Entramos na parte final da história da Lola Cars... Os anos 2000 ficaram marcados pelas tentativas de recuperar a empresa, financeiramente a Lola apostou na Fórmula Nippon até 2003 com o chassis B02 / 50, aproveitando que a categoria estava substituindo antigos Dallaras. Depois veio o contrato com a A1 Grand Prix, uma nova categoria que estava sendo criada em 2005 com o apelo de se tornar a “copa do mundo das pistas”. A Lola construiu 50 carros para a A1 Grand Prix (B05 / 52), era utilizado um motor Zytek V8 e os chassis eram alugados para os franqueados nacionais, o nível técnico era semelhante a F3000.
Paralelamente, a Lola estava com atuação mais efetiva nos campeonatos de resistência, na Europa em 2001 tivemos Lola B01 /60 no LMP2 que foi usado pela MG (com o códinome EX257) com motor AER turbo, alem de várias equipes independentes com outros motores.
A1GP
Em 2005 foi introduzido o Lola B05 / 40 (ou MG-Lola EX264 /265), vencendo na LMP2 em 2005 e 2006 em Le Mans com a equipe Ray Mallock Limited. Na ALMS nos Estados Unidos a equipe Intersport Racing conseguiu um 2º lugar geral nas 12 Horas de Sebring de 2006.
Quando a FIA promoveu uma espécie de concorrência para entrada de novas equipes de F1, a Lola anunciou em 22 de abril de 2009 que trabalhava em um grande projeto para desenvolver um novo carro para a F1, o projeto chegou a ser apresentado em 2010, mas não foi à frente. Eles não aprendiam e não se entendiam com a F1 😒😒.
MG-Lola EX264
Mas a situação financeira da empresa se deteriorava rapidamente, após algumas tentativas de buscar novos negócios, tais como uma parceria com a BAE Systems e a Drayson para desenvolver um protótipo elétrico para Le Mans, o grupo administrador, CCW Recovery Solutions, não encontrou um comprador e a empresa encerrou suas operações em 5 de outubro de 2012. Foram demitidos os últimos empregados e os ativos, propriedade intelectual e a licença do nome foram comprados pela Multimatic Engineering e Carl A. Haas Automotive.
Lola B12 / 80
Entre 2014 e 2016 a Multimatic forneceu dois chassis baseados no Lola B12 / 80 LMP2 para a Mazda competir no WeatherTech SportsCar Championship da IMSA, em 2017 houve a junção do regulamento base da IMSA com a FIA WEC e a Mazda parou de usar chassis Lola.
Em 28 de maio de 2017 Eric Broadley faleceu em Cambridge aos 88 anos, ele já estava totalmente afastado da Lola a alguns anos, mas deixou para sempre um grande legado de décadas de vitórias no mundo das corridas. Não foi a toa que o slogan da empresa era "World leaders in automotive technology".
Alguns resultados relevantes da Lola:
Mais de 500 Vitórias em diversas categorias de carros esporte, protótipos e fórmula ao redor do mundo, entre 1958 e 2012
01 vitória (1967), 01 pole position e 03 pódios na F1.
11 vezes campeã nas séries CART e Champcar nos Estados Unidos (1984, 1987, 1990 – 1993, 2002 – 2006)
03 vitórias na Indy 500 (1966, 1978 e 1990)
03 vezes campeã europeia de F5000 (1971, 1974 e 1975)
04 vezes campeã americana de F5000 (1973 – 1976)
06 vezes campeã da CAN-AM (1966, 1977 – 1981)
Nomenclatura dos chassis:
Apesar de tantos carros e projetos, a Lola adotou um esquema de nomenclatura relativamente simples, vale explicar:
1958 – 1964: Os carros, esportivos ou fórmula, tinham o termo “Mark” (ou MK) e eram nomeados em ordem de construção: MK1, MK2, etc.
1964 – 1998: Os carros passaram a ser T de “Type”, com um ou dois dígitos designando que tipo de carro e o dígito final designando a variante, apenas em 1986 houve uma pequena mudança, os dois primeiros dígitos designavam o ano e os dois finais o tipo de carro.
1998 – 2017: O T foi substituído por um B, em homenagem ao novo proprietário de Lola, Martin Birrane.
Tabela de tipos de carros:
00 – Cart e Champcar
10 - Grupo C e IMSA GTP, Le Mans Prototype SR1, LMP900 e LMP1
20 - Indy Lights
30 - Fórmula 1, depois usado para Fórmula 3
40 - Le Mans Prototype SR2 e LMP2 classes
50 - Fórmula 3000 e Fórmula Nippon
60 - Le Mans Prototype LMP675 classe, depois LMP1 Coupes
70 - Fórmula 3000 mexicana, carros esporte e protótipos de Daytona
Dando continuidade a nossa playlist política... Para mim simplesmente uma das melhores bandas de rock nacional de todos os tempos!
A música é de 1986 do disco "O concreto já rachou", sensacional, formação original: Phillipe Seabra (voz e guitarra-solo), Jander Bilaphra (voz e guitarra-base), André X (baixo) e Gutje Woortman (bateria).
Capital da esperança
(Brasília tem luz, Brasília tem carros)
Asas e eixos do Brasil
(Brasília tem mortes, tem até baratas)
Longe do mar, da poluição
(Brasília tem prédios, Brasília tem máquinas)
mas um fim que ninguém previu
(Árvores nos eixos a polícia montada)
(Brasília), Brasília
Brasília tem centros comerciais
Muitos porteiros e pessoas normais
(Muitos porteiros e pessoas normais)
As luzes iluminam os carros só passam
A morte traz vida e as baratas se arrastam
(Utopia na mente de alguns...)
Os prédios se habitam as máquinas param
As árvores enfeitam e a polícia controla
(Utopia na mente de alguns...)
Oh.. O concreto já rachou!
Brasília....
Brasília tem luz, Brasília tem carros
(Carros pretos nos colégios)
Brasília tem mortes, tem até baratas
(em tráfego linear)
Brasília tem prédios, Brasília tem máquinas
(Servidores Públicos ali)
Árvores nos eixos a polícia montada
(polindo chapas oficiais)
Brasília, (Brasília)
Brasília tem centros comerciais
Muitos porteiros e pessoas normais
(Muitos porteiros e pessoas normais)
As luzes iluminam os carros só passam
A morte traz vida e as baratas se arrastam
(Utopia na mente de alguns...)
Os prédios se habitam as máquinas param
As árvores enfeitam e a polícia controla
(Utopia na mente de alguns...)
Oh... O concreto já rachou! rachou! rachou! rachou!
Hoje, dia de eleições gerais, é propício para lembrar desta música, não?!
Faixa título do terceiro álbum da Legião Urbana, lançado em 1987, apesar de ter 31 anos continua espelhando muito bem a (triste) realidade da nossa sociedade...