Fundada por Don Nichols em 1968, um homem até então
desconhecido, a equipe iniciou as suas atividades nos Estados Unidos como Advanced
Vehicle Systems, estreando em 1970 na categoria CAN-AM como Shadow Racing Inc.
O primeiro modelo foi projetado por Trevor Harris e os pilotos eram George Follmer e Vic Elford, o MK1 era rápido e inovador, mas deixava a desejar em termos de confiabilidade.
O primeiro modelo foi projetado por Trevor Harris e os pilotos eram George Follmer e Vic Elford, o MK1 era rápido e inovador, mas deixava a desejar em termos de confiabilidade.
A partir de 1971 a equipe tornou-se realmente competitiva,
foram determinantes a chegada do novo projetista Peter Bryant e o competente
piloto inglês Jackie Oliver (que foi o campeão da categoria CAN-AM em 1974).
No final de 1972 Nichols decidiu dar um salto mais alto, com
grande apoio financeiro da UOP – Universal Oil Products eles decidiram construir um
carro para disputar a temporada de 1973 da F1. A equipe passou a se chamar
UOP-Shadow, com uma nova sede de operações na Grã-Bretanha.
Uma curiosidade por trás desta mudança foi porque entre 1973 a 1975 a Shadow participou da F1 como equipe americana e entre 1976 a 1980 como equipe britânica, até hoje é o único caso de uma equipe a mudar oficialmente a sua nacionalidade na F1 sem mudar de dono.
Uma curiosidade por trás desta mudança foi porque entre 1973 a 1975 a Shadow participou da F1 como equipe americana e entre 1976 a 1980 como equipe britânica, até hoje é o único caso de uma equipe a mudar oficialmente a sua nacionalidade na F1 sem mudar de dono.
O modelo DN1 foi projetado por Tony Southgate, que tinha
no currículo o carro da BRM que vencera o GP de Mônaco de 1972, a expectativas
eram boas. A estreia veio no GP África do Sul com Jackie Oliver e George
Follmer, velhos conhecidos da equipe na CAN-AM, um outro chassi foi inscrito
pela equipe Embassy-Hill de Graham Hill, este já em final de carreira.
George Follmer conseguiu um pódio na segunda corrida da equipe
e parecia que as boas expectativas iriam se confirmar, mas no resto da
temporada a equipe pagou o preço da estreia e conseguiu apenas um
resultado expressivo na penúltima etapa, com mais um terceiro lugar de Jack
Oliver. A equipe terminou o campeonato em oitavo lugar com 9 pontos.
Shadow DN1 |
Para a temporada de 1974 as apostas continuaram altas com o
modelo DN3, Jack Oliver se aposentou e uma nova e promissora dupla de pilotos
foi contratada, o americano Peter Revson (herdeiro do império de cosméticos
Revlon) e o francês Jean-Pierre Jarier.
A tragédia começou a tomar lugar do otimismo já na terceira
etapa do campeonato, durante um treino do GP da África do Sul a suspensão do
DN3 de Peter Revson falhou provocando um acidente fatal, Tom Pryce foi contratado
para ser o seu substituto. O resultado mais expressivo no ano foi um terceiro
lugar de Jarier em Mônaco, a Shadow repetiu o oitavo lugar no campeonato, mas
desta vez com apenas 7 pontos.
O novo DN5 foi a aposta para 1975, o otimismo parecia ter
voltado após Jean-Pierre Jarier fazer a pole position nos dois primeiros GPs,
porém a velocidade veio acompanhada de uma crônica falta de confiabilidade.
Houve uma aposta ousada no meio da temporada com o modelo DN7, os motores Ford Cosworth DFV que produziam cerca de 490 CV foram trocados pelo V12 Matra, estes
com cerca de 550 cv. No final o resultado mais expressivo foi um terceiro lugar
de Tom Pryce na Áustria, fechando o campeonato de equipes com outro oitavo
lugar e apenas 7 pontos. Apesar de tudo a equipe saboreou a
primeira vitória, Tom Pryce venceu a corrida, extra campeonato, dos Campeões no
mesmo ano.
Shadow DN5 |
Nada mudou radicalmente em 1976, exceto que a UOP decidiu
retirar o seu patrocínio. A falta de dinheiro fez os resultados serem
sofríveis. Tom Pryce conseguiu um bom terceiro lugar na abertura do campeonato no
Brasil, mas no restante do ano Pryce e Jarier pouco conseguiram e a equipe
fechou o campeonato em outro oitavo lugar com 10 pontos.
A temporada de 1977 marcou definitivamente o futuro da equipe
com outra tragédia, e outra vez no GP da Africa do Sul, Tom Pryce morreu após
atropelar um fiscal de pista quando este atravessava, de maneira imprudente,
para atender um princípio de incêndio. O extintor do fiscal bateu na cabeça de
Pryce matando-o instantaneamente.
Ironicamente o substituto de Pryce, Alan Jones, conseguiu a
maior conquista da equipe vencendo o GP da Áustria do mesmo ano. Conseguiram a maior
pontuação da equipe, 23 pontos, mas não valeu nada mais do que o sétimo lugar
no campeonato.
Shadow DN8 |
Para tentar manter a competitividade a aposta foi contar com pilotos experientes, Clay Regazzoni e Hans Stuck, mesmo assim os resultados foram muito modestos.
O calvário continuou em 1979 com o fraco modelo DN9, apesar
de ter uma boa dupla de pilotos formada por Elio de Angelis e Jan Lammers, a Shadow só conseguiu 3 pontos com um quarto lugar de De Angelis na última etapa do
campeonato, o GP dos Estados Unidos.
Com tantas
dificuldades técnicas e sem dinheiro, a Shadow sequer conseguiu terminar a
temporada de 1980. Após apenas uma qualificação em 7 corridas a Shadow encerrava melancolicamente as suas atividades, vendendo seus ativos para a Theodore Racing, equipe de Teddy
Yip.
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