O blog de quem gosta de Carros Antigos, Corridas, Hot Rods, Kultura Kustom, Rock e afins...
31/05/2018
20/05/2018
Voar é para avião 2
Aqui, já estávamos desconfiados que voar não é exclusividade de quem tem asas ou hélices...
...outra prova, vinda da F1, que isso não é só uma teoria!
...outra prova, vinda da F1, que isso não é só uma teoria!
19/05/2018
Alex Xydias
Em 22 de março de 1922, em Los Angeles, Califórnia, nascia Alex Xydias. O pai de Alex era um proeminente produtor de filmes (mudos), a sua infância foi tranquila, mas desde cedo muito apaixonado pelos automóveis.
Enquanto Alex cursava a “Fairfax High School “ comprou o seu primeiro hot rod, um Ford roadster 1929, ele arrumou diversos trabalhos temporários para pagar o carro. Ao se formar na high school Alex ainda trabalhou em um posto de gasolina para economizar dinheiro até comprar um outro carro, um Ford cupê de três janelas e depois um cabriolet 1934.
Em 1940, entrou para o clube “The Wheelers”, associado ao S.C.T.A. (Southern California Timing Association) em Norwalk, Califórnia, em 1942 ingressou no Army Air Corps, servindo como engenheiro de B-17 durante o período da segunda guerra mundial.
Alex estava de folga e foi assistir uma corrida de rua, em San Fernando Valley, lá teve a inspiração de unir sua paixão por carros como um meio de ganhar a vida, decidiu abrir uma loja de peças, uma Speed Shop. Em 3 de março de 1946, com dinheiro emprestado, Alex abriu a loja da “So-Cal Speed” em Burbank.
Alex estava de folga e foi assistir uma corrida de rua, em San Fernando Valley, lá teve a inspiração de unir sua paixão por carros como um meio de ganhar a vida, decidiu abrir uma loja de peças, uma Speed Shop. Em 3 de março de 1946, com dinheiro emprestado, Alex abriu a loja da “So-Cal Speed” em Burbank.
Logo depois, Alex se juntou ao lendário entusiasta Dean Batchelor e desenvolveram um “streamliner” para bater recordes de velocidade. Empurrado por um motor Mercury V8 e carburadores Edelbrock o carro atingiu 210 mph, em 1950. Em 1951, junto com alguns outros amigos formaram a Equipe de Corrida da “So-Cal Speed Shop”, os seus hot rods ficaram famosos, pois logo chegaram a 190 mph.
Alex começou outro projeto pessoal, passou a documentar e filmar as principais corridas, como Bonneville, NASCAR, Pikes Peak, F-Indy e as 24 Horas de Sebring.
Em 1961 decidiu encerrar as atividades da SO-CAL, logo em seguida, em 1963 aceitou o cargo de editor da revista Car Craft da Petersen Publishing, trabalhando lá por mais de 12 anos até se transferir para a “Hot Rod Industry News”, onde se tornou editor.
Enquanto esteve na “hot rod industry News” foi o diretor da anual “Petersen Trade Show”, que posteriormente acabou se tornando a SEMA (Specialty Equipment Market Association).
Enquanto esteve na “hot rod industry News” foi o diretor da anual “Petersen Trade Show”, que posteriormente acabou se tornando a SEMA (Specialty Equipment Market Association).
Por fim, após deixar a Petersen, Alex foi trabalhar com o sócio Mickey Thompson para organizar a feira de equipamentos off-road SCORE.
Em 1982, Alex foi introduzido no Hall of Fame da SEMA, além do hall da fama da Revista HOT ROD e no “Hall of Fame da Route 66”.
Decidiu se aposentar em 1987, mas junto com o amigo Pete Chapouris conseguiu reviver a lendária “SO-CAL” em 1997, a nova "SO-CAL" está em atividade até hoje, apesar de não ter mais envolvimento com Xydias.
Decidiu se aposentar em 1987, mas junto com o amigo Pete Chapouris conseguiu reviver a lendária “SO-CAL” em 1997, a nova "SO-CAL" está em atividade até hoje, apesar de não ter mais envolvimento com Xydias.
Alex também recebeu o prêmio “Robert E. Petersen Lifetime Achievement Award” em 2008.
Alex continua desfrutando da aposentadoria, aos 96 anos, na California. Pelo valor de sua carreira ele frequentemente é convidado de honra em eventos relacionados ao mundo hot-rod, do qual foi um importante pioneiro e incentivador.
Alex continua desfrutando da aposentadoria, aos 96 anos, na California. Pelo valor de sua carreira ele frequentemente é convidado de honra em eventos relacionados ao mundo hot-rod, do qual foi um importante pioneiro e incentivador.
09/05/2018
What´s your name? Cornowagen
Outro caso de um apelido determinando o destino de um modelo...
Em 1965 a Volkswagen lançou no Brasil uma versão do Fusca equipada com teto-solar, a abertura do teto era acionada por manivela e o teto, de aço, pintado na cor do carro.
Era uma grande novidade no mercado brasileiro, ainda mais sendo um acessório original de fábrica, tinha tudo para ser um sucesso de vendas!
#SQN !!! 😓
As vendas do modelo acabaram naufragando por causa de um apelido maldoso: Cornowagen.
O apelido dispensa maiores esclarecimentos, mas se alguém estiver em dúvida indicaria o carro de alguém (marido, namorado) que teria a fidelidade de sua companheira em dúvida, só pelo fato do carro ter uma abertura no teto. Sacou?
As vendas naufragaram e Volkswagen ainda tentou reagir, promoveram uma grande campanha publicitária mostrando uma família reunida, mas nada resgatou a "dignidade" do modelo, tanto que saiu de linha no final de 1966.
O irônico é que hoje um "cornowagen" original é muito valorizado pelos antigomobilistas, e o preço destes modelos só tende a subir.
Sinal que os valores da nossa sociedade, ou pelo o senso de humor, mudou bastante.
Em 1965 a Volkswagen lançou no Brasil uma versão do Fusca equipada com teto-solar, a abertura do teto era acionada por manivela e o teto, de aço, pintado na cor do carro.
Era uma grande novidade no mercado brasileiro, ainda mais sendo um acessório original de fábrica, tinha tudo para ser um sucesso de vendas!
#SQN !!! 😓
As vendas do modelo acabaram naufragando por causa de um apelido maldoso: Cornowagen.
O apelido dispensa maiores esclarecimentos, mas se alguém estiver em dúvida indicaria o carro de alguém (marido, namorado) que teria a fidelidade de sua companheira em dúvida, só pelo fato do carro ter uma abertura no teto. Sacou?
Não se sabe ao certo o autor / origem do apelido, dizem que foi invenção de um executivo da Ford, na verdade este tipo de coisa é como um vírus; aparece sem se apresentar e, se não tomar cuidado, espalha sem controle.
Foi o que aconteceu. A sociedade Brasileira na época era muito machista e poucos teriam vontade de sair com um modelo destes pleas ruas, sendo motivo de piadas e comentários de todos.As vendas naufragaram e Volkswagen ainda tentou reagir, promoveram uma grande campanha publicitária mostrando uma família reunida, mas nada resgatou a "dignidade" do modelo, tanto que saiu de linha no final de 1966.
O irônico é que hoje um "cornowagen" original é muito valorizado pelos antigomobilistas, e o preço destes modelos só tende a subir.
Sinal que os valores da nossa sociedade, ou pelo o senso de humor, mudou bastante.
05/05/2018
The Big Four
Após o “Hollister Riot”, em 1947, muitas ocorrências ilegais começaram a serem atribuídas aos Motoclubes nos Estados Unidos, mesmo algumas vezes injustas ou exageradas, é fato que na década de 1960 houve um aumento do envolvimento de MCs com atividades ilícitas...
Nesta época novos motoclubes foram formados, alguns dissidentes de outros, os novos MC costumavam criar alianças com outros mais antigos, resultando em muitas batalhas territoriais.
A situação foi se agravando ao ponto de chamar a atenção da opinião pública e das autoridades dos Estados Unidos. Em 1970, foi aprovada nos Estados Unidos a lei federal “Racketeer Influenced and Corrupt Organizations (RICO)” contra o crime organizado, esta lei também acabou sendo usada contra os MC considerados infratores.
Com base na lei RICO o FBI (Federal Bureau of Investigation) nos Estados Unidos e o Serviço de Inteligência Criminal do Canadá fizeram diversas investigações, processos e prisões contra vários clubes de motocicleta e seus membros.
Quatro destes MC acabaram se destacando pelo seu “histórico” de envolvimento em contravenção e brigas eles ficaram conhecidos como “Big Four”: Hells Angels, The Pagans, The Outlaws e os The Bandidos.
Os MC considerados "fora da lei" também são conhecidos como “1%ers”, pois não são sancionados pela American Motorcyclist Association (AMA) e não aderem às regras de conduta desta associação.
Os MC considerados "fora da lei" também são conhecidos como “1%ers”, pois não são sancionados pela American Motorcyclist Association (AMA) e não aderem às regras de conduta desta associação.
Posteriormente a Procuradoria Geral da Califórnia também incluiu os motoclubes “Mongols” e “VAGOS” no topo desta lista de “celebridades”. Ao longo deste tempo o FBI afirma que os “Big four” (ou alguns dos seus membros) estiveram envolvidos em muitos crimes como tráfico de drogas e armas, tráfico de bens roubados e extorsão, além de graves episódios de luta por território ou pelo controle de pontos de venda de drogas.
Entre as diversas investigações podemos citar uma operação de três anos do FBI denominada como “Rough Rider”, em 1985 ela culminou na apreensão de US$ 2 milhões em drogas e armas (inclusive armas antitanque). Foram envolvidos cerca de 1.000 agentes do FBI e detidos 133 supostos membros dos Hells Angels acusados de extorsão, tráfico de drogas ou venda ilegal de armas, a investigação também desmantelou operações em capítulos locais do MC que enviavam o dinheiro ilegal para a sede nacional dos Hells Angels.
No final dos anos 1990, no Canadá, houve um aumento substancial em atividades criminosas ligadas a Motorcycle clubs; 150 assassinatos, 84 atentados a bomba 😳e 130 casos de incêndio criminoso. As autoridades atribuíram como causas as disputas territoriais relacionadas ao tráfico de drogas e entre MCs, em especial aos Hells Angels.
Um outro grave acontecimento ocorreu em 27 de abril de 2002 no Harrah's Casino em Laughlin, Nevada, conhecido como “River Run Riot” foi um violento confronto entre os Hells Angels e os Mongols resultando em 3 mortes.
Em outubro de 2008, o FBI anunciou o fim de uma operação secreta de seis meses contra tráfico de drogas que envolveu, outra vez, o “Mongols Motorcycle Club”. Foram expedidos 160 mandados de busca e 110 mandados de prisão.
Talvez o pior episódio dos conflitos entre MC ocorreu em 17 de maio de 2015, em Waco, Texas, na ocasião vários motoclubes, incluindo os The The Bandidos e Cossacks, estavam reunidos no restaurante Twin Peaks para um encontro regular de motoqueiros. Repentinamente foi iniciada uma briga seguida de um tiroteio e a polícia de Waco, com uma equipe da SWAT, que estava monitorando a reunião revidou contra os motoqueiros. O final trágico computou nove motociclistas mortos, sete deles membros do “Cossacks Motorcycle Club” e outros dezoito feridos.
No meio destas controvérsias os motoclubes se defendem, alegando que a maioria dos casos foram ocorrências isoladas e de responsabilidade de alguns membros, não sendo uma prática deliberada dos MC e por isso eles não podem ser tratados como organizações criminosas.
Esta alegação até pode ser verdade, por outro lado, existe a percepção das autoridades que os MC não se preocupam com ações efetivas para banir os associados “foras da lei” dos seus clubes.
Esta alegação até pode ser verdade, por outro lado, existe a percepção das autoridades que os MC não se preocupam com ações efetivas para banir os associados “foras da lei” dos seus clubes.
De fato, mesmo considerando que qualquer atividade ilícita deve ser combatida com o rigor da lei, é difícil comparar um motoclube com uma organização mafiosa, nas organizações criminosas o crime e a violência são apenas meios para se chegar no lucro, nos MC ainda que estejam impregnados por maus elementos, os valores básicos do clube e a irmandade entre os seus membros deveria ser o mais importante.
Mas, como as autoridades alegam, os MCs pouco ou nada fazem para eliminar os maus elementos dos clubes, então ficamos neste círculo vicioso de difícil solução...
Mas, como as autoridades alegam, os MCs pouco ou nada fazem para eliminar os maus elementos dos clubes, então ficamos neste círculo vicioso de difícil solução...
Eh, saudades do tempo em que episódios como o “Hollister Riot” era o que de mais grave poderia existir.😔
03/05/2018
Bobber
A customização de motocicletas vem desde a década de 1920, quando o estilo “Cut Down” apareceu nos Estados Unidos. O objetivo das modificações era dar um visual mais moderno, melhorar o desempenho ou simplesmente dar mais personalidade para a motocicleta. O “cut Down” consistia basicamente em remover o para-lama dianteiro, encurtar a traseira e remover acessórios para aliviar o peso da motocicleta e melhorar o desempenho.
O motociclismo se consolidava nos Estados Unidos, em 1933, a AMA criou um campeonato nacional das corridas de Classe C, participavam basicamente motocicletas Indian Daytona Scout, Harley-Davidson WLDR e WR, o visual das motos de pista lembrava muito o estilo “cut down”.
Corridas "C Class" em 1935 |
Pouco depois desta época as motos britânicas começaram a chegar no mercado Americano, além de serem mais rápidas e leves, tinham estilo próximo ao “cut down”, assim logo começaram a dominar a cena das corridas e rachas, deixando os donos Harleys e Indians desesperados.
Este pessoal tentou reagir, começaram a modificar o quadro, abaixar o selim e encurtar a distância entre eixos das suas motos, tirando o máximo de peso possível para se manterem competitivos. As motos modificadas desta forma passaram a serem conhecidas como “bob job”, bobbing era um termo usado em corridas de cavalo, onde os treinadores cortavam (to bob) o rabo de um cavalo.
Este pessoal tentou reagir, começaram a modificar o quadro, abaixar o selim e encurtar a distância entre eixos das suas motos, tirando o máximo de peso possível para se manterem competitivos. As motos modificadas desta forma passaram a serem conhecidas como “bob job”, bobbing era um termo usado em corridas de cavalo, onde os treinadores cortavam (to bob) o rabo de um cavalo.
Logo após a Segunda Guerra Mundial, os milhares de soldados americanos tentavam retomar suas vidas e deixar os traumas da guerra para trás, alguns tiveram dificuldades em se readaptar e adotavam os Moto Clubes como estilo de vida, aproveitando as milhares de motocicletas excedentes de guerra que foram vendidas muito barato.
O estilo “bob job” caiu no gosto deste pessoal para deixar as motos mais leves e rápidas, não existia muito glamour, geralmente as customizações eram feitas na garagem de casa com ferramentas e materiais simples: adeus aos pesados para-lamas, proteções, luzes indicadoras, mas mantendo o quadro da moto original.
Paralelamente aos primórdios dos "hot rod", a customização de motocicletas foi se desenvolvendo e o estilo minimalista passou a dar espaço para grandes modificações decorativas; muita cromagem, pintura especiais, pinstriping etc. Em 1946, Kenny " Von Dutch" Howard começou a colocar tanques de gasolina menor, guidões erguidos e canos de escapamento virados para cima na parte traseira, este estilo caiu no gosto dos entusiastas e logo virou uma espécie de padrão para os “bob-jobs”.
O estilo evoluiu nos anos 1950 e 1960, vários “sub estilos” passaram a ser aceitos de acordo com o gosto dos seus donos, chegando até influenciar alguns fabricantes como Harley-Davidson e a Honda.
O termo “Bob Job” (to bob, deixar mais curto em inglês) acabou sendo popularizado e encurtado para “bobber”, nos dias atuais dominam a cena de customização de motocicletas ao lado do estilo “choppers”, de garfo alongado que surgiram no final dos anos 1960. A principal diferença entre os dois estilos é que os Bobbers usam quadros originais, enquanto os Choppers usam quadros modificados, mas choppers é assunto para outro post...
O estilo “bobber” continua em destaque porque são bastante fáceis de criar a partir de motocicletas originais, demanda baixo orçamento e alguns construtores não tem receio de utilizar peças antigas ou de segunda mão.
Nos anos 1990 aos poucos a customização de motocicletas e a kultura kustom retomaram sua popularidade, muito em função de programas de TV, as “bobbers”, apesar de se apresentarem mais requintadas, estão de novo no topo do gosto dos amantes das motocicletas.
01/05/2018
Nem tudo na F1 é tão rápido!
A mais longa pergunta em uma entrevista da F1...
Parece piada, mas aconteceu de verdade na entrevista dos pilotos antes do GP de Abu Dhabi, em 2014. Lembram disso?
Já sabemos que o Vettel e o Alonso são meio zoeiros, mas a força que a dupla da McLaren faz para não rir é impagável !!!
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