13/05/2020

What´s your nickname? THE LION

Em nossa série de apelidos de pilotos, vamos lembrar de um dos mais carismáticos pilotos da F1 moderna; Nigel Ernest James Mansell. 
Nascido em Upton-upon-Severn, 8 de agosto de 1953, o "LEÃO" foi um piloto de sucesso, sendo campeão mundial na Fórmula 1 em 1992 e campeão na Fórmula Indy em 1993.
Ao longo de sua carreira Mansell ficou marcado pelo estilo arrojado, mas também de não ter tido muita sorte na F1 em diversas ocasiões. 
Os seus críticos (Piquet e seus fãs, por exemplo) diziam que lhe faltava inteligência, e que isso o levava a cometer erros homéricos e estúpidos, mas no geral os fãs adoravam a sua garra e agressividade nas pistas.
Os principais feitos da carreira de Mansell;
Fórmula 1: 15 temporadas, 187 GP´s, 31 vitórias, 59 pódios, 32 pole positions e 1 título.
Champcar (FIndy): 2 temporadas, 32 corridas, 5 vitórias, 13 pódios, 10 pole positions e 1 título.
Só para confirmar, o apelido que Mansell recebeu veio justamente pela sua forma, digamos, "arrojada e valente" de pilotar...
Veja um pouco mais das suas abaixo:

11/05/2020

VERT-A-PAC

Aqui no blog já falamos de umas coisas estranhas, como uma fábrica com uma pista de testes no telhado, mas que tal transportar os carros da fábrica para o mercado EM PÉ (na vertical)?!?!?!
Parece piada, mas foi sério, mais uma bizarrice dos loucos anos 1970...
Voltando no tempo, até o final dos anos 1960 os vagões padrão para transporte de automóveis novos nos EUA tinham 15 metros, cada vagão levava em média quatro sedãs em 2 níveis (2 carros em cima e 2 carros embaixo). 
Era um modelo de transporte que garantia traslados seguros, mas não era eficiente, pois o peso da carga transportada ficava muito abaixo da capacidade de carga total dos vagões
Ainda que o tamanho dos vagões evoluíram para 27 metros, podendo levar até quinze automóveis em racks de três níveis, o peso máximo de carga por vagão nunca conseguiu ser plenamente aproveitado. 
Ou seja, nunca foi um meio de transporte 100% eficiente!
Foi nesta época que a Chevrolet começou a desenvolver o VEGA, um modelo médio para ter grande penetração no mercado. Para ter sucesso no projeto, uma das premissas era manter o custo do novo carro em torno de US$2.000,00. 
Para chegar nesse resultado a GM adotou diversas novidades, foi um dos primeiros projetos que considerou toda a cadeia produtiva, não apenas o desenvolvimento do carro e a linha de montagem.
Analisando os custos de transporte, o valor do frete de um vagão da fábrica de Lordstown para a costa oeste (maior distância entre a fábrica e lojas) chegava a US$4.800,00, no caso do VEGA, um subcompacto, seria possível colocar 18 carros no vagão, mas mesmo assim o custo do transporte seria caro para a proposta de preço final do VEGA.
Para resolver este problema os engenheiros da GM e da Southern Pacific Railroad quebraram a cabeça e chegaram numa solução "inteligente", o sistema VERT-A-PAC.
No sistema VERT-A-PAC os carros seriam colocados verticalmente em um auto-rack especial, a ideia era chegar a 30 automóveis no mesmo vagão de 27 metros e atingindo os custos de transporte desejados.
Porém, um problema "resolvido" causou "novos" problemas...
Os carros deveriam ser entregues prontos, com fluidos e óleos, para o cliente sair dirigindo da concessionária, mas com o carregamento vertical haveria vazamentos e outros problemas.
Os engenheiros tiveram que desenvolver diversas adaptações; um defletor de óleo de motor especial para impedir que o óleo vazasse no primeiro cilindro, baterias com tampas de enchimento modificadas para evitar vazamentos, tubo de drenagem do carburador para drenar gasolina para o recipiente de vapor e até um novo recipiente do lavador de para-brisa. 
Novos espaçadores foram instalados para evitar danos aos suportes do motor e da transmissão, que tinham de ser removidos quando os carros fossem descarregados.
Então, com o transporte resolvido, como o carro saiu-se no mercado?
Chevrolet VEGA
Apesar do forte apelo popular no lançamento em 1971, ao longo dos anos seguintes o VEGA ganhou uma MÁ reputação de confiabilidade; ferrugem, segurança e baixa durabilidade do motor foram prejudicando gradativamente suas vendas (por US$2.000,00 alguém esperava muito mais?).
Por fim, em 1977 o VEGA saiu do mercado e com ele o sistema VERT-A-PAC foi abandonado.
Mesmo sendo mais barato, o motivo principal foi que este sistema acabou ficando especializado demais para ser usado ​​com qualquer outro modelo... 
Ou seja, foi o sistema VERT-A-PAC foi vítima das suas próprias "qualidades".

04/05/2020

Carros Feios (Parte 5)

Vamos mais um capítulo (parte 4) na nossa série de carros "feiosos"?
Agora com mais 3 modelos; um inglês (simpático), um japonês (esquisito) e outro americano (polêmico) que até é bom conhecido por aqui...
13) Reliant Robin
Um carro ou um triciclo? Feio ou simpático?
O Robin é um carro inglês de 3 rodas  (alias, onde mais um "Three-wheeler" existiria senão na Inglaterra?) que foi fabricado pela Reliant Motor Company, de Tamworth.
Foi lançado em 1973, o modelo MKI usava um motor de 750 CC e pesava apenas 450 kg, a despeito do seu desempenho, estabilidade e segurança "questionáveis", o carrinho conseguiu muitos fãs nos anos 1970.
Ah, a solução das "3 rodas" foi motivada para enquadra-lo em faixas de imposto menores em UK, assim teria um preço final mais baixo.
A produção do Reliant Robin foi encerrada em 2002, o carro não chegou a ser fabricado em outros países.
14) Nissan S-Cargo
Com a proposta de ser uma van com visual "futurista", a Nissan lançou a S-Cargo dizendo ser uma inspiração da clássica Citroën 2CV Fourgonnette.
Mas.... O carro também acabou ficando conhecido no mercado como "escargot". 😨😨
Porque será?
Os números das vendas falam melhor desta van "futurista" do que a nossa opinião; foram produzidas apenas 8.000 unidades entre 1989 e 1992.
Moral da história, não que uma entrega bem feita dependa de uma van bonita, mas...
15) Chrysler PT Cruiser
O design era assinado pelo renomado estilista norte americano Bryan Nesbitt, diz-se que no projeto uniram características de antigos clássicos, imponência e modernidade!
Jura??? 
Justificativas a parte, este estilo "retrô" foi até complicado de ser categorizado, nos EUA nasceu como utilitário e hoje é considerado um hatchback, já no Brasil era um sedan...
Mas, na boa, a categoria do modelo não muda nada as reações ao visual do carro, mais um daqueles casos de "ame ou odeie"!.
Tanto é verdade que mundo afora foram produzidos cerca 1.350.000 unidades entre 2000 e 2010, o que não é uma produção tão ruim assim.
Assim fechamos este post com o mote desta série; gosto não se discute! 
Até breve com mais um capítulo.

27/04/2020

Hot Logo - Audi

Faz um tempo que não falamos da evolução dos logos das grande montadoras, voltamos com uma marca com história legal e complexa...
A WANDERER foi fundada em 1885, tornando-se posteriormente uma filial da AUDI AG, em 1899 a HORCH foi fundada pelo engenheiro August Horch.
Essas fabricantes se juntaram a DKW, que foi fundada em 1902, levando a criação da AUTO UNION em 1932.
Após a WWII a empresa retomou a produção em 1949. 
Nos anos 1960 a Auto Union foi adquirida pela Volkswagen da Daimler-Benz, a VW decidiu fundir a empresa com a NSU Motorenwerke, relançando a marca AUDI em 1969.

20/04/2020

Virgil Exner

A Itália é merecidamente reconhecida como referência (GhiaBertonePininfarinaScagliettiGiugiaro Zagato) em estilo automotivo, mas (ainda bem) outros gênios não italianos merecem muito reconhecimento, Virgil Max "Ex" Exner Sr. é um deles.
Nascido em 24 de setembro de 1909 em Ann Arbor, Michigan, "Ex" foi adotado por George W. e Iva Exner quando era um bebê. 
Cursou a Buchanan High School, em Buchanan, Michigan e em 1926 começou a estudar artes na Universidade de Notre Dame, Indiana, mas teve que desistir após dois anos por falta de dinheiro.
Exner conseguiu um emprego como ajudante num estúdio de arte e publicidade, chegando a ser responsável pelos anúncios de caminhões da Studebaker. Lá conheceu a sua futura esposa Mildred Marie Eshleman, com quem casou-se em 1931.
Conseguiu o seu primeiro trabalho em design na GM, contratado simplesmente por Harley Earl, em 1935 aos 24 anos tornava-se encarregado do estilo da Pontiac.
Em 1938 entrou na "Loewy and Associates" de Raymond Loewy, onde trabalhou em veículos militares da WWII. Exner era incentivado por Roy Cole, vice-presidente de engenharia da Studebaker, a tentar outros ares, muito por conta do seu relacionamento difícil com Loewy, tanto que foi demitido em 1944.
Acabou sendo contratado pela Studebaker em South Bend, Indiana, realizando os primeiros projetos de carros com novos estilos lançados após a WWII. Ele foi o designer do aclamado Studebaker Starlight cupê (1947), mas por conta da fama e publicidade o reconhecimento ficou com Raymond Loewy. 
Essa rivalidade, e o mau relacionamento com Loewy, levou Exner a deixar definitivamente a Studebaker em 1949, quando foi trabalhar no "Grupo de Estilo Avançado" da Chrysler, nascendo uma grande parceria com Cliff Voss, Maury Baldwin e também Luigi "Gigi" Segre da Carrozzeria Ghia SpA. 
Essa forte ligação, profissional e pessoal, produziu grandes projetos na década de 1950, tais como o Chrysler K-310 (1952), a série Dodge Fire Arrow, o Chrysler d'Elegance e o DeSoto Adventurer.
Exner revolucionou o design automotivo com a linha de automóveis "Forward Look", utilizado na Chrysler entre 1955 até 1963 e responsável por resgatar as vendas da empresa. Ele abaixou a linha do teto tornando os carros mais elegantes, suaves e agressivos, além de abusar no uso das barbatanas traseiras, seus carros pareciam em movimento mesmo quando estacionados.
O estilo "Forward Look" foi copiado pela concorrência antes mesmo dos projetos chegarem as lojas, dizem que o designer da GM Chuck Jordon teve acesso aos projetos e ficou impressionado, então os levou para o chefe de estilo da GM Bill Mitchell e decidiram imediatamente redesenhar as linhas de carros da GM, da Chevrolet ao Cadillac...
Exner definitivamente mudou o mundo do design automotivo. Antes os projetos eram assinados por engenheiros em vez de projetistas, mas ele mudou essa estrutura incluindo os protótipos de argila e os modelos de moldes usados na produção. O Chrysler 300C de 1957, projetado desta forma, teve impacto em toda a indústria automotiva de Detroit.
Virgil Exner manteve a aproximação profissional e pessoal com Luigi Segre, ele ajudou o estúdio Ghia a atender um desejo de Willhelm Karmann para apresentar um projeto para a Volkswagen. No fim, o projeto tinha muitas semelhanças com os conceitos do Chrysler D'Elegance e K-310, dos quais o estúdio Ghia criou os protótipos. 
Nunca ficou muito claro até onde vai a participação de cada um neste projeto, o fato e que Exner ficou muito satisfeito quando viu o Karmann Ghia e Segre enviou a ele o primeiro modelo de produzido. O VW Karmann Ghia estreou no Paris Auto Show de 1955, teve mais de 445.000 unidades em 19 anos de produção (e estilo praticamente inalterado).
Plymouth XNR
No final dos anos 50 as barbatanas começavam a ser estilisticamente questionáveis no mercado americano, viraram um símbolo do excesso. 
Em 1956, Exner sofreu um ataque cardíaco, mas retomou o trabalho em 1957 e em 25 de julho foi eleito o primeiro vice-presidente de estilo da Chrysler. 
O presidente da Chrysler, Lester Lum "Tex" Colbert, pressionava Exner e sua equipe a reduzir o tamanho dos carros, pois especulava-se que a grande rival GM estava fazendo o mesmo. Apesar de ser contra, Exner e a equipe mudaram toda a linha Plymouth e Dodge para 1962, mas depois descobriu-se que tudo era um falso boato, o resultado também foi uma grande queda nas vendas.
Chrysler D'Elegance

A Chrysler precisava de um bode expiatório e destituiu Exner do cargo de vice-presidente de estilo, oferecendo o cargo de consultor e uma aposentadoria aos 55 anos. Exner foi substituído por Elwood Engel, que estava vindo da Ford.
Virgil Exner continuou dando consultoria para muitas empresas, em especial com a Ghia, em seu escritório em Birmingham, Michigan. Junto com o seu filho, Virgil Exner Jr., projetaram embarcações para a Buehler Corporation, a participação na iniciativa de renascer a Duesenberg em 1963 não deu certo, mas foram fundamentais no Stutz na década de 1970.
Exner morreu de insuficiência cardíaca em 22 de dezembro de 1973, no Hospital William Beaumont, em Royal Oak, Michigan, deixando um belo legado do "The fin Man", com um estilo criativo e inovador único e eterno.
STUTZ
Lista de veículos projetados por Exner
DeSoto (1955-1961) 
Studebaker Champion
Studebaker Starlight
Chrysler C-200 (19520
Chrysler Sports Coupe d'Elegance Concept (1953 posteriormente VW Karmann Ghia)
Chrysler New Yorker (1956)
Chrysler 300C
Chrysler Imperial (1955-1961)
Chrysler Diablo Concept (1957 com Ghia)
Plymouth Savoy
Plymouth XNR
Plymouth Belvedere
Plymouth Fury
Plymouth Suburban
Plymouth Valiant
Dodge Coronet
Dodge Firearrow Concept
DeSoto (1961)
DeSoto Adventurer
Bugatti Concept (1965 com Ghia)
Mercer-Cobra Concept (1965)
Duesenberg Prototype (1966 com Ghia)
Stutz Blackhawk