13/02/2020

Playlist California - California Soul

Retomando a nossa playlist com músicas com "California" no nome, nada mal adicionar um pouco de Jazz / Blues com Marlena Shaw...
Marlena foi mais um talento descoberto em 1966 pela gravadora Chess Records de Leonard Chess, ele que "adorava" presentear seus astros com Cadillacs. 
Vale a pena assistir o filme Cadillac Records e conhecer um pouco desta história.

Like a sound you hear
That lingers in your ear
You can't forget
From sunrise to sunset
It's all in the air
You hear it everywhere
No matter what you do
It's gonna get a hold on you
California soul
California soul
They say the sun
Comes up every morning
And if you listen carefully
The winds that ride
On the high tide
Whistle a melody
So the people started to sing
And that's how the
Surf gave birth untold to
California soul
California soul
When you hear the beat
You wanna pat your feet
And you've gotta move cause
It's really such a groove
Puts a brand new kind of
Thinking in your mind
And you can't go wrong
'Cause you're happy all day long
California soul
California soul
They had the melody and the beat
But it still didn't seem complete
Until they saw two lovers kissing
They knew just what was missing
So happy they were
Rocking and reeling
Because they added
That loving feeling
To California soul
California soul
California soul
Now if they move you
Will it move you
It can groove, you, baby
California soul
California soul, yeah
California soul
Satisfaction, darling

10/02/2020

Mille Miglia (Parte 1)

Mille Miglia 1927
Aqui no blog já falamos sobre famosas (e perigosas) corridas de rua, Targa Florio, Vanderbuilt Cup e a Carrera Panamericana, faltava contar um pouco daquela que, talvez, tenha sido a mais icônica prova de estradas: Mille Miglia.
Essa história, na verdade, começa como uma boa "vendetta" bem a italiana...
No começo do século 20 a cidade de Brescia se considerava o berço do automobilismo italiano, motivo de orgulho para seus cidadãos, mas em 1922 eles ficaram chocados quando o GP da Itália foi transferido para Milão, por conta de uma nova pista chamada "Autodromo Nazionale Monza" 😏😏 que seria administrada pelo "Automobile Club de Milano" clube rival de Brescia e, para piorar, o GP começou a ser dominado por marcas estrangeiras.
Nuvolari e o Alfa Romeo 6C
Decididos a recuperar o orgulho ferido da cidade, o Conde Aymo Maggi, Giovanni Canestrini (reporter automobilístico), Conde Franco Mazzotti e Renzo Castagneto decidiram criar um novo evento automobilístico...
Para eles construir um novo autódromo seria copiar os rivais de Milão, então idealizaram uma nova e grandiosa corrida de estrada. A corrida começava em Brescia, passava por Roma e terminaria em Brescia (Brescia-Roma-Brescia), a distância seria de aproximadamente 1.600 quilômetros, ou mil milhas romanas, assim nasceu a Mille Miglia.
Inicialmente a prova foi restrita aos carros de produção não modificados, a taxa de inscrição era 1 lira, a primeira edição da prova ocorreu em 26 de março de 1927 com 77 carros (todos Italianos) e o vencedor foi Giuseppe Morandi com um OM de 2 litros, ele completou o percurso em 21 horas e 5 minutos, com a média de quase 78 km/h (48 mph).
Caracciola e o SSKL
O "Ás" Tazio Nuvolari venceu a edição de 1930 ao volante de um Alfa Romeo 6C, mas conta-se uma história inusitada, Nuvolari venceu seu companheiro de equipe Achille Varzi se aproximando a noite com os faróis apagados. 
A edição seguinte de 1931 marcou a vitória do primeiro piloto estrangeiro na prova, quando o alemão Rudolf Caracciola com um Mercedes-Benz SSKL venceu, também foi a primeira vez que a média ficou acima de 100 km/h (63 mph).
Porém, infelizmente, nem tudo era uma festa do esporte a motor. Como em outras corridas de estradas a Mille Miglia teve muitos e graves acidentes, a velocidade crescia e também a repercussão negativa junto a imprensa e o público em geral, tanto que o líder italiano Benito Mussolini decidiu proibir a prova em 1938. 
Após algum lobby e promessas de melhorar a organização, a corrida retornou em 1940 e neste ano tivemos uma estreia importante; o primeiro carro construído por Enzo Ferrari, o tipo 815 da AAC (Auto Avio Costruzioni).
Mas, logo veio a segunda a segunda Guerra Mundial e a prova foi interrompida de novo até 1947... (assunto para estes post).
A primeira "Ferrari"; o 815 da AAC

05/02/2020

What´s your nickname? O ESCOCÊS VOADOR

Sei lá, tanta discussão (inútil) sobre quem é o melhor da F1; Schumacher, Hamilton, Senna, Fangio, Prost...
Para mim "o cara" é esse cara, James Clark Jr., nascido em 4 de março de 1936 em Kilmany, Escócia, daí o apelido até certo ponto nada original; O escocês voador.
Obviamente nunca o vi correr, mas pelo que já pesquisei e vi depoimentos de outros pilotos parece mesmo que Jim Clark era de outra dimensão, isso numa época que a concorrência era de caras como Phil Hill, John Surtess, Stirling Moss, Graham Hill, Jack Brabham, Denny Hulme, ou seja, a conversa era em outro nível...
Números de Jim Clark na F1
Temporadas: 1960–1968 (68 incompleta)
Títulos:  2 (1963 e 1965)
GP's disputados:  73
Vitórias:  25 (34% dos GP's disputados)
Pódios:  32 (43% dos GP's disputados)
Pole positions:  33 (45% dos GP's disputados)

20/01/2020

Carros Feios (Parte 3)

Depois de 2 posts (aqui e aqui), mais três modelos "sui generis" de carros que não causam muitos suspiros ao passarem pelas ruas;
7) Subaru Impreza Casa Blanca
Pegando a onda de carros retrô que invadiu o mercado americano na década de 1990 (New Beetle, PT Cruiser, Chrysler Prowler, etc), a Subaru teve a ideia "genial" de oferecer uma edição limitada do Impreza Sports Wagon, chamado de Casa Blanca!
O modelo foi fabricado entre 1999 e 2000 e teve 5.000 unidade produzidas, nem precisa dizer porque só isso, aliás, dizem a inspiração veio dos Rolls Royce e Bentley´s ingleses.
Na boa, não sei se a justificativa não é pior do que o produto final!!!
8) AMC Pacer
Típico exemplo de um carro feio, mas tão feio, que até fica simpático...
O Pacer foi um modelo compacto da American Motors Corporation, de duas portas, fabricado entre 1975 até 1979.
Tinha um estilo bem diferente para a época, o curioso era que 37% da área da carroceira era vidro. Na edição de maio de 1976, a revista Car and Driver o apelidou de "The Flying Fishbowl", algo como "aquário voador" em tradução livre.
Pelo seu tamanho e motorização o Pacer poderia ter vendido muito, aproveitando a época da crise de petróleo quando foi lançado, mas digamos que o "estilo" não ajudou muito.
9) Toyota Corolla (1998)
O Corolla começou a ser fabricado no Brasil em 1998, na então nova fábrica da Toyota em Indaiatuba, em São Paulo. 
Seria a 8a geração do modelo, mas não sei bem porque os carros fabricados nesse ano de estreia foram de um modelo "diferente", e pelo que nos consta exclusivo do Brasil.
A grade dianteira rapidamente passou a ser associada pelos consumidores a uma grade de churrasqueira! Pudera!
Agora, não sei o que dizer dos 1.981 predestinados que compraram um modelo destes...
Gostaram? Em breve a quarta parte desta saga... 

18/01/2020

Art Himsl

Aqui neste Blog adoramos reverenciar os grandes ícones da Kultura Kustom e da customização de carros e motos, nomes como Ed Roth, Gene Winfield, Vic Edelbrock, Barney Navarro,  Dean Moon e outros, por isso chegou a vez de falarmos de Art Himsl, um dos maiores quando se fala de pintura customizada.
Nascido em 21 de março de 1940 em Saint Cloud, Minnesota, o pai de Art era agente do FBI, em 1946 decidiu deixar a agência. Ele pegou a família (esposa e 4 filhos) e mudaram-se para San Diego, depois em 1949 mudaram-se novamente para Concord, vivendo um bom tempo na casa de parentes até se estabelecerem de vez.
Nessa época, com apenas 10 anos, Art já começou a pintar carros iniciando com um Ford 1936, aos 13 anos ele já comprava o seu primeiro carro onde testava novas técnicas de pintura. 
Começou usando um pulverizador de insetos para jardim, óbvio que não funcionou tão bem e depois partiu para as latas de spray, mas quando usou 13 latas de tinta para fazer apenas um para-choque, Art decidiu que deveria comprar uma pistola e um compressor.
Naturalmente, Art tinha um grande talento natural e ideias criativas, mas cansado de tentativas e erros decidiu entrar para a Faculdade de Artes e Ofícios da Califórnia, em Oakland, foi onde ele aprimorou seus conhecimentos sobre teoria das cores, escultura, desenho, pintura e design. 
Foi nessa escola também que Art conheceu Ellen, que também era artista, e que acabou sendo a sua primeira e única esposa.
Aos 23 anos Art decidiu largar os estudos para trabalhar e abrir sua própria loja, a primeira funcionou em sua garagem, em 1963. 
Art conseguiu um emprego na Aerojet em San Ramon, Califórnia, durante o dia ele trabalhava pintando foguetes por US$3,75 a hora e a noite praticava sua verdadeira paixão, pintando carros em sua casa/garagem.
Naquele ano o seu irmão mais novo, Mickey, construiu um Ford T e Art pintou o carro, com flocos de metal violeta, colocaram um estofamento branco e o carro fez muito sucesso,  sendo até capa da revista Rod & Custom da edição de junho de 1963. 
No ano de 1965, Art decidiu investir para valer na sua oficina, aliás a oficina era tão pequena que não cabia nem um Cadillac. Junto com seu parceiro Ned Stilinovich abriram uma nova loja no centro de Concord em 1968, a esposa Ellen também ajudava no projetos, aplicando caricaturas e fotos pintadas à mão.
Naquela época eles já começavam a colecionar prêmios em diversos eventos e shows, em 1970 o trabalho de Art chamou a atenção do famoso customizador Andy Brizio, Andy o contratou para pintar o seu próximo projeto: um C-Cab de John Bonham, baterista do Led Zeppelin, mais tarde o carro apareceu no filme "The Song Remains the Same". 
Nessa época Art também se aventurou a pintar barcos de corrida (hydro boats) de até 40 pés, bem maiores e mais complexos do que pintar carros.
O sucesso, principalmente com a pintura customizada de vans, trouxe um bom dinheiro para Art e seus parceiros, tanto que 21 anos depois ele conseguiu comprar de volta a “Old Himsl House”, a casa onde sua família morou com seus tios em 1949 quando  mudaram-se de San Diego para Concord. Art e sua família vivem nessa mesma casa até hoje!
Com o passar dos anos Art ficou entediado com a rotina de negócios, foi quando ele decidiu fechar a loja em 1985, mas em 1988 Art foi procurado novamente por Andy Brizio para fazer um trabalho especial numa van, isso reacendeu a motivação e ele voltou a praticar sua paixão 🙏🙏.
Durante a década de 1990 foi Art Himsl quem fez quase todos os trabalhos de Andy e seu filho, Roy Brizio, em 1995 ele venceu o prêmio "Builder of the Year" do Grand National Roadster Show.
Atualmente, aos 80 anos, Art continua na ativa, mas aceita apenas projetos selecionados, ah, e com hora marcada! 
Torcemos para que ele continue fazendo estes trabalhos fantásticos por muitos anos.😎😎😎
Se quiser saber (ou ver) mais, visite o seu site e veja alguns dos seus projetos sensacionais em 40 anos de carreira.