22/02/2015

O que passa pela sua cabeça?

Motor OHV
Porque certos carros e motos tornaram-se objetos de desejo?
As razões podem ser várias, mas muitas vezes a principal são os seus motores, estes acabam até ficando ficam mais famosos até do que o(s) modelo(s) do(s) carro(s) e moto(s) que equipam, cenário muito comum no mundo das Harley-Davidson ou dos modelos da Chrysler / Dodge / Plymouth equipados com motores HEMI.
Motor OHC
Neste contexto de motores no centro da adoração, os tipos de cabeçote se destacam porque, além das questões técnicas, os fabricantes costumam utiliza-los como ferramenta de marketing, ressaltando aspectos de tecnologia, eficiência ou desempenho. 
É evidente que motores não ficam famosos apenas pelo tipo do cabeçote, mas trocadilhos a parte mexem com a cabeça dos gearheads...
Taí os motores Wankel e Hemi para provar isso.😜
Agora, vamos um pouco falar dos tipos de cabeçotes;
OHV (Overhead valve): São motores com as válvulas instaladas no cabeçote e o comando de válvulas fica no bloco do motor. 
Motor Knucklehead
Não são exatamente motores referência para potência, mas é uma configuração ainda relativamente comum nos motores atuais. Aqui no Brasil o velho Corcel da primeira geração já utilizava motores com este conceito (que na verdade eram motores Renault e não Ford).
OHC (Overhead Camshaft) e SOHC (Single Overhead Camshaft): São a mesma coisa, onde um único comando instalado no cabeçote aciona as válvulas, tanto de admissão como de e escapamento. Detalhe importante, nesta configuração temos um comando para cada bancada de cilindros, portanto se for um motor em "V" haverá dois comandos de válvulas. 
Se o motor utilizar mais de duas válvulas por cilindro, então este não será o conceito ideal de cabeçote.
DOHC (Double Overhead Camshaft): Aqui temos dois comandos, instalados no cabeçote, para cada bancada de cilindros. Nestes casos teremos 3 ou 4 válvulas por cilindro.
Motor Flathead
Os Alfa Romeo Giulia 2000 (paixão extrema deste que escreve 💓) já utilizavam, com muito sucesso, motores com cabeçotes deste conceito desde o começo dos anos 1970.
Twin Cam: Tecnicamente é o mesmo que o DOHC, o nome deve-se aos dois comandos “gêmeos” instalados no cabeçote que acionam as válvulas. 
Vários fabricantes adotaram esta nomenclatura, mas que fez fama mesmo foi a Harley-Davidson, a HD começou a fabricar estes motores em 1999 e ainda os mantém em produção até hoje.
Flathead: São motores em "V" que marcaram época no começo do movimento Hot Rod, mas que não tem as válvulas no cabeçote. 
Esta configuração torna as tampas do cabeçote mais planas ou, em bom português, "cabeça chata".
Motor Panhead
Os mais famosos motores nesta configuração foram da Harley-Davidson, que utilizou esta configuração de motor de 1929 até 1974, e a Ford, que produziu vários modelos com estes motores entre os anos 1932 a 1953. 
Knucklehead: Mais uma vez a origem do nome está relacionada ao formato do cabeçote, neste caso lembra um punho fechado. 
A Harley-Davidson, sempre ela, utilizou esta configuração de motores entre os anos 1936 até 1947, eles eram bem mais potentes que os Flathead.
Panhead: Outra marca registrada das motos da Harley-Davidson e outro nome derivado da forma do cabeçote. 
Desta vez a semelhança é com uma panela virada para baixo, algumas versões destes motores que eram feitos de materiais mais modernos como ligas de alumínio. Foi um conceito utilizado pela HD entre os anos de 1949 até 1965.
Motor Shovelhead
Shovelhead: O nome vem da analogia da forma da tampa do cabeçote, que se parece com uma pá. Seguindo a média da Harley-Davidson trocar a família de motores mais ou menos a cada vinte anos, eles ficaram em produção de 1966 até 1985.
Depois desta fase, a Harley adotou as novas famílias de motores, como o Revolution ou o Big Twin entre 1984 até 1999. 
Vale lembrar que o Twin Cam e os motores Revolution foram desenvolvidos em parceria com a Porsche, mas usavam refrigeração líquida o que fez muitos puristas torcerem o nariz... 
Twin Spark: A tradução para o termo "Twin Spark" é dupla ignição, ou seja, são utilizadas duas velas de ignição para cada cilindro no cabeçote
É uma tecnologia ainda atual e bastante utilizada, mas apareceu inicialmente nos motores da Alfa Romeo no ano de 1914, eles foram usados pela primeira vez no modelo Alfa Romeo Grand Prix.

Nenhum comentário: