17/10/2018

Qual a sua receita? (Teto)

Todo carro sem teto é conversível?
Para muita gente sim, mas para as fábricas nem tudo que não tem capota pode ser considerado um conversível.😮
Ficou confuso? Não é para menos, porque nem sempre são coisas diferentes como parecem, então vamos tentar esclarecer um pouco;


Conversível: Aqui não tem muito segredo para entender, basicamente é a definição de todo carro que tenha um teto removível.
O teto pode ser de lona, vinil ou uma capota rígida, também pode ser dobrado ou retirado e guardado no porta-malas.






Roadster: O termo vem das palavras em inglês “road” (estrada) e o sufixo “ster”, formando um substantivo para designar a especialidade, neste caso um carro voltado para uso em estradas.  
Desde os primórdios da história dos carros o nome foi usado para definir carros esportivos, sem portas, com dois assentos e, normalmente, sem compartimento de bagagem ou com um pequeno bagageiro externo na traseira.
Hoje em dia o termo é usado para designar carros esportivos leves, compactos, 2 lugares, capô longo e, claro, teto removível...




Spider (ou Spyder): Geralmente é um definição utilizada por fabricantes Italianos, a origem do nome vem da da época das carruagens, a palavra “speeder” (pronunciada “spider”) definia um tipo de carruagem leve e aberta para duas pessoas, a carruagem tinha rodas grandes e finas que lembravam a silhueta de uma aranha.
Estas carruagens eram fabricadas por uma empresa irlandesa de Dublin chamada “Holmes”, que mudou o nome para “spyder” para diferenciar de “spider” (aranha), mas em 1924 os italianos voltaram a usar “spider” com “I” porque a Federação Nacional dos Fabricantes de Carrocerias registrou o nome sem a letra “y” (não existe no idioma italiano).

Targa: É um tipo de carro conversível que tem apenas parte do teto removível, ficando uma estrutura fixa na traseira que normalmente é feita de vidro, esta estrutura também serve para segurança em casos de capotamentos.
O primeiro modelo a ser chamado assim foi uma versão do Porsche 911 Targa no ano de 1966.
O nome veio da Targa Florio, uma famosa corrida disputada nas ruas da Sicília, Itália, onde a Porsche venceu 11 vezes.




Cabriolet: É um termo de origem francesa do século 18 também vindo das charretes, neste caso, um tipo de carruagem leve, com duas rodas e um único eixo. 
Estas charretes eram cobertas com uma capota de tecido dobrável.
As marcas europeias, principalmente as francesas, são as que usam o termo “cabriolet” mais frequentemente, já as marcas americanas usam mesmo o “conversível”.


É isso... Ajudou a entender??

15/10/2018

Censura

Mais um pouco da nossa playlist de rock-político... em tempos de tanto Fake News, mentiras e afins, achei que esta música cai bem!
Mais uma faixa do álbum "Nunca somos tão Brasileiros" de 1987, na opinião do blog um dos melhores de rock nacional de todos os tempos.

Unidade repressora oficial

A censura, a censura
unica entidade que ninguém censura

Hora pra dormir
hora pra pensar
Porra meu papai
deixa me falar

Unidade repressora oficial

A censura, a censura
unica entidade que ninguém censura

Contra a nossa arte está a censura
abaixo a postura, viva a ditadura
Jardel com travesti, censor com bisturi
corta toda música que você não vao ouvir

Unidade repressora oficial

A censura, a censura
unica entidade que ninguém censura

Nada para ouvir, nada para ler
nada para mim, nada pra você
nada no cinema, nada na TV
nada para mim, nada pra você

Unidade repressora oficial

Unidade repressora oficial

Lola Cars (Round 4 - Final)

Lola B02/50
Entramos na parte final da história da Lola Cars...
Os anos 2000 ficaram marcados pelas tentativas de recuperar a empresa, financeiramente a Lola apostou na Fórmula Nippon até 2003 com o chassis B02 / 50, aproveitando que a categoria estava substituindo antigos Dallaras. 
Depois veio o contrato com a A1 Grand Prix, uma nova categoria que estava sendo criada em 2005 com o apelo de se tornar a “copa do mundo das pistas”. A Lola construiu 50 carros para a A1 Grand Prix (B05 / 52), era utilizado um motor Zytek V8 e os chassis eram alugados para os franqueados nacionais, o nível técnico era semelhante a F3000.
Paralelamente, a Lola estava com atuação mais efetiva nos campeonatos de resistência, na Europa em 2001 tivemos Lola B01 /60 no LMP2 que foi usado pela MG (com o códinome EX257) com motor AER turbo, alem de várias equipes independentes com outros motores.
A1GP
Em 2005 foi introduzido o Lola B05 / 40 (ou MG-Lola EX264 /265), vencendo na LMP2 em 2005 e 2006 em Le Mans com a equipe Ray Mallock Limited. Na ALMS nos Estados Unidos a equipe Intersport Racing conseguiu um 2º lugar geral nas 12 Horas de Sebring de 2006.
Quando a FIA promoveu uma espécie de concorrência para entrada de novas equipes de F1, a Lola anunciou em 22 de abril de 2009 que trabalhava em um grande projeto para desenvolver um novo carro para a F1, o projeto chegou a ser apresentado em 2010, mas não foi à frente. Eles não aprendiam e não se entendiam com a F1 😒😒.
MG-Lola EX264
Mas a situação financeira da empresa se deteriorava rapidamente, após algumas tentativas de buscar novos negócios, tais como uma parceria com a BAE Systems e a Drayson para desenvolver um protótipo elétrico para Le Mans, o grupo administrador, CCW Recovery Solutions, não encontrou um comprador e a empresa encerrou suas operações em 5 de outubro de 2012. 
Foram demitidos os últimos empregados e os ativos, propriedade intelectual e a licença do nome foram comprados pela Multimatic Engineering e Carl A. Haas Automotive.
Lola B12 / 80
Entre 2014 e 2016 a Multimatic forneceu dois chassis baseados no Lola B12 / 80 LMP2 para a Mazda competir no WeatherTech SportsCar Championship da IMSA, em 2017 houve a junção do regulamento base da IMSA com a FIA WEC e a Mazda parou de usar chassis Lola.
Em 28 de maio de 2017 Eric Broadley faleceu em Cambridge aos 88 anos, ele já estava totalmente afastado da Lola a alguns anos, mas deixou para sempre um grande legado de décadas de vitórias no mundo das corridas. Não foi a toa que o slogan da empresa era "World leaders in automotive technology".

Alguns resultados relevantes da Lola:

  • Mais de 500 Vitórias em diversas categorias de carros esporte, protótipos e fórmula ao redor do mundo, entre 1958 e 2012
  • 01 vitória (1967), 01 pole position e 03 pódios na F1.
  • 11 vezes campeã nas séries CART e Champcar nos Estados Unidos (1984, 1987, 1990 – 1993, 2002 – 2006)
  • 03 vitórias na Indy 500 (1966, 1978 e 1990)
  • 03 vezes campeã europeia de F5000 (1971, 1974 e 1975)
  • 04 vezes campeã americana de F5000 (1973 – 1976) 
  • 06 vezes campeã da CAN-AM (1966, 1977 – 1981)

Nomenclatura dos chassis:
Apesar de tantos carros e projetos, a Lola adotou um esquema de nomenclatura relativamente simples, vale explicar:
1958 – 1964: Os carros, esportivos ou fórmula, tinham o termo “Mark” (ou MK) e eram nomeados em ordem de construção: MK1, MK2, etc.
1964 – 1998: Os carros passaram a ser T de “Type”, com um ou dois dígitos designando que tipo de carro e o dígito final designando a variante, apenas em 1986 houve uma pequena mudança, os dois primeiros dígitos designavam o ano e os dois finais o tipo de carro.
1998 – 2017: O T foi substituído por um B, em homenagem ao novo proprietário de Lola, Martin Birrane. 

Tabela de tipos de carros:
00 – Cart e Champcar
10 - Grupo C e IMSA GTP, Le Mans Prototype SR1, LMP900 e LMP1
20 - Indy Lights
30 - Fórmula 1, depois usado para Fórmula 3
40 - Le Mans Prototype SR2 e LMP2 classes
50 - Fórmula 3000 e Fórmula Nippon
60 - Le Mans Prototype LMP675 classe, depois LMP1 Coupes
70 - Fórmula 3000 mexicana, carros esporte e protótipos de Daytona
80 - Le Mans Prototype LMP2 Coupes
90 - Esportes 2000

10/10/2018

Desordem

Caminhando junto com a campanha eleitoral, mas uma parte da nossa playlist política de rocks nacionais (dos bons)...
Agora vamos com uma música de 1987 do disco "Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas", sem dúvida a melhor fase da carreira dos Titãs.
Reparem bem na letra, tão atual que parece que foi escrita ontem.😓😓
Composição de Charles Gavin, Marcelo Fromer e Sergio Britto 

Os presos fogem do presídio
Imagens na televisão
Mais uma briga de torcidas
Acaba tudo em confusão
A multidão enfurecida
Queimou os carros da polícia
Os presos fogem do controle
Mas que loucura esta nação!
Não é tentar o suicídio
Querer andar na contramão?

Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?

Não sei se existe mais justiça
Nem quando é pelas próprias mãos
População enlouquecida
Começa então o linchamento
Não sei se tudo vai arder
Como algum líquido inflamável
O que mais pode acontecer
Num país pobre e miserável?
E ainda pode se encontrar
Quem acredite no futuro

Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?

É seu dever manter a ordem?
É seu dever de cidadão?
Mas o que é criar desordem,
Quem é que diz o que é ou não?
São sempre os mesmos governantes
Os mesmos que lucraram antes
Os sindicatos fazem greve
Porque ninguém é consultado
Pois tudo tem que virar óleo
Pra por na máquina do estado

Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?

08/10/2018

Brasília

Dando continuidade a nossa playlist política... Para mim simplesmente uma das melhores bandas de rock nacional de todos os tempos!
A música é de 1986 do disco "O concreto já rachou", sensacional, formação original: Phillipe Seabra (voz e guitarra-solo), Jander Bilaphra (voz e guitarra-base), André X (baixo) e Gutje Woortman (bateria).


Capital da esperança
(Brasília tem luz, Brasília tem carros)
Asas e eixos do Brasil
(Brasília tem mortes, tem até baratas)
Longe do mar, da poluição
(Brasília tem prédios, Brasília tem máquinas)
mas um fim que ninguém previu
(Árvores nos eixos a polícia montada)
(Brasília), Brasília

Brasília tem centros comerciais
Muitos porteiros e pessoas normais
(Muitos porteiros e pessoas normais)

As luzes iluminam os carros só passam
A morte traz vida e as baratas se arrastam
(Utopia na mente de alguns...)
Os prédios se habitam as máquinas param
As árvores enfeitam e a polícia controla
(Utopia na mente de alguns...)

Oh.. O concreto já rachou!
Brasília....

Brasília tem luz, Brasília tem carros
(Carros pretos nos colégios)
Brasília tem mortes, tem até baratas
(em tráfego linear)
Brasília tem prédios, Brasília tem máquinas
(Servidores Públicos ali)
Árvores nos eixos a polícia montada
(polindo chapas oficiais)
Brasília, (Brasília)

Brasília tem centros comerciais
Muitos porteiros e pessoas normais
(Muitos porteiros e pessoas normais)

As luzes iluminam os carros só passam
A morte traz vida e as baratas se arrastam
(Utopia na mente de alguns...)
Os prédios se habitam as máquinas param
As árvores enfeitam e a polícia controla
(Utopia na mente de alguns...)

Oh... O concreto já rachou! rachou! rachou! rachou!
Rachou! O concreto já rachou!
Brasília....
Brasília.... Brasilia!

As luzes iluminam os carros só passam
A morte traz vida e as baratas se arrastam
(Utopia na mente de alguns...)

Os prédios se habitam as máquinas param
As árvores enfeitam e a polícia controla
(Utopia na mente de alguns...)

Os comércios só vendem
e os porteiros só olham
E essas pessoas elas não fazem nada
mas essas pessoas elas não fazem nada
Nada! (Brasília...) Nada! (Brasília...)
Nada! (Brasília...) Nada! (Brasília...)