Vivemos tempos esquisitos, então bateu um saudosismo dos anos 80 onde, seguramente, tivemos a melhor fase do Rock nacional de todos os tempos.
Eram tempos interessantes com profundas mudança de valores e hábitos, os jovens estavam engajados em cobrar estas mudanças e, desculpem pela sinceridade, muito mais antenados com valores éticos e morais.
Bem, isso é discussão para outros blogs, aqui celebramos estas bandas entre outras tantas que foram excelentes, coloque esta (mini?!?) playlist no carro e se inspire para ir votar! 👀
Vai uma quase profecia do Paralamas do Sucesso, tá certo que esta música merece uma atualização na letra para incluir mais alguns nomes na tal lista, inclusive de quem "falou".
A música pertence ao álbum "Vamo Batê Lata", lançado em 1995.
... Não podia falta uma música de uma das minhas bandas favoritas, em todos os tempos: IRA!
A música faz parte do sensacional disco "Mudança de comportamento" de 1985, mais uma grande composição de Edgard Scandurra, o vídeo é de um show de 1987.
Nos dias atuais a mensagem não é direta, mas na época fazia muito sentido para a juventude que começava a se expressar e se posicionar, só que diferente dos dias atuais, com consciência coletiva e valores éticos (ou será que era ingenuidade?).
Meu amor eu sinto muito, muito, muito, mas vou indo
Pois é tarde, muito tarde e eu preciso ir embora
Sinto muito meu amor, mas acho que já vou andando
Amanhã acordo cedo e preciso ir embora
Eu queria ter você, mas acho que já vou andando
Outro dia pode ser, mas não vai dar pra ser agora
La lala lalalala
Eu tentei fugir não queria me alistar
Eu quero lutar mas não com essa farda
Eu tentei fugir não queria me alistar
Eu quero lutar mas não com essa farda
E já está ficando tarde e eu estou muito cansado
Minha mente está tão cheia e estou me transbordando
Para muita gente sim, mas para as fábricas nem tudo que não tem capota pode ser considerado um conversível.😮
Ficou confuso? Não é para menos, porque nem sempre são coisas diferentes como parecem, então vamos tentar esclarecer um pouco; Conversível: Aqui não tem muito segredo para entender, basicamente é a definição de todo carro que tenha um teto removível. O teto pode ser de lona, vinil ou uma capota rígida, também pode ser dobrado ou retirado e guardado no porta-malas.
Roadster: O termo vem das palavras em inglês “road” (estrada) e o sufixo “ster”, formando um substantivo para designar a especialidade, neste caso um carro voltado para uso em estradas.
Desde os primórdios da história dos carros o nome foi usado para definir carros esportivos, sem portas, com dois assentos e, normalmente, sem compartimento de bagagem ou com um pequeno bagageiro externo na traseira.
Hoje em dia o termo é usado para designar carros esportivos leves, compactos, 2 lugares, capô longo e, claro, teto removível...
Spider (ou Spyder): Geralmente é um definição utilizada por fabricantes Italianos, a origem do nome vem da da época das carruagens, a palavra “speeder” (pronunciada “spider”) definia um tipo de carruagem leve e aberta para duas pessoas, a carruagem tinha rodas grandes e finas que lembravam a silhueta de uma aranha.
Estas carruagens eram fabricadas por uma empresa irlandesa de Dublin chamada “Holmes”, que mudou o nome para “spyder” para diferenciar de “spider” (aranha), mas em 1924 os italianos voltaram a usar “spider” com “I” porque a Federação Nacional dos Fabricantes de Carrocerias registrou o nome sem a letra “y” (não existe no idioma italiano).
Targa: É um tipo de carro conversível que tem apenas parte do teto removível, ficando uma estrutura fixa na traseira que normalmente é feita de vidro, esta estrutura também serve para segurança em casos de capotamentos.
O primeiro modelo a ser chamado assim foi uma versão do Porsche 911 Targa no ano de 1966. O nome veio da Targa Florio, uma famosa corrida disputada nas ruas da Sicília, Itália, onde a Porsche venceu 11 vezes.
Cabriolet: É um termo de origem francesa do século 18 também vindo das charretes, neste caso, um tipo de carruagem leve, com duas rodas e um único eixo. Estas charretes eram cobertas com uma capota de tecido dobrável.
As marcas europeias, principalmente as francesas, são as que usam o termo “cabriolet” mais frequentemente, já as marcas americanas usam mesmo o “conversível”. É isso... Ajudou a entender??
Entramos na parte final da história da Lola Cars... Os anos 2000 ficaram marcados pelas tentativas de recuperar a empresa, financeiramente a Lola apostou na Fórmula Nippon até 2003 com o chassis B02 / 50, aproveitando que a categoria estava substituindo antigos Dallaras. Depois veio o contrato com a A1 Grand Prix, uma nova categoria que estava sendo criada em 2005 com o apelo de se tornar a “copa do mundo das pistas”. A Lola construiu 50 carros para a A1 Grand Prix (B05 / 52), era utilizado um motor Zytek V8 e os chassis eram alugados para os franqueados nacionais, o nível técnico era semelhante a F3000.
Paralelamente, a Lola estava com atuação mais efetiva nos campeonatos de resistência, na Europa em 2001 tivemos Lola B01 /60 no LMP2 que foi usado pela MG (com o códinome EX257) com motor AER turbo, alem de várias equipes independentes com outros motores.
A1GP
Em 2005 foi introduzido o Lola B05 / 40 (ou MG-Lola EX264 /265), vencendo na LMP2 em 2005 e 2006 em Le Mans com a equipe Ray Mallock Limited. Na ALMS nos Estados Unidos a equipe Intersport Racing conseguiu um 2º lugar geral nas 12 Horas de Sebring de 2006.
Quando a FIA promoveu uma espécie de concorrência para entrada de novas equipes de F1, a Lola anunciou em 22 de abril de 2009 que trabalhava em um grande projeto para desenvolver um novo carro para a F1, o projeto chegou a ser apresentado em 2010, mas não foi à frente. Eles não aprendiam e não se entendiam com a F1 😒😒.
MG-Lola EX264
Mas a situação financeira da empresa se deteriorava rapidamente, após algumas tentativas de buscar novos negócios, tais como uma parceria com a BAE Systems e a Drayson para desenvolver um protótipo elétrico para Le Mans, o grupo administrador, CCW Recovery Solutions, não encontrou um comprador e a empresa encerrou suas operações em 5 de outubro de 2012. Foram demitidos os últimos empregados e os ativos, propriedade intelectual e a licença do nome foram comprados pela Multimatic Engineering e Carl A. Haas Automotive.
Lola B12 / 80
Entre 2014 e 2016 a Multimatic forneceu dois chassis baseados no Lola B12 / 80 LMP2 para a Mazda competir no WeatherTech SportsCar Championship da IMSA, em 2017 houve a junção do regulamento base da IMSA com a FIA WEC e a Mazda parou de usar chassis Lola.
Em 28 de maio de 2017 Eric Broadley faleceu em Cambridge aos 88 anos, ele já estava totalmente afastado da Lola a alguns anos, mas deixou para sempre um grande legado de décadas de vitórias no mundo das corridas. Não foi a toa que o slogan da empresa era "World leaders in automotive technology".
Alguns resultados relevantes da Lola:
Mais de 500 Vitórias em diversas categorias de carros esporte, protótipos e fórmula ao redor do mundo, entre 1958 e 2012
01 vitória (1967), 01 pole position e 03 pódios na F1.
11 vezes campeã nas séries CART e Champcar nos Estados Unidos (1984, 1987, 1990 – 1993, 2002 – 2006)
03 vitórias na Indy 500 (1966, 1978 e 1990)
03 vezes campeã europeia de F5000 (1971, 1974 e 1975)
04 vezes campeã americana de F5000 (1973 – 1976)
06 vezes campeã da CAN-AM (1966, 1977 – 1981)
Nomenclatura dos chassis:
Apesar de tantos carros e projetos, a Lola adotou um esquema de nomenclatura relativamente simples, vale explicar:
1958 – 1964: Os carros, esportivos ou fórmula, tinham o termo “Mark” (ou MK) e eram nomeados em ordem de construção: MK1, MK2, etc.
1964 – 1998: Os carros passaram a ser T de “Type”, com um ou dois dígitos designando que tipo de carro e o dígito final designando a variante, apenas em 1986 houve uma pequena mudança, os dois primeiros dígitos designavam o ano e os dois finais o tipo de carro.
1998 – 2017: O T foi substituído por um B, em homenagem ao novo proprietário de Lola, Martin Birrane.
Tabela de tipos de carros:
00 – Cart e Champcar
10 - Grupo C e IMSA GTP, Le Mans Prototype SR1, LMP900 e LMP1
20 - Indy Lights
30 - Fórmula 1, depois usado para Fórmula 3
40 - Le Mans Prototype SR2 e LMP2 classes
50 - Fórmula 3000 e Fórmula Nippon
60 - Le Mans Prototype LMP675 classe, depois LMP1 Coupes
70 - Fórmula 3000 mexicana, carros esporte e protótipos de Daytona
Dando continuidade a nossa playlist política... Para mim simplesmente uma das melhores bandas de rock nacional de todos os tempos!
A música é de 1986 do disco "O concreto já rachou", sensacional, formação original: Phillipe Seabra (voz e guitarra-solo), Jander Bilaphra (voz e guitarra-base), André X (baixo) e Gutje Woortman (bateria).
Capital da esperança
(Brasília tem luz, Brasília tem carros)
Asas e eixos do Brasil
(Brasília tem mortes, tem até baratas)
Longe do mar, da poluição
(Brasília tem prédios, Brasília tem máquinas)
mas um fim que ninguém previu
(Árvores nos eixos a polícia montada)
(Brasília), Brasília
Brasília tem centros comerciais
Muitos porteiros e pessoas normais
(Muitos porteiros e pessoas normais)
As luzes iluminam os carros só passam
A morte traz vida e as baratas se arrastam
(Utopia na mente de alguns...)
Os prédios se habitam as máquinas param
As árvores enfeitam e a polícia controla
(Utopia na mente de alguns...)
Oh.. O concreto já rachou!
Brasília....
Brasília tem luz, Brasília tem carros
(Carros pretos nos colégios)
Brasília tem mortes, tem até baratas
(em tráfego linear)
Brasília tem prédios, Brasília tem máquinas
(Servidores Públicos ali)
Árvores nos eixos a polícia montada
(polindo chapas oficiais)
Brasília, (Brasília)
Brasília tem centros comerciais
Muitos porteiros e pessoas normais
(Muitos porteiros e pessoas normais)
As luzes iluminam os carros só passam
A morte traz vida e as baratas se arrastam
(Utopia na mente de alguns...)
Os prédios se habitam as máquinas param
As árvores enfeitam e a polícia controla
(Utopia na mente de alguns...)
Oh... O concreto já rachou! rachou! rachou! rachou!
Hoje, dia de eleições gerais, é propício para lembrar desta música, não?!
Faixa título do terceiro álbum da Legião Urbana, lançado em 1987, apesar de ter 31 anos continua espelhando muito bem a (triste) realidade da nossa sociedade...
A partir de 1962 os carros a jato começaram a tomar a cena
em Bonneville, com eles chegaram ambições (velocidades) até então impossíveis
de se pensar. A coisa virou um negócio sério!
Os principais protagonistas desta “loucura” foram Art Arfons, com seu famoso "Green Monster” que era impulsionado por um motor de jato General
Electric J79, extraído de um F-104 Starfighter, o seu irmão mais velho Walt Arfons com o
“Wingfoot Express” movido por uma turbina Westinghouse J49, e por último o piloto de caça
Craig Breedlove. Breedlove e o Dr. Nathan Ostich construíram um elegante carro com
três rodas chamado “Spirit of America”, a máquina era empurrada por um motor General Electric
J47, os mesmos utilizados nos caças F-86 Sabre.
Wingfoot Express
A guerra pelos recordes na era jato iniciou em agosto
de 1963. Craig Breedlove foi o primeiro a superar o antigo recorde de Mickey
Thompson com 407,45 mph, o recorde durou pouco mais de um ano, em outubro de
1964 Walt Arfons e seu piloto Tom Green estabeleceram 413,20 mph com o
“Wingfoot express”.
Art Arfons queria tomar o recorde do irmão mais velho, então apenas três dias após o recorde do “Wingfoot Express” o “Green Monster” atingiu
a velocidade recorde de 434,02 mph.😱
A ironia é que apenas 8 dias depois, Craig Breedlove trouxe
um renovado Spirit Of America e alcançou insanos 468,72 mph. Breedlove ainda não
estava satisfeito, após alguns ajustes ele alcançou a velocidade de 539 mph,
entretanto ele não conseguiu repetir a passagem para homologar a média.
Spirit Of America
O problema foi que Breedlove perdeu o controle após o paraquedas rasgar, derrubou um poste e acabou
mergulhado no lago de sal. Por muita sorte ele não sofreu nada, mas o Spirit of
America ficou completamente destruído.
Art Arfons renovou o “Green Monster” disposto a recuperar o
recorde e acabou conseguindo no final com 536,71 MPH.
Para 1965 a perspectiva era enorme e preocupante, aonde eles iriam chegar?
Para esta temporada Breedlove construiu um novo carro batizado de “América Sonic 1”, desta vez com 4 rodas e com um motor J79 mais potente. Após superar um
acidente e alguns problemas do projeto, em 02 de novembro de 1965, Breedlove estabeleceu
um novo recorde de 555,483 mph.
Spirit Of America - Sonic I
Art Arfons ainda recuperou o recorde com 576,553 mph, mas a festa durou apenas oito dias porque Breedlove quebrou a barreira de 600 mph estabelecendo
600,601 mph! 😱😱😱
Em 1966 Art Arfons retornou com uma nova versão do “Green
Monster”, na sua primeira tentativa um dos rolamentos da roda dianteira quebrou e Art perdeu o controle a cerca de 610 mph destruindo o carro. Art teve sorte, sofreu apenas pequenos arranhões e algumas queimaduras de sal nos olhos, mas o acidente foi o suficiente para ele decidir se retirar, pois as coisas pareciam estar saindo de
controle...
O recorde de Craig Breedlove durou até 1970, neste ano um
piloto chamado Gary Gabelich trouxe um carro chamado “Blue Fame”, a novidade
era que o Blue Fame usava um motor de foguete alimentado por peróxido oxidante de
hidrogênio, combinado com gás natural liquefeito. Loucura total!
Em 28 de outubro de 1970, Gary levou o Blue Fame a uma velocidade média de simplesmente 630,478 mph!! E teve mais... com a ultima parte da história de Bonneville!
Aqui no Blog temos um espaço especial para nossas músicas(**), afinal nada melhor do que dar uns rolês com sua caranga ouvindo uma boa trilha sonora... de preferência num toca-fitas Roadstar com amplificador Tojo! 😂😂😂
Aproveitando o momento, resolvemos trazer uma mini-playlist para ouvir indo para a votação e se inspirar,só terá rock nacional com letras dizem muito sobre o nosso conturbado momento, cada um julgue como quiser.
Ah, sabemos que está meio em cima da hora, mas até o final do segundo turno dá tempo de finalizar.
Para começar, "Aluga-se" do grande Raul Seixas. Música de autoria dele e de Cláudio Roberto Andrade de Azevedo, gravada em 1980 no disco "Abre-te Sésamo".
Depois teve versões com Camisa de Vênus, Sambô e Titãs, entre outros...
A solução pro nosso povo eu vou dá
Negócio bom assim ninguém nunca viu
'Tá tudo pronto aqui é só vim pegar
A solução é alugar o Brasil
Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
É tudo free
Tá na hora agora é free
Vamo embora
Dá lugar pros gringo entrar
Esse imóvel tá pra alugar ah ah ah ah
Os estrangeiros eu sei que eles vão gostar
Tem o Atlântico tem vista pro mar
A Amazônia é o jardim do quintal
E o dólar dele paga o nosso mingau
Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
É tudo free
'Tá na hora agora é free
Vamo embora
Dá lugar pros gringo entrar
Pois esse imóvel está pra alugar, alugar ei
Grande soluça, uh ei
Nós não vamo paga nada
Nós não vamo paga nada
Agora é free
'Tá na hora é tudo free
Vamo embora
Dá lugar…
(**) Isso quer dizer Rock, R&B, Indie e afins, nada de Axé, Pagote, etc...
O motor V12, na verdade MS9 de 3.000 cm3 entregando cerca de 395hp, não conseguiu grande sucesso nas pistas em 1968, os maiores problemas eram o alto consumo de combustível, pouca potência em comparação com a concorrência (principalmente um tal motor Cosworth) e baixa confiabilidade devido superaquecimento...
... entretanto, em matéria de som é um campeão. Que coisa linda! 😊
William Chandler Hines foi outro grande pioneiro, modificador e construtor de hot rods. Ele nasceu em Erie, Pensilvânia, em 23 de março de 1922, e tinha um irmão gêmeo, Edward Robert.
A figura de Hines ficou famosa por sempre estar mastigando charutos “El Producto Puritanos Finos” enquanto trabalhava, também era lembrado pela sua aparência frágil, que na verdade enganava apenas aqueles que não conheciam sua história, pois o seu talento sempre esteve muito acima das aparências...
Sua aparência fragilizada vinha dos graves problemas de nascença na coluna, que era tão curva que o obrigava a ficar inclinado para a frente. Hines teve uma infância muito difícil, passou dois anos no hospital de Erie, teve duas vértebras removidas para tentar amenizar a sua condição de locomoção. O seu drama só aumentou quando, aos 2 anos, seu pai, Edward Hines, morreu de tuberculose com apenas 36 anos de idade.
Após a morte do seu pai Bill foi enviado para um "Sunshine Camp" por 7 meses, a sua mãe, Willie Jane Chandler, mudou-se para Detroit, Michigan, para tentar arrumar um emprego melhor, ela deixou os filhos com a avó materna em Jackson, Tennessee, até 1932 quando teve condição de levar os gêmeos para Detroit.
Em Detroit, Bill cursou aulas de arte e logo se destacou, aos 14 anos construiu uma motoneta (afinal, não tinha dinheiro para comprar uma). O seu primeiro carro foi um Ford 1934 com motor V8 Flathead, Bill modificou o motor e usou o carro para correr contra qualquer um que o desafiasse.
Em 1941, Bill abandonou a escola e alugou uma garagem em Ecorse, Michigan, para abrir seu próprio posto de gasolina na rodovia Dix, em Lincoln Park. Bill montou uma oficina atrás do posto de gasolina para construir carros personalizados, modificava carrocerias e fazia pinturas especiais.
Nesse ano ele apresentou o seu primeiro trabalho personalizado, um Buick conversível novinho que instalou “barbatanas”, o que viria a ser uma das suas marcas registradas. Bill trabalhou com Vick Sawitskas, gerente da concessionária Nash em Wyandotte, ele tinha um filho chamado Richard "Dick Dean" Sawitskas, Bill foi uma espécie de “mentor” de Dick Dean, ensinando a ele os segredos da customização com chumbo.
Lil' Bat
Ao final da década de 1940, Bill já era reconhecido como um artista da pintura customizada e no começo da década seguinte conseguiu concretizar o seu sonho, abrindo sua própria “Custom Shop” em Lincoln Park. Um dos seus carros, chamado Golden Nugget, ganhou o troféu de primeiro lugar na categoria “Altered Street Roadster” no Detroit Autorama de 1958, um outro carro famoso, o “Lil' Bat”, recebeu reconhecimento nacional sendo capa da revista “Rod & Custom” na edição de março de 1959, na verdade era o carro pessoal de Bill que ele começou a construir em 1957.
Em abril de 1958, Bill decidiu mudar-se para a Califórnia, pegou o Li’l Bat, engatou um trailer e foi procurar por George Barris, mas Barris, Bill Carr e Dean Jeffries estavam em turnê pelo pais. Bill conheceu o gerente da oficina de Barris, Gene Simmons, que se impressionou com o seu carro e ofereceu trabalho. Bill pegou a sua caixa de ferramentas e começou no dia seguinte.
George Barris, retornou 3 semanas depois e adorou o trabalho de Hines, Bill trabalhou na garagem de Barris por 9 meses e retornou para Detroit, nos dois anos seguintes construiu vários carros personalizados, utilizando técnicas e ideias que aprendeu ou aperfeiçoou na Califórnia.
Em outubro de 1960, Bill decidiu voltar ao sol da Califórnia e foi trabalhar para Barris novamente. No entanto, a experiência desta vez não durou muito, dizem que George pagava pouco, cerca de US$100,00 por semana. Hines, meio a contragosto de Barris, alugou uma garagem em Lynwood e abriu a “Bill Hines Kustom Auto”, mesmo assim o respeito de Barris pelo trabalho de Bill era tão grande que eles continuaram amigos. Bill continuou a fazer trabalhos para Barris sempre que este estivesse superlotado.
A medida que novos materiais foram sendo introduzidos no mundo das customizações, como a fibra de vidro, muitos deixaram de usar o chumbo porque era um material custoso e trabalhoso, porém isso soava como um “pecado mortal” para Bill, tanto que ele continuou usando o material e por isso acabou recebendo o apelido de “Leadslinger”.
A oficina de Bill foi uma das primeiras a instalar sistemas de suspensão hidráulica, em 1962, ele chegou a ser chamado de "O Poderoso Chefão da Hidráulica".
Em 1983, Hines mudou sua loja para Bellflower e ficou por lá até 2015, quando se mudou para Garden Grove, Califórnia.
Na época, aos 94 anos, ele afirmou que ainda trabalhava trabalhava 7 dias por
semana e continuaria assim até a sua morte. No mesmo ano ele teve um leve ataque cardíaco, mas voltou ao trabalho 5 meses depois...😲
Bill Hines faleceu dormindo, em 20 de maio de 2016, na sua casa, atualmente os seus netos, Matthew, Mitchell e Michael, dão continuidade a sua obra.
Ao longo de sua carreira, Bill Hines recebeu dezenas de prêmios e reconhecimentos, entre eles;
1988 Introduzido ao Hall da Fama da Costa Oeste de Kustoms.
1992 O “1941 Bat” nomeado "Carro Personalizado do Ano" pela Kustom Kemps of America.
1996 Nomeado “Construtor of the Year” pela International Car Show Association
1997 Introduzido ao “National Custom Car Hall of Fame” de Darryl Starbird.
2005 Construtor do ano no “Detroit Autorama”, aos 83 anos de idade!