06/09/2018

Lola Cars (Round 3)

Lola T600
Dando sequencia a história da saga da Lola...
Ainda nos anos 1980 a Lola lançou as séries T600 e T610 para as corridas da IMSA GTP nos Estados Unidos, uma grande vantagem era que estes carros podiam utilizar vários motores diferentes como Cosworth, Mazda e Chevrolet e assim várias versões destes modelos tiveram sucesso na IMSA GTP e no Grupo C, porém muitas vezes os carros recebiam o nome dos fabricantes e a Lola não recebia o retorno de mídia devido, tais como os Nissan Group C ou o Chevrolet Corvette GTP.
A partir de 1983 a Lola acertou o foco na CART inicialmente com o Lola T800, principalmente com o piloto Mario Andretti e a equipe Newman / Haas Racing, na Europa a FIA decidiu substituir Fórmula 2 pela Fórmula 3000 em 1985, onde a Lola teve grande sucesso, vencendo sistematicamente a Ralt e a Reynard a partir de 1986
Lola T800
Em 1996 o campeonato da F3000 tornou-se monomarca, a Lola venceu o contrato da FIA e construiu o chassi Lola T96 / 50, o contrato de fornecimento exclusivo foi renovado em 1999 (Lola B99 / 50) e 2002 (Lola B02 / 50). Apenas quando a F3000 foi substituída pela GP2, em 2005, a Lola perdeu a concorrência para a Dallara para construir o novo chassi da categoria.
E a F1? A equipe americana Haas montou um projeto para a F1, a iniciativa foi capitaneada por Teddy Mayer e existia grande expectativa em função do grande suporte financeiro da Beatrice Foods e da própria Ford. O projeto do carro foi assinado por Neil Oatley herdando apenas o nome Lola, isso porque a Haas era o representante oficial da Lola para os EUA, Broadley teve atuação apenas como consultor. 
Lola T96

Alan Jones foi convencido a adiar a aposentadoria e disputou algumas provas pela equipe em 1985, em 1986 Patrick Tambay entrou na equipe.
A Ford não conseguiu finalizar o projeto do novo motor Cosworth turbo e a equipe teve que utilizar o antigo Hart de quatro cilindros, mas a situação acabou ficando pior, pois quando o projeto da Ford ficou pronto, no final de 1986, ela decidiu fornecer para a Benetton. O golpe de misericórdia foi a Beatrice também decidir sair da brincadeira, então sem motor competitivo e sem patrocínio, a Lola deixou a F1 novamente pela porta dos fundos e a maioria de seus ativos (incluindo a fábrica) foram vendidos para Bernie Ecclestone em 1986.
Na CART a história seguia diferente, a Lola derrotou a grande rival March na temporada 1990 e 1991 e de quebra venceu com Arie Luyendyk a Indianapolis 500 de 1990. Entre 1993 e 2001 a Lola também produziu o chassi para a Indy Lights, que servia de acesso para a CART, substituindo o antigo March 850B que na verdade era um Formula 3000 modificado.
Nesta década a Lola também esteve envolvida em outras 2 iniciativas na F1 que também não deram bons resultados, uma foi com a Larrousse & Calmels entre 1987 e 1990 e a outra derrocada foi com a equipe Scuderia Italia, em 1993.
No final dos anos 1990 a Lola produziu vários protótipos para as corridas estilo Le Mans, começando com o B98/10 que teve sucesso na Europa, mas não repetiu o sucesso nos EUA. Com a chegada das equipes de fábrica investindo pesado, a Lola perdeu competitividade frente aos BMW V12 LMR e Audi R8, mas continuou dominante nas categorias menores (LMP2) vencendo no ALMS (American Le Mans Series).
A Lola tinha intenções de retornar a F1 em 1998 (eles não desistiam!) com uma equipe própria, mas pressões do patrocinador principal do projeto, MasterCard, fez que Lola T97/30 fosse lançado um ano antes do planejado. O patrocínio era ligado aos resultados, o que era uma aposta de alto risco para uma equipe iniciante.
Lola T97/30
Os carros, com os pilotos Ricardo Rosset e Vicenzo Sospiri, iniciaram a temporada com o ultrapassado motor Ford Cosworth ED e, para piorar, tinham graves problemas de aerodinâmica, afinal nem haviam sido testados em túnel de vento!!!
Obviamente, os resultados foram desastrosos, os carros eram mais lentos do que a Fórmula 3000 da Lola (!) e após a corrida de estreia na Austrália os patrocinadores se retiraram, o time foi forçado a encerrar atividades com apenas uma corrida, logo depois a Lola Car Company entrou em concordata. 
A empresa acabou sendo adquirida por Martin Birrane ainda em 1998, além da Lola Cars o grupo tinha as empresas Lola Aylings (barcos a remo) e a Lola Composites (produção de fibra de carbono).
Ainda temos o final da história da Lola, contada aqui...

Nenhum comentário: