16/12/2018

Edelbrock (Parte 1)


A saga desta família e empresa começou muito tempo atrás, para ser mais exato em 1913, por isso teremos que contar esta história em partes...
Em 1913 Otis Victor Edelbrock Sr., apelidado de "VIC", nasceu na pequena vila agrícola de Eudora, perto de Wichita, no  Kansas. O seu pai era dono da mercearia local que foi o sustento da família Edelbrock até 1927, quando eles perderam tudo num incêndio.
Após o incêndio “Vic” foi forçado a deixar a escola para ajudar a sustentar a família, ele 
tinha um talento natural para mecânica e começou a trabalhar numa oficina como mecânico de automóveis, onde desenvolveu suas habilidades. 
Em 1931 a grande depressão atingiu o Kansas, diante destas dificuldades Vic decidiu mudar para a Califórnia indo morar com seu irmão, Carl Edelbrock.
Aqui cabe um comentário paralelo: Impressionante, tudo relacionado aos Hot Rods acontecia na Califórnia!!! 
O que existe neste lugar!?!?! 😳😳😳
Já morando na Califórnia Vic continuou trabalhando como mecânico de automóveis, mas com planos de juntar dinheiro para abrir sua própria oficina. 
Na parte da manhã, ele trabalhava em um estacionamento no centro de Los Angeles e casualmente conheceu uma irlandesa de 19 anos, Katherine (Katie) Collins que trabalhava como doméstica, comm quem se casou em junho de 1933.
Em 1934, Vic e o cunhado abriram a primeira oficina em Wilshire Boulevard, em Beverly Hills, depois de um tempo mudaram-se para um prédio próprio, na esquina da Venice Boulevard e Hoover em Los Angeles.
Nesta época Vic contratou Bobby Meeks como ajudante, que futuramente se transformou no “guru” dos motores Flathead e o seu braço direito na empresa, até se aposentar em 1993. 
A medida que os negócios cresciam eles mudaram a oficina de local mais 3 vezes, em 1936 nasceu Vic Edelbrock Jr., filho único do casal (guarde esse nome...). 
Em 1938, Vic Sr. comprou um Ford Roadster 1932 que virou o seu primeiro projeto e, sem saber, o ponto de virada para os seus negócios. 
Vic queria muto melhorar o desempenho do carro e se juntou a Tommy Thickstun para projetar um novo coletor de admissão para o motor flathead, porém ele não ficou feliz com o resultado e decidiu projetar o seu próprio coletor para utilizar dois caburadores stromberg 97, chamando-o de “The Slingshot”.
O carro foi testado nos lagos secos de Muroc e Rosamond, onde hoje é a Edwards Air Force Base, os resultados agradaram e Vic começou a vender o novo coletor Slingshot. 
Até o começo da guerra foram vendidas mais de 100 unidades, mas a  WWII afetou profundamente os negócios da empresa. Durante o conflito Edelbrock também ajudou no esforço de guerra fabricando partes de aviões, em Long Beach.
Em 16 de novembro de 1941, depois de retirar os para-lamas e calotas, o mesmo Ford 32 atingiu a velocidade de 195,45 km/h (121,42 mph) e acelerou a 7,41 segundos, novo recorde nacional de velocidade no quarto de milha.
Porém, logo as corridas foram proibidas pelo Office of Defense Transportation, todo o esforço financeiro e técnico nos EUA deveria ser em prol das forças armadas americanas.
Mas, em segredo, a Edelbrock projetou e desenvolveu uma nova linha de produtos, a nova linha abrangeria cilindros de alumínio e coletores e mudou para sempre o futuro da empresa...

Hot Logo - Fiat

A F.I.A.T (Fabbrica Italiana Automobili Torino) foi fundada em 11 de julho de 1899 por Giovanni Agnelli, a sede de empresa desde sempre continua em Turim, Itália.
Com quase 120 anos de história a empresa passou por muitas transformações, inclusive no seu logo; 

15/12/2018

Hot Symphony - Audi Type C

Que beleza de som deste V16!😍
Durante a WWII vários carros foram escondidos pela Auto Union para não serem destruídos e/ou terem sua tecnologia absorvida pelos inimigos do reich.
Após o final do conflito, alguns carros foram encontrados pelos Russos e levados para a URSS. Os carros foram estudados e dissecados, mas dizem que os Russos mal conseguiram ligar os motores. 😉
Vejam alguns números, isso tudo na década de 1930;
  • Type A (1934): V16, 4.358 cm3, 291 hp e 280 km/h.
  • Type B (1935): V16, 4.954 cm3, 370 hp e mais de 300 km/h.
  • Type C (1936): V16, 6.000 cm3, 513 hp e 340 km/h. 
  • Type D (1940): V12, 2.986 cm3, 478 hp e 340 km/h. 

13/11/2018

Hot Symponhy - P51

Sempre achei o som deste avião fantástico, além de ser lindo!
O P51 foi introduzido no campo de batalha em 1.942 pela RAF e esteve em operação até 1.984, quando a Força Aérea da Republica Dominicana aposentou os últimos P51D.
O motor é um Packard V12 de 27.000 cm3, entregando uma potência de aproximados 1.315 hp.
Esse motorzão levava o Mustang aos 708 km/h de velocidade final, teto máximo de 12.800 metros (ou 42.000 pés) e alcance de 2.656 km (com os tanques auxiliares que depois viraram carros!!!).
Na época deveria funcionar como música para alguns, mas pena que era um pesadelo para outros!!! 

09/11/2018

Bonneville Salt Flats (Parte 4 - Final)

Vamos a parte final da nossa viagem por Bonneville...
O recorde de velocidade em terra estabelecido por Gabelich durou 13 anos, sendo quebrado em 1983 por Richard Noble. Porém, como o recorde de Noble foi feito em um deserto em Nevada, o recorde de Gabelich ainda permanece como o mais rápido em Bonneville. 😏
Atualmente em Bonneville são realizados diversos eventos de velocidade nos períodos de verão, em agosto ocorre o maior deles, o “Speedweek”, organizado pela SCTA e Bonneville Nationals Inc atraindo centenas de pilotos de carros e motos, divididos em diversas categorias.
No final de agosto ocorre outro evento importante chamado “BUB Motorcycle Speed Trials” e em setembro acontece o “World of Speed”, semelhante ao Speedweek, mas organizado pelo USFRA (Utah Salt Flats Racing Association).
Nos eventos geralmente são demarcadas até 4 faixas cronometradas (de acordo com as condições da pista), a extensão varia até 8 milhas e a cronometragem é feita no meio da faixa, deixando as 2 primeiras milhas para acelerar e um longo trecho final para desaceleração.
Os competidores são divididos em classes considerando cinco critérios: categoria da carroceria, modificações aerodinâmicas, tamanho do motor, com ou sem sobrealimentação e tipo de combustível.
As principais categorias atualmente são;
1) Construção Especial: Streamliners com rodas fechadas e Lakesters com rodas abertas, não podem ser baseados em carros de série.
2)  Vintage: Roadsters de 1923 a 1938, Coupês até 1948 com motores antigos, 
3) Clássicos: Carros americanos de 1928 a 1981, sem injeção eletrônica.
4) modificados: Permitidos praticamente de qualquer ano e marca, incluindo esportivos e picapes.
5) Produção: Carros de séries, carros esportivos e caminhões.
Além das categorias (vintage, clássico e Modificado), existem classes por modificações aerodinâmicas. 
Exemplos: na categoria modificados temos a classe “Competition Coupe” que permite tetos recortados, frentes aerodinâmicas e bellypans, enfim, a lista é extensa...
Mas, nem tudo são flores hoje em dia, alguns problemas causados pelas condições naturais vêm preocupando os fãs de Bonneville. O “Speedweek” teve que ser cancelado em 2014 e 2015 por causa de más condições da pista, ocorreram fortes chuvas que levaram uma camada de lama das montanhas para a pista. Outra preocupação recente é a profundidade da crosta de sal do deserto que também tem diminuído, com isso o número de trechos cronometrados está ficando limitado.
Com tudo isso o “Speedweek” continua atraindo cada vez mais competidores para Bonneville, desde 2005 tivemos um aumento de 26% de inscrições, em 2009 ocorreram o recorde de 3.108 corridas cronometradas. 
Além do lado esportivo, o evento representa muito para a economia local em Wendover, Nevada.
Bonneville continua sendo um lugar único e especial, a meca da velocidade!