Falamos neste post que a Trans-Am poderia acabar, mas não acabou...😀😀
No final dos anos 1970 a categoria sofria com a concorrência crescente da categoria rival IMSA GT, que permitia carros mais "exóticos" (como Ferraris e Porsches) em comparação a Trans-Am, que era dominada pelos sedãs do mercado americano.
A Trans-Am teve que se reinventar para entrar nos anos 1980, mudou o regulamento aso poucos recuperou boa parte da relevância do passado, atraindo novamente bons pilotos e equipes. David Hobbs, Greg Pickett e Willy T. Ribbs foram alguns dos pilotos dominantes e a Roush a equipe a ser batida.
Nesta época também tivemos um piloto, que era ator nas horas vagas (rsss), chamado Paul Newman que fez história com o seu Datsun (Nissan) 300ZX Turbo.
Em 1989 o Audi 200 Quattro Trans-Am de Hurley Haywood, Walter Röhrl e Hans-Joachim Stuck massacraram a concorrência, eles venceram oito das treze etapas e deram à Audi o primeiro e único campeonato de fabricantes, o único de um carro com tração integral também.
No começo da década de 1990 a Trans-Am se voltou para fabricantes americanos e seus V8, até a ascensão da Jaguar na virada do milênio. Neste período a Chevrolet levou 6 campeonatos de fabricantes e 6 de pilotos, em 1997 com Tommy Kendall teve o recorde de 11 vitórias consecutivas, levando o seu terceiro campeonato consecutivo. As 28 vitórias e 4 campeonatos de Kendall perdem apenas para as 29 vitórias de Mark Donohue e as 31 vitórias e 5 campeonatos de Paul Gentilozzi.
Para os anos 2000 aconteceu uma nova, e profunda, mudança de regras, as asas traseiras foram legalizadas, motores injetados e novas marcas, tradicionais como o Jaguar KKR e pequenos fabricantes como a Panoz com o Esperante e a Qvale com o modelo Mangusta, a Trans-Am seguiu com o mesmo nome, mas voltou a perder importância.
Paul Gentilozzi |
Em 2006 apenas duas corridas foram realizadas em Heartland Park Topeka e em 2007 e 2008 não houve corridas da série Trans-Am.
Muitos pensaram ser o fim da série, mas em 2009 a Trans-Am retornou com 8 corridas e novos patrocinadores, foram criadas as classes "TA1" e "TA2", que eram as classes SCCA GT-2 e GTA, além da nova classe "TA3" que era classe SCCA GT-3.
Na temporada de 2011 foi introduzida uma classe para carros esportivos de produção, como o Ferrari F430 Challenge e Porsche GT3 Cup. Em 29 de setembro daquele ano a SCCA anunciou que a Trans Am Race Company, LLC assumiu o gerenciamento da série Trans-Am da SCCA Pro Racing Ltd.
A série voltou a crescer e, no final de 2016, a Trans Am Race Company (TARC) anunciou que, após uma longa ausência, a Série Trans Am retornaria à Costa Oeste com o "Campeonato Trans Am West Coast" em parceria com a Sportscar Vintage Racing Association (SVRA).
No ano seguinte a SCCA Pro Racing e a TARC renovaram a parceria garantindo corridas da série nas mais importantes pistas dos EUA como Belle Isle, Willow Springs, Sonoma, Circuit of The Americas e em Indianapolis.
Em 2018 foram adicionados vários campeonatos regionais no norte e do sul dos Estados Unidos.
Ao longo de sua história a Trans-Am teve provas nos EUA, Canadá, México e até San Juan, Porto Rico (em 2003), atualmente a série consolida mais um renascimento, mantendo a variedade de carros de turismo e configurações de motor. Definitivamente, diversidade de marcas, pistas e carros sempre foi uma das características mais importantes série Trans Am, que siga assim...