02/12/2017

March Engineering (Round 3 - Final)


Chegamos a ultima parte da história da March.
A expectativa em torno da March na F1 não se confirmou novamente em 1989, a equipe passava por problemas financeiros e o controle das equipes de F1 e F3000 passaram para o empresário japonês Akira Akagi.
A March continuou com os seus projetos na F-Indy e nos esportes-protótipos, além de fechar novas parcerias em função do seu know-how em engenharia avançada e aerodinâmica. Na verdade, as novas parcerias deveriam trazer muito dinheiro para a equipe através de seu túnel de vento, mas foram um desastre. Problemas na instalação geraram resultados incorretos e muitas equipes que contrataram a March, entre elas a Lotus na F1, acabaram perdendo competividade.
A reputação da March ficou duramente abalada, somada a péssima situação econômica do final dos anos 1980 levou a equipe a fundir suas operações para continuar existindo, foi firmado um acordo com a antiga concorrente Ralt, a March cuidaria das parcerias da indústria e a Ralt da produção dos carros de corrida.
Nas temporadas de 1990 e 1991 os chassis March participaram da F1 sob o nome de Leyton House Racing de Akira Akagi. Utilizando motores Ilmor V10 o projeto parecia ter bom potencial, mas as empresas de Akagi se envolveram em escândalos financeiros que forçaram o final da equipe.
O espólio da Leyton House foi comprado por Ken Marrable que planejava retornar para a temporada de 1992 com um carro sob o nome March, porém a falta de recursos financeiros e os fracos resultados forçaram a equipe a abandonar a F1 no início da temporada de 1993, desde então de forma definitiva.
O grupo (March e Ralt) trocou de donos algumas vezes até Andrew Fitton e Steve Ward assumirem as empresas ainda na década de 1990, eles compraram os 30.000 desenhos de engenharia e direitos de design da March, incluindo os F1 da década de 1970 que atualmente são muito requisitados por historiadores.
A March Racing Organization Ltd fez uma última tentativa de competir na F1 na temporada de 2010, o projeto iria aproveitar o novo teto orçamentário (45 milhões de euros) previstos para a F1 que permitiria novas equipes menores. Os planos se mostraram uma total utopia, as instalações da March estavam inativas desde 1992 e seria necessário remontar uma nova fábrica e equipe em apenas oito meses antes do início da temporada.
Talvez a principal razão pela qual a March nunca tenha conquistado a F1 tenha sido mesmo o constante conflito de foco (e de recursos financeiros) entre a F1 e as demais categorias, de fato manter o constante desenvolvimento de um projeto na F1 e construir carros competitivos, baratos e confiáveis para outras categorias nunca foi um desafio simples, mesmo para uma equipe que conseguiu tantas vitórias e por tanto tempo, exceto na F1...
Principais pilotos da F1: Chris Amon, Jo Siffert, Niki Lauda, Ronnie Peterson, Vittorio Brambilla, Henri Pescarolo
Principais equipes (clientes) da F1: Tyrrell Racing, Frank Williams Racing Cars, Hesketh Racing, Williams F1.Resultados na F1: 207 largadas com equipe própria (2 vitórias, 2 Pole positions, 4 voltas mais rápidas) e 209 largadas com equipes clientes (3 vitórias, 5 pole positions, 7 voltas mais rápidas).
Designações de carros: A March normalmente utilizava um esquema simples para nomear seus carros; Três dígitos sendo que os dois primeiros correspondendo ao ano (69-91) e o terceiro (ou letra) a categoria, houve algumas pequenas exceções como os “XX5” de carros da Fórmula B / Atlantic, F5000 e alguns carros esportivos de 2 litros.
  • Fórmula 1: 701-781, 811-821, 871-881. Os carros subsequentes (CG891, CG901, CG911) adotaram o prefixo “CG” em homenagem a Cesare Gariboldi, gerente da equipe Leyton House March morto em um acidente rodoviário em 1989. Outras exceções: Em 1972 tivemos o 721, 721X e 721G (baseado em F2), em 1987 foi adotado o 87P / 87B que era um carro híbrido F1 / F3000.
  • Fórmula 2 (UK): 702-842
  • Fórmula 2 Japonesa: 85J e 86J.
  • Fórmula 3: 693-813.
  • Grupo Can-Am / Grupo 7: 707, 717, 817, 827, 847
  • Protótipos de esportes de 2 litros: 73S - 77S; Sports 2000 81S-84S
  • F-Indy, IndyCar / Champcar: 81C - 89C.
  • Formula Two – 702-842. Carros japoneses da F2 em 1985-86 foram designados 85J e 86J. Um 772P apareceu em 1977 baseado em um antigo chassis de Fórmula Atlantic.
  • Formula 3000: 85B - 89B
  • Formula 5000: 72A - 76A
  • Formula Atlantic: 73B - 79B
  • Formula Ford (UK): 708 - 718
  • Formula Ford (US): 709 - 719
  • Formula Renault – 75R
  • IMSA GTP/Group C: 80G - 87G, 88S, 92S.

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