11/01/2019

Colours (1/2)

Para muitos entusiastas, um carro não é "customizado" de verdade sem uma pintura exclusiva...
Aqui não somos tão radicais assim, mas para estes "extremistas" isso quer dizer que não basta a cor ser diferente da original, a pintura terá que ter efeitos ou cores customizadas, o que normalmente só é conseguido através de técnicas especiais!!
Atualmente, temos varias opções para criar uma pintura customizada, mas ainda (ufa!) demanda muito talento e técnica, então dependendo de qual for a escolha haverá considerável aumento do custo da restauração ou personalização.
Mas, nem sempre foi assim...😕 
Sabemos que a indústria automobilística surgiu na virada do século XIX para o século XX, na época os automóveis eram pintados à mão com um pincel, exatamente como as carruagens e carroças. 
Nos anos 1900 as tintas usadas eram chamadas de "esmalte índia", muito rudimentares pelo tempo necessário para secagem, dificuldade de aplicação e baixa durabilidade. 
Além disso tudo, basicamente, as opções de cores disponíveis eram; preto, marrom escuro e verde escuro.
Por volta dos anos 1920 ocorreu uma pequena revolução com o aparecimento dos esmaltes de nitrocelulose, estes secavam muito mais rápido e podiam ser pulverizadas em vez de aplicadas por pinceis (escovação), as variações de cores também aumentou bastante.
Na década seguinte vieram os acabamentos brilhantes e tintas mais duráveis, o gosto do público também mudou e o "pretinho básico" e cores escuras foram perdendo espaço para tons mais claros, alegres e efeitos como as pinturas em "2 tons".

A evolução continua até hoje com as tintas ecologicamente corretas a base de água, que estão rapidamente substituindo os produtos a base de petróleo muito mais poluentes e tóxicos...
Mas chega de história, o  foco neste post são as técnicas (e artistas) de pintura personalizadas. 
Esta forma de "arte" nos carros se desenvolveu junto com os movimentos de customização, kultura kustom e hot rods, que ocorreu a partir do final dos anos 1930, principalmente nos EUA.
Aqui no blog já falamos de alguns destes artistas em outros posts; Ed Roth, Von Dutch, Dean Jeffries, entre outros. 
Antes de falar de técnicas, vale lembrar de 3 regrinhas importantes quando se fala de pintura customizada:
1) Faça testes antes de começar a pintar para valer;
Não existe uma receita pronta, então como prever qual será o verdadeiro resultado? 
Simples, testando!
Aqui vale esclarecer que os pintores experientes não confiam apenas em amostras de catálogo, sempre haverá uma diferença de tons. Isso ocorre porque a tonalidade real da tinta aplicada sofre variação conforme o ângulo de visão e, principalmente, da incidência de luz natural.
Mas atenção; não faça os testes direto no seu carro, comece fazendo testes em objetos para prova, óbvio!

2) Não esqueça de prever como será fazer retoques ou pequenos reparos;
Em um carro com pintura especial é complicado fazer um retoque ou uma repintura parcial, isso se for possível...
Muitas vezes para reparar um risco ou uma pequena batida será necessário pintar a peça toda, quando não o veículo inteiro, do contrário a área repintada ficará com manchas ou diferenças gritantes dos tons.
Combine a técnica de pintura escolhida com o uso final do carro, se for um carro de uso constante existirá muito mais probabilidade de pequenos riscos ou batidas.
Outra boa prática é guardar um pouco da tinta original, mesmo sendo difícil manter a tinta por muito tempo sem estragar.
3) Gosto não se discute! 
Dizem que no máximo se lamenta 😄😄... 
O fato é que mesmo que o orçamento disponível for ilimitado, não haverá certeza de sucesso. Então, é melhor ir com calma na imaginação!
As principais técnicas de pinturas estão citadas na segunda parte deste post...

02/01/2019

Feliz 2019!!!

Nossos sinceros votos deste blog aos seus leitores / amigos / cúmplices...
(Colaboração do amigo Chico Belasque, direto de CWB)

21/12/2018

Advertising - Ford Galaxie

Outro dia, estávamos sem rumo fuçando pela internet e achamos esta propaganda "diferente" do Ford Galaxie. 
Sabemos pouco sobre ela, apenas que é de 1970 (no meio dos anos de chumbo), definitivamente os tempos eram outros.

17/12/2018

What´s your name? Fusca Fafá

Antes que acusem este blog de machismo e outras coisas mais, esclarecemos que não estamos dando opinião a nada, apenas lembrando a origem de um apelido que pegou firme no nosso tão amado Fusca durante a década de 1980 (este post faz parte da série sobre apelidos de carros)...
O tal apelido apareceu em 1979, precisamente no segundo semestre daquele ano quando a VW lançou a linha 1980.
No caso do fusca não veio nada muito novo, exceto as novas e enormes lanternas traseiras que logo chamaram a atenção e dividiram opiniões entre os consumidores.
Até ai tudo bem, mas no popular houve uma "associação" do publico das tais lanternas com a cantora Fafá de Belém. 
E qual foi o motivo da associação??
Na época a cantora fazia sucesso e era presença frequente nos programas de TV, mas além do seu talento artístico ela também chamava atenção por outros atributos...
That´s all folks!

16/12/2018

Edelbrock (Parte 1)


A saga desta família e empresa começou muito tempo atrás, para ser mais exato em 1913, por isso teremos que contar esta história em partes...
Em 1913 Otis Victor Edelbrock Sr., apelidado de "VIC", nasceu na pequena vila agrícola de Eudora, perto de Wichita, no  Kansas. O seu pai era dono da mercearia local que foi o sustento da família Edelbrock até 1927, quando eles perderam tudo num incêndio.
Após o incêndio “Vic” foi forçado a deixar a escola para ajudar a sustentar a família, ele 
tinha um talento natural para mecânica e começou a trabalhar numa oficina como mecânico de automóveis, onde desenvolveu suas habilidades. 
Em 1931 a grande depressão atingiu o Kansas, diante destas dificuldades Vic decidiu mudar para a Califórnia indo morar com seu irmão, Carl Edelbrock.
Aqui cabe um comentário paralelo: Impressionante, tudo relacionado aos Hot Rods acontecia na Califórnia!!! 
O que existe neste lugar!?!?! 😳😳😳
Já morando na Califórnia Vic continuou trabalhando como mecânico de automóveis, mas com planos de juntar dinheiro para abrir sua própria oficina. 
Na parte da manhã, ele trabalhava em um estacionamento no centro de Los Angeles e casualmente conheceu uma irlandesa de 19 anos, Katherine (Katie) Collins que trabalhava como doméstica, comm quem se casou em junho de 1933.
Em 1934, Vic e o cunhado abriram a primeira oficina em Wilshire Boulevard, em Beverly Hills, depois de um tempo mudaram-se para um prédio próprio, na esquina da Venice Boulevard e Hoover em Los Angeles.
Nesta época Vic contratou Bobby Meeks como ajudante, que futuramente se transformou no “guru” dos motores Flathead e o seu braço direito na empresa, até se aposentar em 1993. 
A medida que os negócios cresciam eles mudaram a oficina de local mais 3 vezes, em 1936 nasceu Vic Edelbrock Jr., filho único do casal (guarde esse nome...). 
Em 1938, Vic Sr. comprou um Ford Roadster 1932 que virou o seu primeiro projeto e, sem saber, o ponto de virada para os seus negócios. 
Vic queria muto melhorar o desempenho do carro e se juntou a Tommy Thickstun para projetar um novo coletor de admissão para o motor flathead, porém ele não ficou feliz com o resultado e decidiu projetar o seu próprio coletor para utilizar dois caburadores stromberg 97, chamando-o de “The Slingshot”.
O carro foi testado nos lagos secos de Muroc e Rosamond, onde hoje é a Edwards Air Force Base, os resultados agradaram e Vic começou a vender o novo coletor Slingshot. 
Até o começo da guerra foram vendidas mais de 100 unidades, mas a  WWII afetou profundamente os negócios da empresa. Durante o conflito Edelbrock também ajudou no esforço de guerra fabricando partes de aviões, em Long Beach.
Em 16 de novembro de 1941, depois de retirar os para-lamas e calotas, o mesmo Ford 32 atingiu a velocidade de 195,45 km/h (121,42 mph) e acelerou a 7,41 segundos, novo recorde nacional de velocidade no quarto de milha.
Porém, logo as corridas foram proibidas pelo Office of Defense Transportation, todo o esforço financeiro e técnico nos EUA deveria ser em prol das forças armadas americanas.
Mas, em segredo, a Edelbrock projetou e desenvolveu uma nova linha de produtos, a nova linha abrangeria cilindros de alumínio e coletores e mudou para sempre o futuro da empresa...