Lola T600 |
Ainda nos anos 1980 a Lola lançou as séries T600 e T610 para as corridas da IMSA GTP nos Estados Unidos, uma grande vantagem era que estes carros podiam utilizar vários motores diferentes como Cosworth, Mazda e Chevrolet e assim várias versões destes modelos tiveram sucesso na IMSA GTP e no Grupo C, porém muitas vezes os carros recebiam o nome dos fabricantes e a Lola não recebia o retorno de mídia devido, tais como os Nissan Group C ou o Chevrolet Corvette GTP.
A partir de 1983 a Lola acertou o foco na CART inicialmente com o Lola T800, principalmente com o piloto Mario Andretti e a equipe Newman / Haas Racing, na Europa a FIA decidiu substituir Fórmula 2 pela Fórmula 3000 em 1985, onde a Lola teve grande sucesso, vencendo sistematicamente a Ralt e a Reynard a partir de 1986.
Lola T800 |
E a F1? A equipe americana Haas montou um projeto para a F1, a iniciativa foi capitaneada por Teddy Mayer e existia grande expectativa em função do grande suporte financeiro da Beatrice Foods e da própria Ford. O projeto do carro foi assinado por Neil Oatley herdando apenas o nome Lola, isso porque a Haas era o representante oficial da Lola para os EUA, Broadley teve atuação apenas como consultor.
Alan Jones foi convencido a adiar a aposentadoria e disputou algumas provas pela equipe em 1985, em 1986 Patrick Tambay entrou na equipe.
Lola T96 |
Alan Jones foi convencido a adiar a aposentadoria e disputou algumas provas pela equipe em 1985, em 1986 Patrick Tambay entrou na equipe.
A Ford não conseguiu finalizar o projeto do novo motor Cosworth turbo e a equipe teve que utilizar o antigo Hart de quatro cilindros, mas a situação acabou ficando pior, pois quando o projeto da Ford ficou pronto, no final de 1986, ela decidiu fornecer para a Benetton. O golpe de misericórdia foi a Beatrice também decidir sair da brincadeira, então sem motor competitivo e sem patrocínio, a Lola deixou a F1 novamente pela porta dos fundos e a maioria de seus ativos (incluindo a fábrica) foram vendidos para Bernie Ecclestone em 1986.
Na CART a história seguia diferente, a Lola derrotou a grande rival March na temporada 1990 e 1991 e de quebra venceu com Arie Luyendyk a Indianapolis 500 de 1990. Entre 1993 e 2001 a Lola também produziu o chassi para a Indy Lights, que servia de acesso para a CART, substituindo o antigo March 850B que na verdade era um Formula 3000 modificado.
Nesta década a Lola também esteve envolvida em outras 2 iniciativas na F1 que também não deram bons resultados, uma foi com a Larrousse & Calmels entre 1987 e 1990 e a outra derrocada foi com a equipe Scuderia Italia, em 1993.
No final dos anos 1990 a Lola produziu vários protótipos para as corridas estilo Le Mans, começando com o B98/10 que teve sucesso na Europa, mas não repetiu o sucesso nos EUA. Com a chegada das equipes de fábrica investindo pesado, a Lola perdeu competitividade frente aos BMW V12 LMR e Audi R8, mas continuou dominante nas categorias menores (LMP2) vencendo no ALMS (American Le Mans Series).
A Lola tinha intenções de retornar a F1 em 1998 (eles não desistiam!) com uma equipe própria, mas pressões do patrocinador principal do projeto, MasterCard, fez que Lola T97/30 fosse lançado um ano antes do planejado. O patrocínio era ligado aos resultados, o que era uma aposta de alto risco para uma equipe iniciante.
Os carros, com os pilotos Ricardo Rosset e Vicenzo Sospiri, iniciaram a temporada com o ultrapassado motor Ford Cosworth ED e, para piorar, tinham graves problemas de aerodinâmica, afinal nem haviam sido testados em túnel de vento!!!
Lola T97/30 |
Obviamente, os resultados foram desastrosos, os carros eram mais lentos do que a Fórmula 3000 da Lola (!) e após a corrida de estreia na Austrália os patrocinadores se retiraram, o time foi forçado a encerrar atividades com apenas uma corrida, logo depois a Lola Car Company entrou em concordata.
A empresa acabou sendo adquirida por Martin Birrane ainda em 1998, além da Lola Cars o grupo tinha as empresas Lola Aylings (barcos a remo) e a Lola Composites (produção de fibra de carbono).
Ainda temos o final da história da Lola, contada aqui...
A empresa acabou sendo adquirida por Martin Birrane ainda em 1998, além da Lola Cars o grupo tinha as empresas Lola Aylings (barcos a remo) e a Lola Composites (produção de fibra de carbono).
Ainda temos o final da história da Lola, contada aqui...