O blog de quem gosta de Carros Antigos, Corridas, Hot Rods, Kultura Kustom, Rock e afins...
11/08/2019
02/08/2019
What´s your nickname? THE KING !
Eu estava mesmo querendo resgatar os apelidos de pilotos famosos, alguns até são meio pejorativos, mas a verdade é que quase sempre merecidos pelo que esses pilotos fazem na pista.
Vamos começar a série com um apelido que vem lá dos EUA e, por sinal, é pra lá de muito merecido; RICHARD PETTY, ou simplesmente, THE KING.
Precisa explicar porque?
Vamos lá, simplesmente o cara foi o primeiro piloto a ser 7 vezes campeão da NASCAR (1964, 1967, 1971, 1972, 1974, 1975, 1979), detém o recorde de 200 vitórias e venceu as 500 milhas de Daytona por 7 vezes (1964, 1966, 1971, 1973, 1974, 1979 e 1981)!
É considerado por muitos o maior piloto americano de todos os tempos, é mesmo o REI.
(entenderam de onde vem o carro azul chamado de "rei" no desenho da pixar "carros"?!)
(entenderam de onde vem o carro azul chamado de "rei" no desenho da pixar "carros"?!)
01/08/2019
NHRA
Em muitos países, principalmente nos EUA, associações independentes são fundamentais na organização das competições, feiras e eventos ligados aos carros e motos (muito diferente daqui do Brasil, infelizmente).
Aqui no blog já falamos de algumas destas associações, como a SCTA, Good-Guys e CAN-AM, cujo trabalho costuma ser muito legal porque diminui a dependência de federações e do dinheiro alheio.
Agora vamos falar de uma das mais importantes de todas: NHRA - National Hot Rod Association (Associação Nacional de Hot Rod).
A NHRA é a entidade responsável pelo incrível sucesso das corridas de arrancadas (Drag Race) nos EUA, não é a toa que atualmente tem mais de 40.000 pilotos associados, sendo considerada a maior organização sancionadora de automobilismo do mundo.
Essa história começa nos anos 1930, quando as arrancadas eram disputadas em lagos secos, como Muroc e El Mirage no deserto de Mojave, na Califórnia, aos poucos essas "corridas" também passaram a ser (perigosamente) disputadas em estradas secundárias, com velocidades chegando aos 100 mph e, na maior parte das vezes, na ilegalidade.
Em 29 de novembro de 1937 vários entusiastas, entre eles o editor da Hot Rod Wally Parks, começaram a botar ordem na casa fundando a SCTA (Southern California Timing Association), ele foi o gerente geral e depois o secretário executivo da entidade.
A SCTA organizou a primeira "Semana da Velocidade" em Bonneville Salt Flats em 1949, foi a primeira vez que os pilotos começaram a correr em um trecho igualmente cronometrado, em vez de simplesmente alucinadamente tentando atingir as velocidades máximas de seus carros.
Em 1950 foi aberta a primeira pista fechada de “dragster”, a Santa Ana Drags, e rapidamente a modalidade se popularizou, trazendo mais público, competidores e evidenciando ainda mais a carência de organização de modo geral.
Wally Parks era o editor da revista Hot Rod, juntando sua influência e experiência na SCTA e em 1951 liderou o movimento para formar a National Hot Rod Association, tornando-se também o seu primeiro presidente.
O objetivo da associação era "criar ordem no caos", instituindo regras de segurança e padrões de desempenho para tirar o esporte da ilegalidade.
As primeiras corridas da NHRA ocorreram em abril de 1953, em um estacionamento em Pomona, condado de Los Angeles, Califórnia. Desde o começo, além da parte esportiva, houve grande preocupação em melhorar a estrutura dos eventos, criando comodidades para os fãs como torres VIP e arquibancadas altas.
Em 1955 a NHRA organizou o primeiro evento nacional chamado "The Nationals" em Great Bend, Kansas, em um campo aéreo de treinamento. Em 1961 chegaram em Indianapolis com o “Winternationals”, o segundo evento anual da NHRA.
A partir daí a NHRA evoluiu muito, hoje tem cerca de 200 funcionários cuidando de mais de 70.000 membros e 40.000 pilotos licenciados, as competições ocorrem em pelo menos 120 pistas em toda a América do Norte.
Existem mais de 20 categorias e vários campeonatos, a série “NHRA Mello Yello Drag Racing” com 24 etapas é a principal divisão, composta pelas quatro classes profissionais mais importantes: Top Fuel (que passa de 320 km/h), Funny Car, Pro Stock e Pro Stock Motorcycle.
Atualmente, nos EUA, a NHRA só perde para a NASCAR em termos de popularidade, apelo dos fãs, audiência e patrocínios. Os principais parceiros são The Coca-Cola Company (dona da marca Mello Yello) e a Lucas Oil Products que patrocina séries de desenvolvimento, outros patrocinadores oficiais incluem Toyota, Chevrolet, Goodyear, Traxxas e Harley-Davidson.
Uma outra iniciativa interessante da NHRA é o “NHRA Drags: Street Legal Style”, que oferece a oportunidade de competir em corridas de arrancada para qualquer dono de carro, com carteira de motorista válida, capacete e seguro de automóvel.
Wally Parks deixou a presidência geral da NHRA apenas em 1984, quando assumiu a presidência do conselho e foi sucedido por Dallas Gardner, Gardner por sua vez ficou até na presidência até o ano 2000 sendo sucedido por Tom Compton que se aposentou em 2015, desde então Peter Clifford, um executivo de carreira da NHRA, foi nomeado como presidente.
Notem que Peter Clifford é apenas o quarto presidente em toda a história da organização desde 1951, certamente essa estabilidade na gestão é uma das explicações do sucesso da NHRA.
Notem que Peter Clifford é apenas o quarto presidente em toda a história da organização desde 1951, certamente essa estabilidade na gestão é uma das explicações do sucesso da NHRA.
Por fim, quase 70 anos após o começo de tudo, a pista em Pomona sofreu uma reforma US$6 milhões e hoje abriga o evento de abertura “Circle K NHRA Winternationals” e também o final da temporada, o “Automobile Club da Southern California NHRA Finals”.
Para saber mais: https://www.nhra.com/nhra
Campeões da “NHRA Mello Yello Drag Racing Series”
22/07/2019
Cascos - Lap 4 (Itália)
Continuando nossa série sobre pinturas de capacetes, neste post vamos terminar o giro pelos pilotos Italianos que começamos aqui neste post.
Lembrando, por hora só está valendo pilotos de carros...
Ignacio Giunti |
Ivan Capelli |
Jarno Trulli |
Michele Alboreto |
Teo Fabi |
Vittorio Brambilla
|
Lorenzo Bandini |
Ricardo Patrese |
15/07/2019
As maiores "não vitórias' em Le Mans... (Pit extra)
Algum tempo tempo atrás falamos neste post sobre algumas das mais marcantes "não" vitórias das "24hs de Le Mans"...
Porém, com tantos anos de história dessa corrida fantástica é muito fácil deixar de citar algumas outras edições emblemáticas.
Aqui vão mais duas edições dramáticas; Festa imensa para alguns e tristeza infinita para outros;
Aqui vão mais duas edições dramáticas; Festa imensa para alguns e tristeza infinita para outros;
1966 (34a edição):
Por conta do trailer do filme "Ford vs Ferrari", que contamos os dias para o lançamento, lembramos de uma sacanagem do destino com o grande piloto Ken Miles.
Miles foi um piloto fantástico, mas nem sempre devidamente reconhecido, naquele ano ele fazia parte do "dream team" montado por Ford e Shelby com 4 GT40 (Bruce Mclaren/Chris Amon, Ronnie Bucknum/Dick Hutcherson, Dan Gurney/Jerry Grant e Ken Miles/Denis Hulme) inscritos para vencer a Ferrari, a todo custo, diga-se.
Na bandeirada Miles e Hulme venceram, mas quem levou a vitória foram McLaren e Amon. Wtf?!?! Vamos explicar...
A Ford fazia 1-2-3 e tinha a vitória garantida na corrida, então ordenou por segurança (ou para humilhar a Ferrari) para seus carros reduzirem e cruzarem a linha de chegada juntos, lado a lado. Os três obedeceram a ordem de box e cruzaram próximos, mantendo as posições com Amon/Miles em primeiro e Mclaren/Hulme em segundo, ambos terminaram na mesma volta (no. 360).
Tudo era festa para Miles e Amon quando os fiscais "lembraram" da regra que mudou tudo. A tal regra determinava que quando completadas o mesmo numero de voltas, seria considerado vencedor aquele que percorresse a maior distância desde a largada.
Como McLaren/Amon largaram cerca de 18 metros atrás de Miles/Hulme e cruzaram só 10 metros atrás, foram declarados os vencedores por 8 metros!!! Parece loucura, mas existe sentido nesta regra porque a largada era em fila com os carros parados a 45o graus (a famosa "largada Le Mans"), por isso quem largava mais atrás percorreria uma distância maior.
A Toyota vem se especializado em finais dramáticos (ou enrolados), mesmo quando eles vencem.
Na edição deste ano a trinca do TS050 #7 (Mike Conway, Kamui Kobayashi e Jose Maria Lopez) liderava com quase 3 minutos de vantagem sobre o #8 (Fernando Alonso, Sebastian Buemi e Kazuki Nakajima) a menos de 2 horas do fim. Obviamente, o box controlava a corrida dos dois carros para evitar problemas, mas eis que o #7 acusou um pneu furado, o furo era pequeno e eles puderam chegar com segurança ao box, trocar 2 pneus (guardaram 2 por segurança) e ainda voltaram na frente...
Só que não contavam que os mecânicos trocaram os pneus do lado errado!!!! Conclusão, tiveram que voltar ao box, desta vez lentamente, para trocar os outros 2 pneus. No final chegaram em segundo a 16 segundos do #8 vencedor.
Vale uma provocação; se este azar/trapalhada/burrada ocorresse no carro #8, será que o Alonso ficaria quieto e sem dar chilique exigindo que devolvessem a posição para o carro dele???
Estes dois posts trazem uma grande confirmação, temos mesmo que respeitar uma das maiores leis desta corrida; "É Le Mans que escolhe os seus vencedores", nunca o contrário!
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