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17/12/2021

Carros Feios F1 (Parte 11)

E seguimos nossa série sobre carros que foram desenhados em dias que os designers estavam de ressaca, agora vamos começar a falar de F1.
Tá certo que a ultima preocupação em um projeto de carro de corrida é "belezura", alguém também já disse que F1 "bonito" é aquele de ganha corrida.
Tudo isso é verdade, mas veremos alguns casos que nem se fossem campeões do mundo salvaria a sua reputação!
   
1) Eifelland-March Type 21
A Eifelland foi uma equipe alemã que disputou apenas 8 GPs em 1972, com o piloto alemão Rolf Stommelen.
O nome da equipe foi uma homenagem à empresa de carrocerias do proprietário  Günther Hennerici, uma da junção com as montanhas Eifel onde Hennerici nasceu.
O carro foi baseado no March 721, redesenhado pelo alemão Luigi Colani, mas a nova aerodinâmica causava superaquecimento e perda de downforce comprometendo a confiabilidade, em suma, além de feio foi pouco competitivo.
Equipe e piloto se desentenderam durante o campeonato e romperam o acordo, o melhor resultado foram dois 10° lugares nos GP's de Mônaco e Inglaterra.
2) Toleman TG183
Nas suas 4 primeiras corridas de F1 em 1984 Ayrton Senna se referia a ele "carinhosamente" como caminhão, por ser difícil e pesado de pilotar.
Projetado por Rory Byrne, que depois fez muito sucesso com a Benetton e na Ferrari, o TG183 estreou no final de 1982 pilotado por Derek Warwick, e no campeonato seguinte Bruno Giacomelli entrou na equipe. 
O carro chamava a atenção por ter asas traseiras duplas e radiadores montados na asa dianteira. 
As tais asas dianteiras inovadoras logo foram trocadas por um modelo mais tradicional, pois faziam a frente do carro se movimentar perigosamente em alta velocidade, além do motor Hart Turbo não ajudar.
Não foi um carro vencedor, nem precisa falar da aparência...
3) March 711
Lançado pela March para o campeonato de F1 de 1971, o 711 foi o segundo modelo da equipe March.
Em 23 corridas entre 1971 e 1972 conseguiu 5 pódios, todos com Ronnie Perteson, levando o piloto ao vice-campeonato e ao terceiro lugar entre construtores.
Portanto, não é um carro ruim, mas o 711 ficou marcado mesmo pelo estilo, digamos, inovador na frente, que faz não faltarem apelidos como "tábua de passar roupa" ou "bandeja de chá".
Foram construídos 4 chassis, sendo que 2 estão em museus e 2 não tem destino confirmado, um deles dizem está no Brasil. Será?

09/11/2021

Carrocerias (Parte 1)

Desde o século 20 as montadoras consideram fortemente 2 fatores para projetar um modelo; as influências do momento econômico e os costumes sociais da época.
Já do lado do consumidor é forte a crença de que o modelo do carro ajuda a definir a personalidade do dono, pelo menos para os olhos do vizinho que ele quer impressionar...
Logo, ao longo do tempo, a relação entre o estilo da carroceria e a faixa do mercado alvo ficaram bem estabelecidos, considerando, evidentemente, as exceções de sempre...
Podemos citar alguns exemplos no mercado dos EUA; Primeiro, a farta oferta de station Wagon (peruas) na década de 1950 quando as famílias voltaram a "viver" no pós guerra, fazendo grandes viagens através das novas estradas, depois, a época de prosperidade e quebra de costumes sociais no final dos anos 1960 que impulsionou o lançamento de modelos esportivos e beberrões (muscle cars), que durou até o começo dos 1970 quando estes modelos foram literalmente "exterminados" pela crise do petróleo...  
Então, vamos falar dos conceitos que define um um tipo de carroceria e sua relação com a faixa do mercado alvo:
Carroceria Sedan (ou Sedã)
Também chamados de "saloon" são os modelos com compartimentos, ou volumes, bem definidos: área do motor, área dos passageiros e área de bagagem. Por isso são chamados de 3 volumes.
Tecnicamente, é um carro com duas fileiras de bancos, espaço no banco de trás para até três adultos e compartimento traseiro de bagagem (porta malas) externo ao habitáculo dos passageiros, a tampa do porta malas é separada do vidro traseiro.
Na prática são os típicos modelos de "carro de família", aqueles que oferecem bom espaço interno, conforto e um maior capacidade de bagagem. Um dos grandes apelos de vendas destes modelos é serem excelentes para longas viagens com 4 ou até 5 pessoas.
A area do motor, normalmente, fica na dianteira, mas já tivemos modelos onde isso era o contrário como no Chevrolet Convair.
Obviamente, as montadoras criaram variações deste tipo de carroceria, como versões com 2 ou 4 portas, coupê (*), versões dois volumes e meio ou os fastback (*).
Alguns exemplos: Honda Civic, Fiat Cronos, Toyota Corola, Citroen C4 Lounge, VW Voyage.
(*) Veremos adiante o que são as variações destes conceitos.
Carroceria Hatch (ou Hatchback)
Também conhecidos como "liftback", conceitualmente, nesses modelos existe a junção do compartimento entre o banco traseiro e o porta malas, eliminando um "volume" do carroceira. Por isso, é comum as montadoras utilizarem o termo "2 volumes".
Podem ter versões de 2 portas, 4 portas, 3 portas ou 5 portas. Nos dois últimos a tampa do porta malas é substituída por uma porta traseira (com vidro) que permite acesso ao interior pela area de bagagem, substituindo a tampa simples no porta malas.
Ter versões do mesmo modelo com diferente numero de portas, como o nosso Gol, aumenta a versatilidade para atender diferentes nichos do mercado.
Esses modelos costumam oferecer o essencial para uso diário nas cidades ou pequenas viagens, ou seja, praticidade para deslocamentos curtos, facilidade de estacionar, menor consumo e um porta malas reduzido.
Até por questões de mercado (preço), são os modelos mais baratos ou "de entrada", logo não espere muito conforto, acessórios ou acabamento luxuoso.
Exemplos conhecidos: VW Gol, Nissan March, Chevrolet Celta, Fiat Uno, Citroen C3, Fiat Argo. 
Carroceria Compacto
Externamente são modelos bem parecidos com os hatchback, mas com dimensões menores, por isso quase sempre são oferecidos apenas com 2 ou 3 portas.
Suas características são quase que exclusivas para uso na cidade; porta malas minúsculo e os bancos traseiros comportando no máximo 2 pessoas, muitas vezes apenas de média estatura.
Do ponto de vista de mercado, as montadoras os oferecem como alternativas "cult" visando um público bem restrito, por isso a despeito do tamanho, esses modelos costumam ser caros e bem equipados.
Logo essa dualidade, tamanho pequeno e preço alto, limitam sua produção e geram discussões quanto ao "custo x benefício".
Alguns exemplos: Fiat 500, Smart For Two, Mini Cooper, Renault Twingo.
Carroceria SUV
Os "Sport Utility Vehicle", ou veículo utilitário esportivo, também conhecidos como "Crossover" são o grande sucesso (ou praga) no mundo automotivo mundial.
O conceito é utilizar uma mistura de vários tipos de carroceria num único carro, a robustez de um utilitário (4x4), capacidade de carga das pick ups, muito espaço interno dos sedans e a potência de carros esportivos, mas ainda sendo relativamente prático para uso diário nas cidades.
O resultado é um combinado, ou salada, de conceitos de vários tipos de carrocerias. 
Eh, não se engane, quem diria que a velha Veraneio iria fazer história...
Obviamente isso tem um preço, que não costuma ser barato, porque as SUVs geralmente estão no topo da lista de preços das montadoras, mesmo assim é a grande aposta das montadoras para o futuro do design. 
Um trunfo é que este tipo de veículo facilita a instalação de pacotes de baterias nas versões elétricas, geralmente entre o assoalho do carro e a cabine de passageiros, evitando sacrificar a distribuição de peso, espaço interno ou de carga.
Entre as dezenas de modelos existentes, citando alguns: Land Rover Discovery, BMW série X, Audi série Q, Honda série RV, Toyota Hilux SW4, VW T-Cross, Hyundai Creta, Nissan Kicks, Jeep Compass e por ai vai...
A lista é longa e não para de crescer!
Paramos por aqui, em breve a conclusão deste assunto!

04/08/2021

Luigi Segre

Luigi "Gigi" Segre
Dizem que são os alemães que fazem os melhores carros, isso pode até ser verdade, mas tem outra coisa não se discute; os Italianos (Ghia, Bertone, PininfarinaItaldesign, Zagato, Scaglietti) é que fazem os carros mais bonitos!
Agora vamos lembrar de um grande designer Luigi "Gigi" Segre.
Nascido em 8 de novembro de 1919, além de um grande designer, Gigi se diferenciou pelo seu talento nos negócios e engenharia, não foi por acaso que durante a sua gestão, entre 1953 e 1693, a Carrozzeria Ghia se tornou um das principais estúdios de design automobilístico do mundo.                           
Mario Boano
O começo da carreira de Gigi foi em outra área, no negócio de construção de seu pai em Nápoles, mas como tantos teve sua carreira e estudos interrompidos pela Segunda Guerra Mundial.
Em 1943, Segre tomou posição contrária as forças do eixo e participou da revolta civil que ficou conhecida como os “Quatro Dias de Nápoles”, mas foi além, se integrou as tropas dos EUA e tornou-se um contato oficial entre o OSS (Escritório de Serviços Estratégicos, um precursor da CIA moderna) e grupos partidários da resistência. 
Foi nesse período que Segre se tornou fluente no inglês, na cultura e nos costumes americanos, o que viria a ser um grande diferencial no futuro de sua carreira...      
Após o final da WWII, Segre se graduou em engenharia e foi contratado como gerente na Ford, depois mudou-se para a SIATA (Società Italiana Auto Trasformazioni Accessori) onde se aperfeiçoou em design automotivo com o fundador Giorgio Ambrosini. 
Em 1948, com apenas 29 anos, foi contratado por Mario Boano como diretor comercial para a Carrozzeria Ghia, com muita competência Segre elevou o faturamento da empresa de 10 milhões para 30 milhões de dólares em poucos anos e foi ocupando cada vez mais espaço na empresa. Entre 1949 e 1950 Segre também teve uma breve carreira de piloto, conquistando vitórias na classe Mille Miglia Turismo 1100 com um Fiat 1100, tendo como companheiro Gino Valenzano (1920-2011).
Aproveitando da sua fluência no inglês, Segre fez vários contatos nos EUA e conheceu Virgil Exner e K. T. Keller, respectivamente estilista-chefe e CEO da Chrysler. Como Boano não falava inglês, aos poucos foi sendo relevado a um papel secundário na própria empresa, isso foi um dos motivos dos graves problemas de relacionamento que viriam entre os dois.
Foi neste período que Segre também começou a negociar contratos com Volkswagen, Renault, Fiat, Volvo e outras grandes montadoras. 
Em 1953, a Ghia ajudou a Renault no projeto do Dauphine e se uniu a Wilhelm Karmann para, discretamente, trabalhar num novo carro para a Volkswagen, que estava embalada pelo sucesso do fusca e buscava um novo modelo mais sofisticado. 
No final do ano entregaram um protótipo, usando a base do Fusca, para Willhelm Karmann, que por sua vez apresentaria à Volkswagen. O projeto também teve participação de Mario Boano, Sergio Coggiola e Giovanni Savonuzzi, cada um levou parte do crédito do projeto, que virou um ícone de estilo: o Karmann-Ghia. 
A Volkswagen aprovou o projeto em novembro de 1953, o carro estreou nos salões de Paris e Frankfurt de 1955 e no Hotel Kasino em Westfalia, Alemanha, em 14 de julho de 1955, o carro vendeu mais de 445.000 unidades em 19 anos de produção, em vários países.
Gigi Segre se tornou amigo pessoal de Virgil Exner, ao ponto das famílias de ambos viajarem juntos pela Europa, Segre enviou a Exner um exemplar da primeira produção que Karmann Ghia, em gratidão.
Ao longo dos anos seguintes os problemas de relacionamento entre Segre e Boano se agravaram, Boano queria que a Ghia seguisse se concentrando no mercado italiano e Segre queria internacionalizar a empresa. No fim Segre tornou-se majoritário na empresa e conseguiu transformar a Carrozzeria Ghia numa empresa de design reconhecida mundialmente.
Segre e o amigo Virgil Exner
Em 1960, depois de modernizar a Ghia, Segre percebeu que continuar expandindo a empresa a faria perder a reputação de uma prestigiada oficina artesanal de design, por isso decidiu, em parceria com o amigo Olivetti (1889-1967), fundar a OSI (Officine Stampaggi Industriali), que utilizaria apenas os equipamentos e técnicas mais modernos para satisfazer as exigências dos clientes, mas sem prejudicar a reputação original da Carrozeria Ghia.
Na vida pessoal, em 1955 casou-se com Luisa de Berto e tiveram os filhos Edmondo (1957) e Silvio (1959). 
Esta história de sucesso foi interrompida, subitamente, com a morte de Luigi Segre aos 43 anos, em 28 de fevereiro de 1963, após uma remoção bem sucedida de pedras nos rins. Na época os médicos suspeitaram que Segre havia contraído uma infecção viral durante uma viagem de negócios ao Brasil, mas isso nunca foi confirmado. 
Ele deixou a esposa, Luisa e filhos, na época com 6 e 4 anos de idade. Logo depois a viúva decidiu vender a maior parte de empresa para Ramfis Trujillo (1929-1969) em 1965. O resto da história da Ghia está aqui.

29/07/2021

Cascos - Lap 7 (Grã Bretanha)

E aqui voltando a nossa série sobre as pinturas dos cascos de pilotos, capítulo anterior está aqui.

Seguimos com e a ultima parte da moçada de Grã Bretanha, esperamos não ter esquecido de muita gente, lembrando que alguns agora mudam as cores frequentemente (caso dos pimpolhos George Russell e Lando Norris).

Mark Blundell

Roy Salvadori

Katherine Legge

Martin Brundle

David Coulthard

Dario Franchitti

Jason Plato

Lando Norris


George Russell

06/05/2021

Gymkhana II

Neste post de 2018 já falamos da Gymkhana, e dos videos insanos com o Ken Block...
...Agora vamos compartilhar o último deles, desta vez o piloto é Travis Pastrana.
9 minutos e meio de pura diversão!

08/02/2021

Cascos - Lap 6 (Grã Bretanha)

Seguindo na série sobre pintura de capacetes (parte anterior aqui)...
Dizem que se um piloto inglês é bom ele é inglês, mas se for ruim é britânico, mas quando um piloto britânico (escocês, Irlandês ou Galês) é bom ele é britânico, se não for bom segue a nacionalidade dele mesmo... 
Chega de maldade, vamos mostrar mais algumas coisas que fazem a cabeça dos pilotos britânicos;
Eddie Irvine (na Ferrari)
Justin Wilson
Allan McNish
Andy Priaulx

Peter Collins

Mike "The Bike" Hailwood
Derek Bell
Peter Gethin

Anthony Davidson

19/01/2021

Carros Feios (parte 9)

Mais um post da série (parte 8) de carros "lindos e sensuais", na visão dos seus projetistas, Claro!
Desta vez com 3 filhotes da Ford... 
Não foi de propósito, mas uma coincidência bem providencial, já que a marca decidiu sair do nosso país sem a menor consideração pelo desemprego que estão deixando para trás.
Em tempo, isso não é uma crítica ao capitalismo, mas aos homens que decidem sem responsabilidade com as pessoas, apenas com os números.
25) EDSEL: Produzido entre 1957 a 1960, produto da recém-formada Divisão Edsel da Ford, homenagem ao filho do fundador; Edsel Bryant Ford.
O carro foi oferecido nos modelos Citation, Corsair, Pacer e Ranger, nas versões de cupê de 2 portas, sedã de 4 portas e em 1960 uma versão conversível, ano que a Ford decidiu acabar com a marca devido aos milhões de de dólares de prejuízo.
O fracasso se deu, principalmente, por defeitos de acabamento e pelo seu design (nossa que surpresa!), os detratores sugeriam que a grade do radiador remetia à genitália feminina. Santa sacanagem Batman!
Ao todo foram produzidos pouco mais de 50.000 unidades do carro, oferecido apenas no mercado americano (ainda bem!).

26) FORD TAURUS: A família Taurus foi lançada em 1986 e ficou em produção até 2019, ao todo foram sete gerações sendo produzidos quase 3 milhões de unidades, para vários mercados além dos EUA.
A nossa "homenagem" vai toda para a terceira geração, produzida entre 1996 e 1999, foi o período em que a Ford deveria estar sofrendo de algum trauma existencial, pois insistia em incorporar no design dos carros traços que remetiam ao logo oval da marca.
Nesta época 51% das vendas do modelo no mercado americano era para frotas,  aluguel ou oficiais (lembram do carro do Robocop?), somente 49% das vendas eram para consumidores individuais.
Por isso a linha Taurus até que vendeu bem, mas será coincidência ter perdido (para sempre) o posto de modelos mais vendidos nos EUA? 
Quem assumiu o lugar foi o Toyota Camry.

27) MERCURY SABLE: A família Sable foi produzido entre 1986 a 2009, saindo de linha um pouco antes da Ford descontinuar a marca Mercury. 
Essa decisão foi parte do pacote de medidas adotadas pela Ford para contornar a crise financeira mundial de 2008, não relacionada diretamente a modelos específicos.
Na fase final da marca, de 1980 para frente, era pratica comum os modelos Mercury compartilharem plataformas e peças com seus irmãos da Ford, mas com a preocupação em criar diferenças de design, buscando atingir outras faixas dos mercados (ou gostos).
Na verdade, isso é uma característica comum do mercado americano, mas na boa, as escolhas da Ford para os Sable entre 1986 e 1991 foram horríveis!! 😨😨
Por exemplo, alguém pode olhar a dianteira destes modelos e explicar onde começa e termina as setas, faróis e grade? 
Virou tudo uma coisa só!!!

02/12/2020

Hot Logo - Alpha Romeo

Fundada em junho de 1910 por Alexandre Darracq e Ugo Stella, a famosa marca de Turim hoje é parte da FCA (Fiat Chrysler Automobiles), produziu alguns dos carros mais íconicos de todos os tempos como as várias gerações do Giulia e do Giulietta, além de muito sucesso nas pistas sendo a primeira campeã da F1.
Não tivemos tanta sorte de ter seus melhores modelos fabricados por aqui, mesmo assim A Alpha Romeo tem muitos fãs. 
Eu tenho que confessar que o sonho de ter um GTA ainda está forte! 😍😍😍

08/11/2020

What´s your name? KOMBI

Faz um bom tempo que não falamos de apelidos de carros, carinhosos ou não, então vamos a uma "revelação".
Muitos não imaginam ou desconhecem, mas KOMBI é um apelido e não o nome oficial que a montadora deu ao veículo VW Type 2 que começou a ser produzido em 1950.
Esse apelido, por sinal bem brasileiro, teve como origem a redução da expressão alemã "Kombinationsfahrzeug" para designar o veículo. Entendeu? Consegue reproduzir?
O significado do, digamos, palavrão em tradução literal para o português é "veículo combinado", mas por aqui virou a nossa Kombi e convenhamos, ficou bem mais legal.
O fato é que a Kombi conquistou consumidores, corações e marcou uma geração inteira culturalmente, mas os apelidos não param por ai e temos registros de muitos outros, alguns deles; Velha Senhora (Brasil), Corujinha (Brasil, modelos de 1950 a 1975), Vee Dub e Hippie Van (EUA) e Pão de Forma (Portugal), etc.
A Kombi chegou a milhões de unidades produzidas em todo o mundo, vida longa a nossa Corujinha!!! ☮☮☮☮☮

27/10/2020

Carros Feios (Parte 8)

Nossa destemida e implacável série avança mais um pouco, neste post temos 3 exemplos americanos, aliás, os Yankees vira e mexe não nos desapontam em termos de bizarrices;
22) AMC Gremlin
O Gremlin foi lançado pela AMC (American Motors Corporation) no mercado americano em 1970 e ficou em produção até 1978. O carro usava a plataforma do modelo Hornet encurtada.
A proposta de mercado da AMC era ter um carro econômico e versátil, pronto para competir contra o Chevrolet Vega e o Ford Pinto, além dos importados Fusca e Toyota Corolla.
Apesar de ser um carro com boa qualidade e desempenho honesto, em termos de estilo não foi unanimidade, ao todo foram produzidos 671.475 unidades. 
Parece que temos aqui outro caso clássico de "ame ou odeie", talvez seja por isso que o Gremlin ainda é bem lembrado até hoje. 
23) Aurora
Foi fabricado (😳) pela norte-americana "Aurora Motor Company", por seus itens de segurança é considerado o primeiro carro "Experimental Safety Vehicle".
Idealizado pelo padre (😲) Alfred A. Juliano, que antes de ser padre tinha estudado artes e gostava de design automotivo.
projeto utilizou chassi de Buick e motor de Cadillac, a carroceria era de fibra de vidro, entre seus itens de segurança tinha janelas em plástico e para-brisa curvo para atenuar os riscos de impactos em acidentes. 
Entre 1957 e 1958 foi produzido somente o protótipo (uma unidade), como não tiveram nenhum pedido de fabricação a empresa acabou sendo fechada. Depois, ainda, a igreja católica ainda processou o padre Juliano por uso indevido de dinheiro da congregação e acabou resultando na sua expulsão da Ordem do Espírito Santo.
Com o devido respeito, será que depois desse "belo" projeto o padre Alfred Juliano foi aceito no paraíso?
24) Saturn (S séries)
Aqui o post é sobre uma "família" de carros, não apenas um modelo, a Saturn foi uma "submarca" de compactos da GM criada para competir contra japoneses no mercado americano e para mercados de exportação.
A família "S" foi vendida entre 1990 e 2002, oferecendo modelos de 3, 4 e 5 portas e alguns aspectos interessantes no projeto, os carros incorporavam uma estrutura espacial e os painéis laterais podiam ser feitos de plástico.
Ao todo foram produzidos mais de 2.400.000 carros neste período. Se não foi um "estouro" para os padrões americanos, também ficou longe de ser um fracasso. A marca Saturn foi descontinuada pela GM em 2010 por conta da crise financeira mundial iniciada em 2008.
Um fato curioso sobre o Saturn SL, em 1995 foi o veículo mais roubado em 2003 nos EUA, mas engana-se quem acha que é por causa da sua beleza ou valor, na verdade o uso da chave desgastava a porta e os mecanismos de ignição, então uma simples chave em branco podia abrir porta e ligar o motor... 
Sem comentários!

20/08/2020

Carros Feios (Parte 7)

Mais um capítulo da nossa série sobre "voitures laides comme l'enfer"...
Como vocês já perceberam neste post vamos falar de 3 aberrações, digo carros, de marcas franceses. 
Então, viens mes ami;
19) Renault Avantime: 
Fabricado entre 2001 e 2003, para ser exato, teve 8.557 unidades produzidas, uma produção baixa para os padrões europeus.
Esse "grand tourer" foi projetado e construído nas instalações da Matra, mecanicamente era um bom projeto e com boa qualidade de produção. No design trazia algumas inovações como a ausência da coluna B, mas o estilo "caixa" acabou não despertando tantas paixões mundo afora (taí os números de vendas que não nos deixam mentir).
O nome "Avantime" é uma junção das palavras francesas "Avant" (a frente) e inglesa "time", talvez ele tenha sido mesmo a frente do seu tempo, um incompreendido pelos consumidores...
20) Citroen BX:
Taí um caso que podemos considerar, digamos, auto-explicativo!
Apresentado como um grande carro familiar, o modelo BX foi produzido de 1982 a 1994. Projetado para ser leve e ter um desempenho e consumo diferenciados, para isso usaram muitas partes feitas de plástico, o que trouxe problemas de durabilidade e ruído.
O projeto foi assinado por Marcello Gandini, que certamente não estava nos seus dias mais inspirados, mas temos que dar um desconto porque o "design" Francês da época usava e abusava dos elementos retilíneos.
Ao todo foram fabricados 2.315.739 unidades do BX, o que não é um resultado nada mal em termos de vendas.
Outro caso de um carro com muitas vendas para se perguntar "já imaginaram se fosse bonito" ?!?!!
21) Citroën Ami 6: 
O Ami 6 foi lançado em 1961, a ideia da Citroën foi posiciona-lo entre o modelo de entrada da marca, o icônico 2CV, e o então modelo mais sofisticado, o Citroen DS.
O Ami 6 utilizou a plataforma do 2CV, barata e eficiente, e inicialmente motorizado com um "poderoso" motor de 602 CC, capaz de levar esse sedã familiar a "incríveis" 105 km/h de velocidade final. 
"Ami" é a palavra francesa para amigo, amigável sim, mas certamente as soluções que os engenheiros usaram para melhorar o espaço de bagagem e conforto interno causaram, digamos, impactos relevantes no estilo do carro.
O carro saiu de linha em 1978, com 1.840.396 exemplares fabricados durante seus 17 anos de produção.

22/07/2020

Carros Feios (Parte 6)

Mais 3 exemplos de projetos lindos... pelo menos na opinião da mãe dos projetistas (que sempre adoram os projetos dos filhotes).
Tata mostra utilitários mais baratos do mundo - Jornal do Carro ...
16) Tata MAGIC IRIS: O Iris apareceu ao mundo no Salão do Automóvel de Nova Deli em 2010, mais uma "obra de arte" da Tata.
A ideia era ser a "minivan mais barata do mundo", de fato talvez esse fosse a única opção de marketing possível, pois o Iris usava um motor de 611cc e 11 cavalos, sim isso mesmo, que levava o carro a incríveis 55 km/h de velocidade final.
Ah, nesse caso feiura é genética, o Tata Magic Iris é montado sobre a plataforma do indefectível Tata Nano.

Nissan Juke - Wikipedia
17) Nissan JUKE: O Juke foi projetado na Nissan Design Europe em Londres e refinado no Design Center da Nissan no Japão, muita gente envolvido para fazer um carro lindo destes?
Foi produzido entre 2010 e 2019 nas plantas do Japão (Yokosuka), Reino Unido (Sunderland) e na Indonésia (Purwakarta), e vendido em praticamente no mundo inteiro; Japão, Europa, Estados Unidos, China, Nova Zelândia e até no Chile. 
Pelo menos, do ponto de vista comercial, não dá para dizer que não teve sucesso.
Curiosamente, em agosto de 2013 a Nissan lançou um comercial do Juke com os Stormtroopers da Star Wars, até que o visual do carro fica bem com o Darth Vader.
Longa Duração: Toyota Prius continua suave como carro novo após ...
18) Toyota Prius: Bem conhecido aqui no Brasil, o Toyota Prius foi um dos primeiros carros híbridos, movido a gasolina e eletricidade, a marcar presença de verdade no mercado mundial.
A primeira geração foi lançada no mercado japonês em 1997, em 2001 foi lançado em outros mercados mundiais. A segunda geração do Prius foi lançada em 2004 e a terceira em 2009, depois veio a quarta geração no mercado japonês em dezembro de 2015 e na Europa e na América do Norte ao início de 2016.
Vendido 90 países e regiões já atingiu 5,7 milhões de unidades em 2016, certamente pelo seu apelo tecnológico moderno e alta eficiência, economia de combustível de 21,1 km/l e emite 44% menos gás carbônico.
Já imaginaram se fosse bonito?

20/07/2020

Reclaimed Rust

Gostamos de rock, gostamos de carros e gostamos de roqueiros que gostam de carros, neste aspecto parece que o James Hetfield não está brincando em serviço (já falamos um pouco dele neste post)!
Pois bem, eis que nosso amigo James resolveu exibir algumas de suas obras de arte no Petersen Museum em LA numa exibição chamada "Reclaimed Rust" que começou em fevereiro de 2020 e deveria ir até outubro de 2020, mas devido aos tempos malucos que vivemos foi prolongada até 28 de março de 2021... 
Quer sabe mais? Aqui e aqui tem muita informação e fotos destas maravilhas, só falta programar a viagem para LA para conhecer...

Lincoln Zephyr 1937 "Voodoo Priest"

Auburn Roadster 1936 “Slow Burn”
Packard 1934 "Aquarius"
Ford 1936 “Iron Fist”

Ford F-100 1956 “Str8edge”

Jaguar Mk4 1948 "Black Pearl"

Buick Skylark 1953 "Skyscraper"
Ford 1937 "Crimson Ghost"
  
Lincoln Continental 1961