17/06/2020

Cooper Car Company (Parte 1)

Em dezembro de 1947 numa pequena garagem em Surbiton, Surrey, Inglaterra, três mecânicos decidiram começar a construir carros de corrida. Eles eram Charles Cooper, seu filho John e o seu amigo de infância Eric Brandon...
Será que naquele momento eles imaginavam o que estavam criando?
Cooper Car Company foi a equipe que dominou a F1 no final dos anos 1950 e inicio de 1960, além de vencerem muitas corridas de Rally.
A primeira criação da equipe foi o "Cooper 500", um chassis para a F3 utilizando motores de motocicleta de 500cc (JAP Prestwich), na estrutura, por falta de materiais após a WWII, foram utilizados dois front-ends antigos do Fiat Topolino.
Seguramente, o que diferenciou a equipe de John Cooper foi instalar o motor atrás do piloto, apesar que inicialmente foi uma escolha definida por motivos práticos e não técnicos, pois estavam usando um motor de motocicleta com transmissão por corrente, então era mais conveniente coloca-lo na traseira.
Cooper 500
Logo, a Cooper tornou-se o maior fabricante de carros de corrida na época, até o final dos anos 1950 estima-se terem construído por volta de 300 carros, dominando em especial a F3 onde venceram 64 das 78 grandes corridas entre 1951 e 1954. 
Este sucesso os encorajou a encarar categorias maiores, modificando um chassi 500 foi lançado o T12 para a F1. O primeiro bom resultado foi a classificação de Harry Schell no GP de Mônaco de 1950, era a primeira aparição de um carro de motor traseiro num GP desde os Auto-Union de antes da WWII.
Em 1952 foi apresentado o Cooper Bristol de F2, desta vez com motor dianteiro e  conduzido por pilotos do nível de Juan Manuel Fangio e Mike Hawthorn. O sucesso na F2 ajudou a aumentar a reputação da empresa (lembrando que o regulamento de F2 na época também regia as corridas de GP).
Para 1955 a Cooper voltou a criar um carro com motor traseiro para a F2, ainda baseado no Cooper 500, mas agora utilizando motores Coventry Climax modificados de bombas de incêndio, dai o apelido "Bobtails". 
Cooper T51
Projetado por Owen Maddock (conhecido como "Barba") e Charles Cooper (conhecido como "Bigode"), eles finalmente constataram que o centro de gravidade mais próximo do meio diminuía os problemas relacionados a rotações e deixava o projeto muito mais eficaz.
Em 1957 Jack Brabham conseguiu o sexto lugar no GP de Mônaco, em 1958 Stirling Moss venceu o GP da Argentina com um Cooper da equipe de Rob Walker e Maurice Trintignant venceu o GP de Mônaco, consolidando a revolução do motor traseiro na F1.
O ápice para a equipe Cooper veio em 1959 com Jack Brabham e a equipe vencendo os campeonatos de construtores e de pilotos, aliás, os primeiros a triunfar na F1 com um carro com motor traseiro após a WWII. 

E o melhor, o mesmo piloto e equipe repetiram a façanha em 1960!
Entre 1960 e 1963 a Fórmula Junior também foi amplamente dominada pela Cooper com os modelos T52, T56, T59 e T67, neste período um "certo" Ken Tyrrell iniciava sua carreira e criou uma equipe de muito sucesso, tendo John Love e Tony Maggs como pilotos. 
Jack Brabham em 1960
O design "diferente e engraçado" vindo da Europa chegou a ser ridicularizado pelas outras equipes americanas, mas após largar em terceiro e terminar em nono os adversários se renderam a revolução do motor traseiro nos Estados Unidos (Lembrando que Jim Clark, com um Lotus, foi o primeiro a vencer a Indy 500 com um carro de motor traseiro em 1965).
Voltando ao campeonato de F1, as demais equipes logo começaram a fabricar carros com motor traseiro e o diferencial da Cooper foi sendo superado por equipes mais estruturadas como Lotus, BRM e Ferrari. 
Para piorar a situação da BRM, em 1963 John Cooper ficou gravemente ferido em um acidente de avião e teve que se afastar e, no ano seguinte, o criador da equipe Charles Cooper que já vinha doente a algum tempo acabou falecendo...
Neste cenário, difícil, John Cooper acabou decidindo vender a equipe de F1 no final do ano de 1964...

12/06/2020

Hot Compilation - Crashes (round 5 - Extra)

Dissemos (neste post) que encerramos nossa série com vídeos de acidentes imbecis e inusitados, mas achamos essa compilação só "pace cars" (ou "safety cars") e, devido a quantidade de abobrinha, merece um post extra.
Dúvida? Então veja o vídeo, tem até pace car sendo roubado em pleno autódromo!!!

26/05/2020

Advertising - Na cama com pijama

Lembrar deste comercial em tempos de quarentena é bem sugestivo...
Esse comercial da Honda chamado de "Monotonia" foi lançado em 1994, lançou um jingle que fez muito sucesso, enfim, nada como uma boa ideia bem executada: Simples, criativo e direto no ponto!
Parabéns a DM9, criadora do anúncio, e ao ator Paulo Berti Fogueira. Foram vencedores do GP de mercado no Prêmio Profissionais do Ano 1994/95.

21/05/2020

Advertising - Fusca delivery

Em tempos de pandemia e confinamento, os serviços de compras remotas e delivery está bombando... 
... mas, não é tão novidade assim, né!


13/05/2020

What´s your nickname? THE LION

Em nossa série de apelidos de pilotos, vamos lembrar de um dos mais carismáticos pilotos da F1 moderna; Nigel Ernest James Mansell. 
Nascido em Upton-upon-Severn, 8 de agosto de 1953, o "LEÃO" foi um piloto de sucesso, sendo campeão mundial na Fórmula 1 em 1992 e campeão na Fórmula Indy em 1993.
Ao longo de sua carreira Mansell ficou marcado pelo estilo arrojado, mas também de não ter tido muita sorte na F1 em diversas ocasiões. 
Os seus críticos (Piquet e seus fãs, por exemplo) diziam que lhe faltava inteligência, e que isso o levava a cometer erros homéricos e estúpidos, mas no geral os fãs adoravam a sua garra e agressividade nas pistas.
Os principais feitos da carreira de Mansell;
Fórmula 1: 15 temporadas, 187 GP´s, 31 vitórias, 59 pódios, 32 pole positions e 1 título.
Champcar (FIndy): 2 temporadas, 32 corridas, 5 vitórias, 13 pódios, 10 pole positions e 1 título.
Só para confirmar, o apelido que Mansell recebeu veio justamente pela sua forma, digamos, "arrojada e valente" de pilotar...
Veja um pouco mais das suas abaixo: