13/09/2015

Arlen Ness

Já falamos de diversos ícones pioneiros das transformações em carros como Ed Roth e Dean Jeffries, apesar de que alguns destes terem se aventurado no mundo das motocicletas, faltava falar de alguém que sempre respirou 2 rodas: Arlen Ness.
Arlen Ness Daryl nasceu em na cidade de Moorhead, Minnesota, em 12 de julho de 1939, sua família mudou para San Leandro, Califórnia quando ele ainda estava cursando a sexta série e desde a juventude ele começou a customizar motocicletas.
Os seus trabalhos começaram em casa até ele montar a sua própria loja em Oakland, no início dos anos 1970. 
Untouchable
Ness se destacou criando um estilo único de design e técnicas inéditas de pintura nos seus projetos, ele também desenvolveu uma linha de peças personalizadas para motocicletas, um tipo de negócio ainda inovador na época.
Arlen Ness é considerado o criador do estilo "DIGGER" de personalização de motos.
Entre várias patentes suas, podemos citar o “big shot”, que é um sistema que permite alterar o sistema de injeção de combustível para personalizar o desempenho de uma motocicleta.
Ao longo de mais de 40 anos de carreira Ness passou a ser conhecido como "O Rei dos Choppers", não foi a todo, pois dezenas de vezes as suas motos foram destaque nas capas das principais publicações sobre motocicletas do planeta. 
Ness-Stalgia
O projeto pioneiro que trouxe fama para Arlen Ness foi uma Harley Knucklehead, ano 1947, chamada “Untouchable”. 
Entre inúmeros prêmios que recebeu, Ness foi eleito diversas vezes como o construtor do Ano, em 1992 recebeu a indicação ao “AMA Motorcycle Hall of Fame” e o “Achievement Awards”.
O melhor de tudo, para nós, é ele ter recebido todo esse reconhecimento ainda em vida! 
Em 2005, após mais de 30 anos no mesmo local, a Arlen Ness Motorcycles mudou-se para Dublin, Califórnia, onde também foi construído um museu que mostra mais de 40 motos customizadas, entre elas, encontramos projetos premiados como a “Untouchable”, o motor “Twin Two Bad”, a "Ness-Tique", "Blower bike", a "Ness-Stalgia" inspirado no Chevy 1957 e a incrível  "Mach Ness", uma motocicleta que utiliza um motor de helicóptero a jato. 
Mach Ness
A empresa também é uma concessionária autorizada para as marcas Victory Motorcycles e Indian.
O legado Arlen Ness vem sendo preservado em família, o seu filho, Cory Ness trabalhou com o pai por mais de 30 anos e atualmente cuida das operações e dos negócios da Arlen "Ness Enterprises", a empresa da família que continua a projetar, produzir e vender peças customizadas para motocicletas. 
Cory Ness, além de empresário, também é reconhecido como um grande construtor, em 2004 chegou a derrotar o pai em um episódio da série de TV  "Biker Build-Off", quase uma heresia!!!
Todo este talento familiar já está na terceira geração, o neto Zach Ness também tornou-se customizador. Zach começou a customizar motocicletas antes mesmo de terminar o ensino médio. 
Coisa de DNA!? Para a família Ness, talento e paixão por motocicletas customizadas parece ser hereditário.
Zach, Arlen e Cory Ness

06/09/2015

Playlist Route 6 - Bad Moon Rising

Voltando a nossa playlist da rota 66, esta música foi escrita por John Fogerty em 1969, o que é muito sugestivo!
Mas, vamos com calma, não é o que você deve estar pensando. 1969 foi o ano de lançamento do Dodge Super Bee, Plymouth Road Runner e do Pontiac GTO. 
Um som do Creedence não poderia faltar...

I see a bad moon rising.
I see trouble on the way.
I see earthquakes and lightnin'.
I see bad times today.

Don't go around tonight,
Well it's bound to take your life,
There's a bad moon on the rise.

I hear hurricanes a blowing.
I know the end is coming soon.
I fear rivers over flowing.
I hear the voice of rage and ruin.

Well don't go around tonight,
Well it's bound to take your life,
There's a bad moon on the rise.

Hope you got your things together.
Hope you are quite prepared to die.
Looks like we're in for nasty weather.
One eye is taken for an eye.

Well don't go around tonight,
Well it's bound to take your life,
There's a bad moon on the rise.

Don't come around tonight,
Well it's bound to take your life,
There's a bad moon on the rise.

05/09/2015

Qual é o seu estilo? (Parte 2)

Vamos continuar no nosso assunto de "Estilos e Conceitos" no universo de customização dos carros e motos. 
Aqui vai mais alguns, já escolheu qual é o seu?
Hood Ride: Aqui temos mais um exemplo onde acaba existindo fusão entre estilo de carro com o estilo de vida dos donos...
Os chamados “Hoodies” são modelos VWs, com motores refrigerados a ar, óbvio, com suspensão “bem” rebaixada e pintura (se é que existe) cheia de imperfeições. 
O visual fica bem próximo dos Rats Hods, por isso é normal existir uma confusão entre esses dois estilos.
Os donos também costumam abusar de recursos para personalizar o carro: bagageiros, malas, cacarecos e afins.
O fato é que os aficionados deste estilo não estão nem ai para as regras de  consumismo, aparência ou opinião dos outros. 
JDM (Japanese Domestic Market): A tradução ao pé da letra seria carro do mercado doméstico japonês.
É muito comum nas ruas e corridas do Japão e outros países asiáticos, os modelos preferidos são, obviamente, carros de marcas japonesas como Honda, Nissan e Mazda (por causa do motor Wankel). 
O visual recebe modificações restritas, apenas lanternas de outra cor, rodas cromadas ou coloridas, pneus de perfil baixo e partes de carroceria, como capô, em fibra de carbono. E muito comum a adoção de um body kit dos inúmeros fornecedores especialistas.
Para os entusiastas originais, o foco era investir muito no motor para melhorar o desempenho, normalmente através da instalação de turbos e retrabalho na admissão e compressão. Para estes existe a preocupação de preservar as linhas originai do modelo, criando um visual esportivo, mas não um tuning.
Por isso é um estilo que vem sendo "poluído", não confundir com os que gostam de transformações extravagantes (e de baixa qualidade), utilizando pinturas extravagantes, rebaixamento exagerado, sistemas de som potentes, etc.
German Look ou EuroLook: Também conhecido como "German Style", é um estilo muito utilizado para customização de VW, começou com os motores refrigerados a ar e recentemente predominante nos modelos com motores refrigerados a água (VW Polo, Golf, Scirocco etc). 
Este estilo surgiu na década de 1970 na Alemanha, além da aparência o desempenho é importante, por isso muitas vezes existe farta utilização de componentes Porsche.
O tempo fez este estilo ser aplicado em carros de outras marcas europeias, dai virou o EuroLook. 
As características básicas ainda são motores fortes, escape barulhento, visual com rodas mais largas, pneus Strech (ultra baixo), para-lamas alargados e carros lambendo o chão. 
Dub Style: Criado nos EUA no início dos anos 2000, a preferência recai sobre carros grandes e SUVs como Cadilac Escalade e o Hummer H2. 
Neste estilo o principal é ostentar, chamar a atenção, por isso as principais características são as rodas grandes, suspensão a ar, interior modificado e instalação de potentes e modernos sistemas multimídia. 
Nos Estados Unidos é um estilo muito apreciado por rappers, artistas e esportistas famosos, afinal são pessoas que gostam de aparecer e ostentar a sua posição.
Ai fica uma dúvida (ou alfinetada), são pessoas que gostam mesmo de carro ou usam o carro só para aparecer??? #ficaaduvida
Tuning: Para muita gente, principalmente no Brasil, qualquer carro “modificado” torna-se um carro Tuning ou “tunnado”, mas não é bem assim... 
Esse estilo teve um grande crescimento no Brasil após o lançamento do filme “Velozes e Furiosos" e séries de TV como a “West Coast Custom”.  
Suas características comuns são pinturas extravagantes (com muitos efeitos, listas e  adesivos), iluminação exterior com efeitos de neon ou leds, suspensão radicalmente rebaixada, rodas largas, interior modificado e sistemas modernos, e potentes, de som. 
Aqui, nem sempre a parte mecânica é privilegiada, o visual vem antes, tanto que existem modificações radicais, tais como as “lambo doors” que são adaptações de portas com abertura vertical, mas ai entra num outro nível técnico de preparadores. 
Certamente o saldo bancário do dono é o limite, uma vez que quase tudo é válido, mas isso também acabou levando o estilo a perder a sua essência.
Podemos dizer que este estilo pode ser considerado como a vertente de muitos outros, novamente vamos lembrar que estilo é algo relativo, vai do gosto de cada um..

What´s your name? (Alemanha)

Você já teve curiosidade de saber qual a origem dos nomes dos grandes fabricantes de carros e motos do mundo?
Para saber um pouco mais sobre o assunto preparamos uma lista com os principais fabricantes mundo afora. Evidente que não constam todos os fabricantes, mas abordamos os mais importantes.
Ah, por motivos óbvios, vamos manter os chineses fora desta lista.

Aqui vai a primeira parte desta lista com fabricantes da Alemanha... 

NOME
FUNDAÇÃO
ORIGEM DO NOME
Audi
1947
Sobrenome
Significa o sobrenome de August Horch em latim, uma das empresas que originou o grupo
Auto Union
1932
Simbologia
União de quatro fábricas: Audi, DKW, Horch e Wanderer
Benz
1883
Sobrenome
Sobrenome do fundador Karl Benz
BMW
1917
Sigla
Abreviatura "Bayerische Motoren Werke" ou "Fábrica de Motores da Baviera".
Daimler
1886
Sobrenome
Sobrenome do fundador Gottlieb Daimler
Daimler-Benz
1926
Combinação
Unificação das empresas Daimler (Gottlieb Daimler) e Benz & Cia (Karl Benz)
DKW
1916
Sigla
A sigla significava "Dampf-Kraft-Wagen / Carro de força a vapor", depois "Des Knaben Wunsch / Desejo do menino" e mais tarde "Das Kleine Wunder / Pequena maravilha".
Horch
1899
Sobrenome
Sobrenome do fundador August Horch
Maybach
1909
Sobrenome
Sobrenome do fundador Wilhelm Maybach
Mercedes-Benz
1924
Combinação
Mercedes era o nome da filha de um grande distribuidor da marca Benz, Emil Jellinek
NSU
1873
Sigla
Em alemão de "União das Oficinas mecânicas para a produção de máquinas de tricotar".
Opel
1921
Sobrenome
Sobrenome do fundador Adam Opel
Porsche
1931
Sobrenome
Sobrenome do fundador Ferdinand Porsche
Sachsenring
1957
Simbologia
Nome de circuito homonimo na Alemanha, fabricou o Trabant que virou um dos símbolos da Alemanha Oriental
Volkswagen
1937
Simbologia
Criada pelo governo nazista para fabricar "carros do povo", significado da marca em alemão
Wanderer
1901
Simbologia
Em alemão quer dizer "O andarilho"

16/08/2015

Shadow Racing

Fundada por Don Nichols em 1968, um homem até então desconhecido, a equipe iniciou as suas atividades nos Estados Unidos como Advanced Vehicle Systems, estreando em 1970 na categoria CAN-AM como Shadow Racing Inc. 
O primeiro modelo foi projetado por Trevor Harris e os pilotos eram George Follmer e Vic Elford, o MK1 era rápido e inovador, mas deixava a desejar em termos de confiabilidade.
A partir de 1971 a equipe tornou-se realmente competitiva, foram determinantes a chegada do novo projetista Peter Bryant e o competente piloto inglês Jackie Oliver (que foi o campeão da categoria CAN-AM em 1974).
No final de 1972 Nichols decidiu dar um salto mais alto, com grande apoio financeiro da UOP – Universal Oil Products eles decidiram construir um carro para disputar a temporada de 1973 da F1. A equipe passou a se chamar UOP-Shadow, com uma nova sede de operações na Grã-Bretanha. 
Uma curiosidade por trás desta mudança foi porque entre 1973 a 1975 a Shadow participou da F1 como equipe americana e entre 1976 a 1980 como equipe britânica, até hoje é o único caso de uma equipe a mudar oficialmente a sua nacionalidade na F1 sem mudar de dono.
O modelo DN1 foi projetado por Tony Southgate, que tinha no currículo o carro da BRM que vencera o GP de Mônaco de 1972, a expectativas eram boas. A estreia veio no GP África do Sul com Jackie Oliver e George Follmer, velhos conhecidos da equipe na CAN-AM, um outro chassi foi inscrito pela equipe Embassy-Hill de Graham Hill, este já em final de carreira.
George Follmer conseguiu um pódio na segunda corrida da equipe e parecia que as boas expectativas iriam se confirmar, mas no resto da temporada a equipe pagou o preço da estreia e conseguiu apenas um resultado expressivo na penúltima etapa, com mais um terceiro lugar de Jack Oliver. A equipe terminou o campeonato em oitavo lugar com 9 pontos.
Shadow DN1
Para a temporada de 1974 as apostas continuaram altas com o modelo DN3, Jack Oliver se aposentou e uma nova e promissora dupla de pilotos foi contratada, o americano Peter Revson (herdeiro do império de cosméticos Revlon) e o francês Jean-Pierre Jarier.
A tragédia começou a tomar lugar do otimismo já na terceira etapa do campeonato, durante um treino do GP da África do Sul a suspensão do DN3 de Peter Revson falhou provocando um acidente fatal, Tom Pryce foi contratado para ser o seu substituto. O resultado mais expressivo no ano foi um terceiro lugar de Jarier em Mônaco, a Shadow repetiu o oitavo lugar no campeonato, mas desta vez com apenas 7 pontos.
O novo DN5 foi a aposta para 1975, o otimismo parecia ter voltado após Jean-Pierre Jarier fazer a pole position nos dois primeiros GPs, porém a velocidade veio acompanhada de uma crônica falta de confiabilidade. Houve uma aposta ousada no meio da temporada com o modelo DN7, os ​motores Ford Cosworth DFV que produziam cerca de 490 CV foram trocados pelo V12 Matra, estes com cerca de 550 cv. No final o resultado mais expressivo foi um terceiro lugar de Tom Pryce na Áustria, fechando o campeonato de equipes com outro oitavo lugar e apenas 7 pontos. Apesar de tudo a equipe saboreou a primeira vitória, Tom Pryce venceu a corrida, extra campeonato, dos Campeões no mesmo ano.
Shadow DN5
Nada mudou radicalmente em 1976, exceto que a UOP decidiu retirar o seu patrocínio. A falta de dinheiro fez os resultados serem sofríveis. Tom Pryce conseguiu um bom terceiro lugar na abertura do campeonato no Brasil, mas no restante do ano Pryce e Jarier pouco conseguiram e a equipe fechou o campeonato em outro oitavo lugar com 10 pontos.
A temporada de 1977 marcou definitivamente o futuro da equipe com outra tragédia, e outra vez no GP da Africa do Sul, Tom Pryce morreu após atropelar um fiscal de pista quando este atravessava, de maneira imprudente, para atender um princípio de incêndio. O extintor do fiscal bateu na cabeça de Pryce matando-o instantaneamente.
Ironicamente o substituto de Pryce, Alan Jones, conseguiu a maior conquista da equipe vencendo o GP da Áustria do mesmo ano. Conseguiram a maior pontuação da equipe, 23 pontos, mas não valeu nada mais do que o sétimo lugar no campeonato.
Shadow DN8
Em 1978 marcou o começo do fim da Shadow, Alan Jones foi para a Williams e o principal patrocinador Franco Ambrosio saiu para formar a sua própria equipe, a Arrows. 
Para tentar manter a competitividade a aposta foi contar com pilotos experientes, Clay Regazzoni e Hans Stuck, mesmo assim os resultados foram muito modestos.
O calvário continuou em 1979 com o fraco modelo DN9, apesar de ter uma boa dupla de pilotos formada por Elio de Angelis e Jan Lammers, a Shadow só conseguiu 3 pontos com um quarto lugar de De Angelis na última etapa do campeonato, o GP dos Estados Unidos.
Com tantas dificuldades técnicas e sem dinheiro, a Shadow sequer conseguiu terminar a temporada de 1980. Após apenas uma qualificação em 7 corridas a Shadow encerrava melancolicamente as suas atividades, vendendo seus ativos para a Theodore Racing, equipe de Teddy Yip.