A Lola Cars foi uma das maiores construtoras de carros de corrida em todos os tempos, sua história é muito rica, desenvolvendo carros esporte e fórmula para competir e vencer na Europa e nos Estados Unidos.
No final dos anos 1940 um arquiteto inglês chamado Eric Broadley, nascido em 22 de setembro de 1928 em Bromley, Eric trabalhava em Londres como inspetor de qualidade e aproveitava o seu tempo livre participando do clube de automóveis "750 Motor Club" (bom assunto para outro post), um clube que tinha uma turminha bacana entre os seus associados, tais como Frank Costin, Colin Chapman, Len Bailey, Brian Hart e Arthur Mallock...
Aos poucos Broadley assumiu sua paixão por motores e começou a construir seus próprios carros, o seu primeiro projeto chamado de “Broadley Special” foi finalizado em 1956, utilizando um Austin 7 como base.
O “Broadley Special” fez sucesso vencendo vários eventos locais e nacionais, Broadley ficou empolgado e começou um novo projeto que chamou de “Lola Mk1”, o nome veio da canção "Whatever Lola Wants" criada por Richard Adler e Jerry Ross para Gwen Verdon.
Lola Mk1 |
Chegaram algumas encomendas do Mk1 e em 1958 nascia de fato a “Lola Cars Ltd.”, a sede da empresa ficava em West Byfleet, Surrey, e até o ano de 1962 produziram 35 unidades do modelo MK1.
Em 1960 a Lola produziu o primeiro projeto de rodas abertas para a Fórmula Júnior, chamado de Mk2, que não chegou a ser dominante porque ainda usava motor dianteiro quando a tendência da Fórmula JR já era carros com motor traseiro ou central, ainda assim foram produzidas 42 unidades do MK2 até 1961 até ser lançado o MK3 com motor central.
Logo os resultados da Lola começavam a incomodar os fabricantes tradicionais da Fórmula JR, Lotus e a Cooper.
Logo os resultados da Lola começavam a incomodar os fabricantes tradicionais da Fórmula JR, Lotus e a Cooper.
Em 1962 a Lola decidiu se aventurar na F1, o Lola Mk.4 com motor Climax FWMV 1,5 litros foi o primeiro "Lola F1" a ser fornecido para equipes clientes. O projeto tinha algumas soluções inovadoras como suspensão dianteira usando os “wishbones” inferiores e links transversais superiores com braços radius, na traseira tinha links transversais superior e inferior e braço “radius”, basta dizer que estas soluções acabaram por virar padrão na F1 na década de 1970.
A estreia do Mk4 foi no GP da Holanda com a equipe “Bowmaker-Yeoman Racing” de Reg Parnell com os pilotos eram John Surtees e Roy Salvadori, John Surtees conseguiu a pole position logo na sua primeira corrida, eles marcaram pontos várias vezes e tiveram 2 pódios no ano, porém a esperada vitória no campeonato mundial de F1 não veio.
Lola Mk4 |
No ano seguinte os resultados foram muito fracos, então a Lola decidiu abandonar a F1 e voltar seus esforços para carros esporte, Fórmula JR (Mk 5) e Fórmula 2, onde a Lola tornou-se a parceira oficial da BMW por vários campeonatos.
Um dos primeiros projetos de Broadley de carros esporte foi o cupê Lola Mk.6 equipado com um motor Ford V8 de 4, 2 litros, a Ford viu e gostou tanto que adquiriu o projeto para unificar os conceitos com outro projeto de Roy Lunn, o resultado foi um tal Ford GT40, em 1964.
Por outro lado, o acordo com a Ford “amarrou” a construção de carros esporte da Lola por 2 anos, mas Broadley conseguiu romper o acordo e um ano depois voltou a desenvolver novos projetos, criando o maravilhoso Lola T70 em 1965.
O T70 teve muitos triunfos no mundial de marcas e o título da Can-Am em 1966 com John Surtees, em 1 ano foram produzidos 47 Lolas T70 nas versões Mk1 e Mk2.
O T70 teve muitos triunfos no mundial de marcas e o título da Can-Am em 1966 com John Surtees, em 1 ano foram produzidos 47 Lolas T70 nas versões Mk1 e Mk2.
Lola Mk6 |
A Lola ficou fora da F1 até 1967 quando então fecharam um acordo para ajudar a Honda Racing e o piloto John Surtees.
A Honda estava com um problema de excesso de peso no chassi, a Lola utilizou um T90 (que correu em Indianapolis em 1966 como base) para desenvolver um novo carro, nascia o Honda RA300 (ou Lola T130) que foi o vencedor do GP da Itália daquele ano.
A Honda estava com um problema de excesso de peso no chassi, a Lola utilizou um T90 (que correu em Indianapolis em 1966 como base) para desenvolver um novo carro, nascia o Honda RA300 (ou Lola T130) que foi o vencedor do GP da Itália daquele ano.
Lola T70 Mk1 |
A Lola renovou o modelo T70 para enfrentar a temida McLaren no campeonato de Can-Am, mas em 1968 conseguiram apenas uma vitória, foi na etapa de Las Vegas com John Surtees.
Em 1969 foi lançado o T162, mas novamente foram atropelados pelos McLarens, o sucessor foi o T163 com que Parsons conseguiu apenas um segundo lugar e dois terceiros.
Em 1969 foi lançado o T162, mas novamente foram atropelados pelos McLarens, o sucessor foi o T163 com que Parsons conseguiu apenas um segundo lugar e dois terceiros.
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