31/01/2017

Playlist Route 66 - Dani California

A nossa playlist está quase no fim, enquanto não acaba vamos curtindo a California...
Alguém sabe quem foi a DANI?


Gettin' born in the state of Mississippi
Papa was a copper and momma was a hippie
In Alabama, she would swing a hammer
Price you gotta pay when you break the panorama
She never knew that there was anything more than poor
What in the world does your company take me for

Black bandana, sweet Louisiana
Robbin' on a bank in the state of Indiana
She's a runner, rebel and a stunner
On her merry way sayin' baby whatcha gonna
Lookin down the barrel of a hot metal 45
Just another way to survive

California Rest In Peace,
Simultaneous release,
California show me your teeth,
She's my priestess, I'm your priest
Yeah, yeah

She's a lover, baby and a fighter
She shoulda seen it comin when it got a little brighter
With a name like Dani California
The day was gonna come when I was gonna mourn 'ya
A little loaded she was stealing another breath
I love my baby to death

California Rest In Peace,
Simultaneous release,
California show me your teeth,
She's my priestess, I'm your priest
Yeah, yeah

Who knew the other side of you?
Who knew what others died to prove?
Too true to say goodbye to you
Too true, to say, say, say...

Push the fader, gifted animator
One for the now and eleven for the later
Never made it, up to Minnessota
North Dakota man was a gunning for the quota
Down in the badlands 
She was saving the best for last
It only hurts when I laugh
Gone too fast

California Rest In Peace,
Simultaneous release,
California show me your teeth,
She's my priestess, I'm your priest
Yeah, yeah

California Rest In Peace,
Simultaneous release,
California show me your teeth,
She's my priestess, I'm your priest
Yeah, yeah

28/01/2017

Daytona Bike Week

As belas paisagens naturais, praias de areia firme e o clima quente, mesmo no inverno, ajudaram fazer de Daytona Beach um lugar perfeito para os amantes de velocidade, neste cenário em 24 de janeiro de 1937 acontecia a primeira corrida “Daytona 200”. 
A primeira edição ocorreu em um percurso de 3,2 milhas, misturando praia e estrada, um piloto da cidade de Monterey chamado Ed Kretz foi o primeiro vencedor, pilotando uma Indian e atingindo a média 73,34 mp/h (118,03 km/h). 
Nos anos seguintes a Harley-Davidson tornou-se a marca dominante, tanto que na edição de 1940 eles  venceram a corrida e colocaram nada menos do que 8 motos da marca entre os 10 primeiros lugares.
A corrida recebeu o apelido de "Handlebar Derby" (corrida de guidões), organizada anualmente pela “American Motorcycling Association” (AMA) e realizada até 1941 quando teve que ser interrompida em virtude do racionamento de combustível causado pela Segunda Guerra Mundiual. Entretanto, apesar do evento Daytona 200 não existir mais “oficialmente”, os fanáticos por motos continuaram se reunindo por seus próprios meios nos anos seguintes, esta reunião foi o embrião do que viria a ser o Daytona Bike Week.
Em 1947 a corrida “oficial” retornou, agora promovida por Bill France Sr (sempre ele!!!), logo na primeira reedição em fevereiro teve 176 pilotos inscritos. No ano seguinte foi adotado um novo percurso de 6,1 milhas com trechos de estrada e praia e assim foi até 1960. A partir de 1961 a corrida passou a ser realizada no autódromo de Daytona.
Como o nome sugere a Daytona 200 era mais do que uma corrida, na verdade uma série de eventos dominava a cidade e regiões próximas durante todo a semana, ao longo do tempo os organizadores tornaram as coisas mais estruturadas, especialmente após 1986 quando ocorreram muitos incidentes devido a “invasão” de motociclistas.
O formato atual engloba os eventos da Bike Week, a corrida Daytona 200 no Daytona International Speedway e a Daytona Supercross. 
Atualmente o festival dura 10 dias ao longo de toda região de Volusia County, atraindo centenas de milhares de motociclistas e entusiastas de todas as regiões dos Estados Unidos e também de quase todos os cantos do planeta.
Em 1991, o Daytona Beach Convention and Visitors Bureau criou um segundo evento, realizado em outubro, chamado Biketoberfest. 
O Biketoberfest é composto normalmente por festas e passeios em rotas turísticas, mas também ocorrem corridas no Daytona International Speedway.
Infelizmente o lado negativo de atrais tantos motociclistas é um elevado número de acidentes fatais, normalmente provocados pelo grande número de motociclistas se exibindo, mas também pela imprudência e desrespeito as leis de trânsito e, lógico, muito muito álcool....
Para se ter uma ideia da bagunça, vejam a relação dos registros de acidentes fatais nos últimos anos (Ano | Fatalidades): 2000 | 15, 2001 | 6, 2002 | 13, 2.003 | 1, 2006 | 20 (recorde), 2007 | 8, 2008 | 7, 2009 | 7, 2010 | 4, 2011 | 3, 2012 | 8, 2013 | 3 e 2014 | 3.
O Daytona Bike Week definitivamente, é um dos maiores eventos dos aficionados das duas rodas no mundo, muitos afirmam que junto com o "Sturgis Motorcycle Rallye" são os dois maiores. 
Na verdade, isto é o que menos deveria importar, a diversão, confraternização e o espirito estradeiro é o mais importante (de preferência sem acidentes).
Para saber mais: http://www.officialbikeweek.com/http://daytonabikeweek.com/.

02/01/2017

Airstream

Como este é o primeiro post do ano e estamos em um período de férias, nada mais sugestivo do que falar de viagens, de preferência, com muito estilo!😎
Trailers (ou “caravans” para os britânicos) não é um modo de viajar muito popular aqui no Brasil, principalmente pela falta de estrutura para estacionar e pelas condições de nossas estradas, é uma pena. No entanto, neste universo, um marca e seus modelos de trailer ficaram famosos pelo seu visual arredondado e acabando em alumínio polido, o Airstream.
A empresa foi fundada Wally Byam, um advogado formado em Stanford em 1921, que começou a construir trailers em seu quintal na década de 1920, Byam fez várias coisas para pagar a sua formação e foi até marinheiro, dizem que isso incendiou o seu gosto para viagens e daí para fabricar os seus reboques.
O primeiro modelo de trailer de Byam utilizava uma barraca sobre um chassi Modelo T, mas não funcionou muito bem chuva. Na segunda tentativa, em 1929, a lona foi trocada por uma estrutura permanente em forma de lágrima e já contava com certas utilidades como um fogão. A facilidade de ser rebocado começou a chamar a atenção de outros viajantes, na época o automóvel começava a dominar a América e oferecia possibilidades de liberdade jamais imaginadas, disso para virar um negócio foi fácil.
A origem do estilo dos trailers de Byam está muito ligada ao trabalho do design Hawley Bowlus, um renomado engenheiro e projetista americano que entre outras coisas fez simplesmente o avião de Charles Lindbergh – Espírito de Saint Louis. Em 1931 o quintal de Byam já não era mais adequado para a produção, seja pela demanda como pelo barulho, então ele alugou um prédio e abriu a primeira fábrica de reboques/trailers em Culver City, Califórnia. 
Em 1936 foi lançado o "Clipper", considerado o primeiro “Airstream” e que criou algumas tendências que permanecem até hoje, como a porta deslocada da frente para o lado. Na época custava cerca de US$1.200,00 e oferecia luz elétrica e tanques para água potável, o design arredondado do modelo reduzia a resistência do vento e o esforço para ser rebocado, isso foi importante na época porque os automóveis não eram assim tão potentes, trazendo também melhorias no consumo de combustível. 
O sucesso do “Clipper” ajudou a empresa a superar a depressão econômica, em 1936 existiam mais de 400 fabricantes de trailers, mas apenas a Airstream sobreviveu. A segunda guerra trouxe mais dificuldades, o preço do combustível subiu muito e o alumínio passou a ser destinado para fabricar aviões militares, vários funcionários da Airstream foram recrutados pela indústria militar por suas aptidões com o alumínio.
O término da guerra trouxe uma grande vontade das pessoas retomarem suas vidas e as viagens tinham grande espaço neste desejo, a produção foi retomada com força em 1948 e a Airstream abriu uma nova fábrica em Jackson Center, Ohio, em julho 1952, que é onde opera até os dias de hoje.
Outro fato pitoresco da Airstream são as famosas caravanas “The Wally Byam Caravan Club”, a primeira ocorreu em 1951 quando Wally Byam decidiu viajar, de trailer claro, com um grupo de amigos do Texas para a Nicarágua. Ao todo participaram 63 trailers, mas apenas 14 conseguiram completar a viagem devido a problemas mecânicos e as péssimas condições da estrada. Byam chegou a pensar em desistir da ideia, mas um ano depois voltou atrás.
As inovações nos trailers da Airstream não cessaram e com o tempo isso virou uma marca dos seus produtos. Em 1954 foi lançado o primeiro sistema de água quente, em 1958 foi apresentado o modelo “Airstream International” quer era compatível com todos os tipos de conexões de reboque e fontes externas de energia. 
A década de 1960 trouxe outro grande desafio para a empresa, em 22 de julho de 1962 Wally Byam perdeu a luta contra um câncer, um ano depois Art Costello foi eleito o novo presidente da Airstream. A companhia estava no seu auge, tanto que em 1969 a NASA encomendou a uma “unidade móvel de quarentena” que pudesse ser levada a bordo do porta-aviões USS Hornet para receber os astronautas vindos da Apollo 11. O fato ficou imortalizado pela foto do Presidente Nixon falando com os astronautas do lado de fora, a NASA continuou utilizando Airstreams modificados para transportar as tripulações Apollo e do ônibus espacial.
A fábrica de Jackson Center passou por muitas ampliações e modernizações, em 1971 já era considerada a mais moderna fábrica de trailers do mundo. Em 1974 a empresa diversificou a sua linha de produtos com os motorhomes “Argosy” (A class), as primeiras vendas foram baixas e a linha foi descontinuada em 1979, mas outros modelos foram lançados e a ideia retornou com força (B Class em 1989).
Desde o falecimento de Wally Byam até a década de 1980, o controle da companhia trocou de mãos várias vezes até que Wade Thompson e Peter Orthwein, proprietários da empresa de trailers Hi-Lo, adquiriram a Airstream e fundaram a Thor Industries. 
Hoje a empresa continua cativando admiradores dos Estados Unidos (e de outros países), em 1987 a revista Money elegeu o trailer Airstream como uma das "99 coisas que os americanos fazem melhor". Será?😉
A partir dos anos 1990 os trailers Airstream antigos começaram a ser muito procurados, hoje são objetos de desejo de colecionadores para restaura-los a sua forma original. Existem diversos clubes e associações de proprietários destes trailers, sempre com mais de 25 anos de idade. 
Após quase 30 anos sem grandes atualizações, a linha dos trailers passou por várias mudanças a partir de 1994. As dimensões foram ligeiramente aumentadas, foram introduzidas melhorias na estrutura e no interior, com isso os trailers ficaram maiores e ainda mais confortáveis, mantendo o bom desempenho de sempre.
A partir dos anos 2000 a Airstream expandiu a sua linha de produtos, além dos trailers, motorhome (B Class) também passaram a oferecer ônibus convertidos. Atualmente a empresa continua sendo uma divisão da Thor Industries, emprega cerca de 400 pessoas na fábrica de Jackson Center, Ohio, com produção anual girando em torno de 2.000 unidades, nada mal para este tipo de produto.
Independente da evolução dos modelos, a empresa não perde a qualidade e o espírito de inovação, fica fácil de entender porque a Airstream tornou-se um “ícone pop” (Já imaginou viajando pela Rota 66 em um desses?).
Para saber mais, ou encomendar um... https://www.airstream.com

29/12/2016

Secos e Molhados

Qual a diferença entre cárter seco ou úmido? 
Talvez alguns menos avisados possam imaginar que cárter seco não usa óleo (😖!?!?), piada barata! 
Não é bem, como veremos a seguir.
CÁRTER "ÚMIDO": 
É o sistema presente na maioria dos motores, nele o lubrificante (óleo) fica armazenado em um tanque único (cárter) localizado na parte mais baixa do motor.
A circulação deste lubrificante pelas partes internas do motor começa pela captação, ou seja, o que está armazenado no cárter é “pescado” pela bomba de óleo. 
Em seguida esse óleo "pescado" passa por um filtro para evitar levar impurezas aos dutos internos, e então vai circular pelas partes móveis que necessitam lubrificação (pistões, bielas, cabeçotes, etc.). 
A capacidade do cárter normalmente fica entre quatro e seis litros, mas pode mudar dependendo da quantidade de cilindros ou capacidade cúbica do motor. Evidente, por questões da física, nem todas as peças móveis e dutos ficam preenchidos totalmente de óleo a todo o momento, a lubrificação ocorre pela circulação em alta pressão, respingos ou névoa.
As vantagens do sistema “úmido” estão na simplicidade do projeto, se comparado a outros sistemas, no uso de materiais mais baratos e custo mais baixo de engenharia e fabricação, por isso essa é a solução mais comum em motores projetados para condições “normais” de uso.
Por outro lado, não é o sistema mais recomendado para motores de alto desempenho, onde a força G gerada por acelerações fortes, frenagens bruscas e mudanças de direção pode acumular o óleo em apenas um lado do cárter, este acúmulo momentâneo causa perda de pressão do óleo porque o tubo captador não consegue sugar a quantidade suficiente de lubrificante. 
Outros efeitos negativos, o acúmulo de óleo no virabrequim provoca perda potência por arrasto hidráulico, por fim, a espuma gerada nestas situações acaba prejudicando a eficiência do sistema. 
Estes problemas comprometem o desempenho e com o tempo diminuem a durabilidade do motor, se num motor de "uso normal" esses efeitos nocivos demoram anos, num motor de alto desempenho isso tende a ser um grave problema.
CÁRTER SECO: 
Esse é o sistema de lubrificação mais indicado para motores com utilização especial, como motores esportivos de alto giro ou sujeitos a funcionar em posições variadas, como motores de avião. Este sistema começou a aparecer nos anos 1950, desenvolvido pelas montadoras especializadas em motores de alto desempenho como Ferrari e Porsche. 
Nele parte do óleo lubrificante fica armazenado em um tanque localizado fora do motor e o restante no cárter, por isso são utilizadas pelo menos duas bombas de óleo – a bomba de circulação para levar o óleo do cárter para o tanque de armazenamento e a bomba de pressão para receber o óleo do tanque e manda-lo direto para as partes móveis a serem lubrificadas.
A eficiência de lubrificação é muito maior porque o óleo permanece mais tempo no tanque, mantendo a temperatura menor do que dentro do motor. 
Temperatura e movimentos menores ajudam a manter a viscosidade, porque não produz espuma, e sem o acúmulo ao redor do virabrequim porque não há perda de potência pelo arrasto hidráulico.
Existem outras importantes vantagens dinâmicas, não é mais necessário um grande cárter de óleo, assim é possível ter um motor mais baixo e ajudar no centro de gravidade do carro. 
Mas, nem tudo são flores numa comparação direta entre os dois sistemas!
O sistema seco utiliza uma quantidade maior de componentes, por exemplo 2 bombas de oleo, e necessita de materiais mais sofisticados, o que faz ser uma solução mais complexa de se manter e cara.
Alguns "cabeça de gasolina" já devem estar se perguntando: É possível adaptar um sistema "seco" em um motor que utilizada o sistema "úmido"? 
Em teoria sim, tanto que existem alguns kits de adaptação no mercado, mas não são tão populares porque não é uma transformação simples e também é difícil garantir resultados confiáveis. 
Por isso, se for necessário melhorar o sistema de lubrificação de um motor, a opção mais comum é trocar a bomba de óleo original por outra de maior pressão, em alguns casos vale até trocar o cárter original por outro de maior volume.
Então, qual dos dois sistemas de lubrificação é o melhor? 
Com todos essas variáveis citadas não dá para "cravar", um melhor e o outro pior, o que conta mesmo será a utilização a que se destina o motor.

04/12/2016

Baja 1000

Este blog não anda dando a devida atenção para o mundo Off-Road, sem nenhum motivo, é hora de mudar um pouco esta situação começando pelo "Baja 1000".
Baja 1000 é uma corrida off-road que acontece na região da Península da Baixa Califórnia no México, na verdade podemos até considera-la como parte de um evento maior, pois inspirou ou é precedida por outras corridas: SCORE Desert Challenge, SCORE San Felipe 250 e a Baja 500. 
A ideia nasceu de uma forma inusitada. Em 1962 Jack McCormack e Walt Fulton da Honda procuraram por Bud Ekins, um duble e piloto de moto, para ajuda-los a criar uma forma de mostrar a eficiência do seu novo modelo CL72 Scrambler. Bud idealizou um percurso de 950 quilômetros de Tijuana para La Paz, capital da baixa Califórnia, México, que seria percorrido com restrição de tempo. Entretanto, Bud não poderia executar a corrida porque tinha ligações com a Triumph Motorcycles, coube então ao seu irmão Dave Ekins, piloto off-road, topar o desafio junto com Bill Robertson Jr., dono de uma concessionária Honda em Hollywood. O fato curioso foi que, na época, para comprovar para a mídia que o percurso estava mesmo sendo percorrido os pilotos teriam que enviar telegramas durante o trajeto, este evento serviu de inspiração para Ed Pearlman criar a NORRA (National Off-Road Racing Association).
A primeira corrida oficial foi em 31 de outubro de 1967 sendo chamada “NORRA Mexican 1000 rally”, a largada foi em Tijuana, Baja Califórnia, e os vencedores foram Vic Wilson e Ted Mangels com um buggy Meyers Manx. Na verdade, o nome “1000” tende a ser enganoso porque a distância percorrida varia conforme o tipo do evento, a primeira edição teve "apenas" 843 milhas (1.366 km). A NORRA também introduziu a primeira “Baja 500” em 1969.
Entre os anos de 1967 a 1972 a corrida atraiu nomes de peso como Mickey Thompson, Parnelli Jones e o ator James Garner. Em 1973 a crise mundial de petróleo atingiu em cheio o Baja e levou a uma queda grande no número dos participantes. 
Não era nada barato participar do Baja, além das dificuldades naturais do terreno e os frequentes e traiçoeiros nevoeiros, é um grande desafio de organização e logística pelas dificuldades em transportar combustível e equipamentos de apoio, muitas vezes possível apenas por via aérea e haviam poucos aeroportos na região do percurso. Nesta situação a NORRA decidiu abandonar a organização do evento.
Para não deixar o evento morrer o então governador da Baja Califórnia, Milton Castellanos, passou a organização para uma organização mexicana sem fins lucrativos chamada BSC (Baja Sports Committee) que decidiu mudar o nome para "Baja Mil" (Baja 1000). Houve muitas dificuldades na realização do evento, ainda mais porque passaram a enfrentar a “concorrência” de outros eventos que a NORRA passou a organizar dentro dos Estados Unidos. Percebendo que a coisa era para gente do ramo, o governo mexicano pediu ajuda ao SCORE (Southern California Off-Road Enterprises) organização fundada por Mickey Thompson.
A edição de 1974 teve mesmo que ser cancelada devida a crise do petróleo, mas a SCORE contratou Sal Fish, da revista Hot Rod, para organizar a Baja 1000 e retornaram em 1975. Fish também introduziu a San Felipe 250, em 1982. 
As características gerais pouco mudaram desde as primeiras edições, são permitidas motocicletas (diversas cilindradas, ATVs e UTVs), carros (de produção ou bugies) e caminhões, todos competindo no mesmo percurso com pontos de verificação obrigatórios. A ordem de partida geralmente é determinada por sorteio, mas nos últimos anos a qualificação para o Baja 1000 é realizada durante SEMA no Las Vegas Motor Speedway.
O formato da corrida pode ser “Ponto-a-ponto” onde a corrida começa (normalmente em Ensenada, Tijuana ou Mexicali) e termina em dois locais diferentes, a distância geralmente ultrapassa os 1.600 km e termina em La Paz. A “Loop race” começa e termina no mesmo local, neste formato a distância varia de 600 a 850 milhas.
Muitas lendas foram criadas ao longo destas edições; Rod Hall, Walker Evans,
Johnny Campbell, pai e filho Bob Gordon e Robby Gordon, entre outros. Rod Hall é o único competidor presente em todas as edições desde 1967 e acumula incríveis 21 vitórias no Baja 1000 e 18 no Baja 500, em diversas classes, Johnny Campbell também ganhou 11 vezes na categoria geral das motocicletas. Outra característica importante do Baja é a participação de um grande número de pilotos e equipes amadoras, muitas vezes apoiados por voluntários, o que mantem vivo o espirito de aventura do evento. Adoramos este espírito!
Também são frequentes os reladores de sabotagens ou armadilhas montadas durante o percurso por... espectadores! São cavados buracos para bloquear os rios ou obstáculos são enterrados, estas armadilhas não são criadas para machucar os concorrentes, mas para criar novos locais com saltos ou obstáculos para aumentar a emoção do público, mas provocam danos ou acidentes perigosos. De todo modo, os competidores passaram a se ajudar e comunicam rapidamente quando percebem esta situação, mas a organização nunca foi eficiente de fato para resolver a questão em definitivo.
Em 2012, a organização de corrida foi comprada por Roger Norman e continua a correr sob a sua presidência, a edição de 2017 promete ser especial porque será a edição de número 50!

 LISTA DOS VENCEDORES NOS AUTOMÓVEIS

LISTA DOS VENCEDORES NAS MOTOCICLETAS