equipe britânica a construir um carro e vencer uma corrida de F1, eternizando a cor “British Green” como marca das equipes inglesas. Também foi a primeira equipe a vencer o recém-criado campeonato mundial de construtores da F1 em 1958, não foi pouco! 
O ano de 1958 foi o melhor da equipe, além de sagrar-se campeã de construtores os seus pilotos Stirling Moss e Tony Brooks foram respectivamente segundo e em terceiro no mundial de pilotos, venceram três corridas cada (Moss venceu na Holanda, Portugal e Marrocos e Brooks na Bélgica, Alemanha e Itália). Moss perdeu para Mike Hawthorn da Ferrari por apenas um ponto, mas o mais triste da temporada foi o acidente fatal de Lewis-Evans na última corrida do ano em Marrocos. 
Infelizmente, este também foi o ano que marcou o começo do declínio da equipe, om a saúde debilitada Vandervell foi aconselhado a descansar e a equipe foi perdendo o seu entusiasmo, até encerrar a sua participação na F1 em 1961, quando chegou a se apresentar com um carro com motor traseiro. 
Em 2003 a marca Vanwall Cars foi resgatada e chegaram a produzir o modelo GPR V12, um carro monoposto legalizado para estradas e outro similar de dois lugares. 
Mesmo sendo curta, foi escrito uma bela história daquela que muitos consideram como a equipe que construiu os melhores carros de F1 com motor traseiro. 
Os números do time na F1; 
1957 – 6 corridas, 2 poles, 3 vitórias e 4 pódios. 
1958 – 9 corridas, 5 poles, 6 vitorias e 9 pódios (campeã de construtores da F1, vice-campeã de pilotos)

17/08/2014

SCTA

Falar sobre Hot Rods é certamente é um dos melhores assuntos do mundo, agora não vamos falar de personalidades ou de carros, vamos falar de uma associação! 
Mas não é uma associação qualquer, porque esta é simplesmente a mais antiga organizadora de corridas em atividade nos Estados Unidos! 
O S.C.T.A. (South California Timing Association) realizou a sua primeira reunião em 29 de novembro de 1937, com a participação de 
sete auto-clubes locais, na ocasião Art Tilton foi nomeado como primeiro secretário.
Desde o começo de suas atividades o grande objetivo da SCTA foi organizar as corridas e tentativas de quebra de recordes de velocidade, que eram eventos cada vez mais frequentes (e perigosos) nos lagos secos do oeste dos EUA.
Uma das principais preocupações neste sentido foi estabelecer regras para tornar  as corridas e recordes mais seguros para pilotos e público, no início o SCTA atuou em conjunto com outra organização (coirmã) chamada BNI (Bonneville Nationals Incorporation).
Ainda hoje a SCTA atua como uma organização sem fins lucrativos, servida apenas por voluntários e composta por clubes e associações independentes – Ótimo exemplo para nós brasileiros, que carecemos tanto de senso coletivo. 
A estrutura organizacional é simples e eficiente; Existe um Conselho de Administração composto por cinco conselheiros (presidente, vice-presidente, secretário, tesoureiro e um legislador) eleitos pelos clubes membros. 
O mandato destes conselheiros é de um ano e podem ser reeleitos para mais um ano, após este período o conselheiro eleito não pode exercer outros cargos administrativos por pelo menos um ano.
As principais responsabilidades do estatuto da SCTA são;
1) Garantir o cumprimento das normas Americanas para uso de terras públicas.
2) Fiscalizar o cumprimento das normas de segurança para competidores e espectadores.
3) Realizar inspeções técnicas dos veículos, cronometragem das tentativas de recorde e manter os registros dos recordes por classe.
4) Manter e zelar por todos os registros históricos dos recordes.
Simples e eficiente!
A primeira "Semana da Velocidade" do SCTA foi realizada em 1949 em Bonneville Salt Flats em 1949, o evento foi o resultado de um esforço de Wally Parks, então seu secretário executivo, foi aqui que os pilotos começaram a correr "contra o relógio". 
SCTA realiza todos os anos 2 eventos em Bonneville Salt Flats, em Utah, iniciando com o “Speed Week” que acontece normalmente em agosto e o “World Finals” em outubro. A associação também é responsável pelos eventos em El Mirage Dry Lake no sul da Califórnia, onde geralmente são realizados seis eventos ao ano (dependendo das condições climáticas).
Longa vida para a SCTA!!! 

05/08/2014

Tourist Trophy


Dizem que a diferença entre ser um piloto e um jogador (futebol, vôlei, basquete, etc) é que para ser jogador é necessário ter apenas uma bola. Ok, Isso é uma verdade! Então nesta linha de raciocínio para ser competidor do Touristy Trophy (TT) em Man Isle é preciso ter três bolas!!!!! No final do post você vai concordar... 
O “Isle of Man Tourist Trophy Race” é uma corrida é realizada em formato contra relógio em vias públicas, especialmente fechadas e preparadas para a corrida, ocorre tradicionalmente entre a última semana do mês de maio e a primeira semana de Junho. O traçado mudou ao longo do tempo, mas continua sendo um evento muito perigoso onde mais de 240 pilotos morreram em mais de 100 anos de competição.
A história inicia em 1903 com as proibições para correr em estradas da Grã-Bretanha, graças a uma lei do Parlamento que definiu o limite de velocidade em incríveis 20 mph! Em 1904 foi estabelecida uma medida conciliatória e foi permitido estabelecer um circuito aberto de 52,15 milhas na Ilha de Man, ainda hoje conhecido como "Highlands", para corridas de carros. O primeiro vencedor foi Clifford Earl (Napier) em 7 horas 26,5 minutos para 5 voltas (255,5 quilômetros). 
No ano seguinte decidiu-se executar uma corrida para motocicletas, mas um acidente de Ramsey Hairpin, um dos favoritos, e da incapacidade das motos para subir as montanhas forçou os organizadores a mudar para um traçado para 25 milhas, que deu origem ao conhecido “Snaefell Mountain”, o vencedor após 5 voltas (125 milhas) foi J.S. Campbell (Ariel) em “inacreditáveis” 4 horas, 9 minutos e 36 segundos a uma velocidade média de 30,04 mph.
O primeiro “Isle of Man TT Race” ocorre em 1907, o vencedor da categoria monocilindro foi Charlie Collier a uma velocidade média de 38,21 mph e o vencedor da classe de dois cilindros foi Rem Fowler em uma moto Norton (primeira vitória da marca) a uma velocidade média de 36,21 mph. O TT de 1914 foi o último antes da Primeira Guerra Mundial e outro evento só ocorreu em 1920. Nesta década as condições da estrada começaram a melhorar e com isso também os recordes de velocidade, o recorde de volta de 1920 foi 55,62 mph e até nova pausa por conta da 2º. Guerra Mundial os recordes chegaram a mais de 90 mph por volta. A edição de 1923 viu a introdução da primeira corrida de “sidecar” vencida por Freddie Dixon e Walter Perry e na categoria JR. (350cc) Stanley Woods conseguiu a primeira de suas dez vitórias TT.
Após uma pausa de oito anos, o Isle of Man TT voltou em 1947, o evento fez parte do campeonato mundial da FIM no período de 1949-1976, antes do GP oficial ser transferido para o Reino Unido por preocupações de segurança.  Em 1949 o TT se tornou um ícone para o Campeonato do Mundo de Motociclismo e esse status trouxe a nata dos pilotos como Carlo Ubbiali, Tarquinio Provini, Geoff Duke, Bob McIntyre, Bill Lomas e Ken Kavanagh, também marcou o notável surgimento de fabricantes italianos como Mondial, MV Augusta e Gilera. Em 1957, o escocês Bob McIntyre tornou-se o primeiro piloto atingir 100 mph em uma volta do circuito “Snaeffel Mountain”.
Os anos sessenta e início dos anos sessenta são conhecidos como a era de ouro do TT, pilotos como John Surtees, Mike Hailwood, Giacomo Agostini, Phil Read e Jim Redman competiam regularmente. Entre 1965 e 1972 Agostini conseguiu 11 vitórias, enquanto em 1967 Hailwood estabeleceu um novo recorde de volta em 108,77 mph que durou por mais de 11 anos. Foi nesta época que tivemos a primeira aparição de uma empresa japonesa novata, uma tal Honda. A batalha entre Giacomo Agostini (MV Agusta) e Mike Hailwood (Honda) em 1967 é considerada por muitos como a maior da historia da corrida.
A partir do final dos anos setenta o TT começou a seguir uma trilha própria, se distanciando (pilotos, regulamento, motos) dos mundiais de velocidade. Nesta época começaram a surgir talentos como do lendário Joey Dunlop.
Os anos oitenta foram dominados por Dunlop, ele cravou 115 mph em uma volta em 1980, e em 1983 ganhou o primeiro de seis torneios consecutivos Fórmula TT de Honda. 
Em 1992 foi também o ano em Joey Dunlop igualou o recorde de Mike Hailwood de 14 vitórias do TT ao vencer em sua Honda 125cc. Em 1992 também tivemos a chegada do Campeão Mundial de Superbike Carl Fogarty, que travou corridas épicas com Steve Hislop. 
Aos 48 anos, Joey Dunlop registrou seu 26 º e último triunfo no TT. Apenas em 2001 o TT foi cancelado (terceira vez) por preocupações sobre uma epidemia de febre aftosa no Reino Unido. A edição de 2004 foi marcada pelo um “hat-trick” de vitórias de John McGuinness, que em 2003 já havia chegado a velocidades médias de 129,4 mph!
Em 2007 marcou o centenário do Isle of Man TT e contou com uma encenação especial com motos da época realizada ao lado de Tynwald Hill, McGuinness conseguiu a sua 15 º vitória TT em 2009 na categoria Superbike e em 2010 bateu o recorde de volta a 131,578 mph.
Lista dos maiores vencedores, em todas as categorias, da história do TT até a edição de 2013;
  • Pilotos: Joey Dunlop com 26 vitórias (78 participações), John McGuiness com 21 vitórias, Mike Hailwood com 14 vitórias (34 participações), Steve Hislop com 11 vitórias (26 participações), Giacomo Agostini com 10 vitórias (16 participações), Phill Read com 8 vitórias (33 participações) e John Surtees com 6 vitórias (11 participações)
  • Marcas: Honda com 111 vitórias; Yamaha com 105 vitórias; Norton com 43 vitórias; MV Agusta com 34 vitórias; BMW com 30 vitórias e Suzuki com 28 vitórias.
Com mais de um centenário de existência, o TT continua sendo considerada a corrida de estrada mais emocionante e perigosa do mundo. Se você ainda tem dúvidas sobre a quantidade de bolas necessárias para encarar este desafio, veja o vídeo abaixo com momentos marcantes da edição de 2012 e tire suas próprias conclusõesde um centenário de existência, o TT continua sendo considerada a corrida de estrada mais emocionante e perigosa do mundo. Se você ainda tem dúvidas sobre a quantidade de bolas necessárias para encarar este desafio, veja o vídeo abaixo com momentos marcantes da edição de 2012 e tire suas próprias conclusões 😱😮😯;

02/08/2014

Dean Jeffries

Filho de um mecânico apaixonado por corridas, Edward "Dean" Jeffries nasceu em nasceu 2 dezembro de 1935, em Osage, Iowa. Sua família mudou-se para Compton, Califórnia, onde cresceu até entrar com 17 anos para o exército dos Estados Unidos durante a Guerra da Coréia.  Sua unidade ficou estacionada na Alemanha e lá viu alguns colegas pintando listras em pianos e móveis personalizados. Ele dominou a arte de “striping” usando pincéis finos e uma mão firme, não demorou muito tempo e testou a sua técnica em carros.
Dean tinha grande proximidade com Kenny “Von Dutch” Howard, os dois se tornaram conhecidos como Von Dutch e "The Kid", foi com Von Dutch que Jeffries realmente aprimorou a técnica de striping. Kenny costumava pintar um terceiro olho na testa e isso deu a Jeffries uma ideia, ele desenhou o famoso logotipo com um globo ocular e asas “Flying Eyeball” em 1951.
Foi o vizinho de Jeffries, Troy Ruttman que também era piloto, que o ajudou a entrar na equipe JC Agajanian para pintar os carros que correriam na Indy 500 de 1953. Jeffries fez uma pintura no estilo pinstriping, incomum para um carro de corrida na época, mas levou a Mobil Oil a contrata-lo nos anos seguintes para pintar muitos outros carros da Indy.
Jeffries também pintou muitos capacetes de pilotos de corrida como de Jim Rathmann, Parnelli Jones e AJ Foyt, alguns dizem que foi ai que nasceu a tradição de personalização dos capacetes dos pilotos. O ator James Dean foi um dos seus primeiros e mais famosos clientes, Jeffries pintou o Porsche 550 Spyder "Little Bastard" que Dean dirigia ao sofrer o seu acidente fatal em 1955.
Depois disso, em 1962, Jeffries trabalhou na empresa de Carroll Shelby na Cobra e já nesta época era considerado um dos melhores pintores de carros personalizados, foi o pioneiro da pintura de chamas em carros.
MANTARAY
Ele também se tornou um construtor “custom-built” de veículos especiais e vários foram usados produções de Hollywood e ficaram famosos, tais como o Mantaray (de série Bikini Beach, 1963), Black Beauty (do Besouro Verde), o Monkeemobile, o Landmaster de Damnation Alley (1977) e também o buggy roubado por James Bond no filme “Diamantes são eternos”.  O carro de “Uma Cilada para Roger Rabbit” também foi uma criação de Jeffries.
Jeffries também trabalhou muito tempo como autônomo com George Barris na Barris Kustom, ele estava no projeto e fabricação inicial do Batmóvel da série de TV (1966), mas como o estúdio queria o carro mais cedo do que ele poderia entregar, Barris passou o projeto para Bill Cushenbery finalizar o trabalho de fabricação.
BLACK BEAUTY
Jeffries e George Barris tiveram uma rivalidade pessoal e profissional durante quase 40 anos, muito disso porque Jeffries acusava Barris de tomar para si o crédito de carros personalizados, que na verdade teriam sido construídos por Jeffries.
É difícil identificar quem foi o “pai biológico” de tantas técnicas e estilos criados no mundo Hot Rod, os ícones do Hot Rod e Kultura Kustom (Ed Roth, Kenny Howard, George Barris, Dick Dean, Dean Moon, etc) conviveram juntos e muita coisa acontecia ao mesmo tempo, talvez seja algo que colocavam na água da Califórnia nos anos 1950 e 1960 para reunir tanta criatividade no mesmo lugar!! 
Mas isso não importa, o mais importante é que de fato Jeffries foi responsável por introduzir estilos e técnicas de pinturas especiais que são utilizadas até hoje, realmente ele revolucionou a personalização de carros!
Na sua vida pessoal, ele foi casado por 3 vezes e teve 3 filhos (Helen, Darwin e Kevin), em 2001 recebeu uma indicação e foi eleito para Hall of Fame do Cruisin'. 
Jeffries morreu aos 80 anos enquanto dormia, aconteceu em sua casa em Hollywood no dia 5 de maio de 2013...