21/08/2014

Vanwall

O início da década de 50 marcou a consolidação da F1 como elite do automobilismo mundial, grande parte deste sucesso aconteceu porque os melhores pilotos da época (Fangio, Ascari, Farina ou Hawthorn) estavam na F1, mas também foi muito importante a participação direta das grandes montadoras de então, como Mercedes, Alfa Romeo, Maserati e Ferrari. 
Isso queria dizer que se você quisesse vencer na F1, teria que estar em um dos carros oficiais da Mercedes e seus flecha de prata ou dos carros vermelhos italianos. 
Já o final da década de 1950 e início da década de 1960 marcou um outro importante período, de transição técnica e esportiva, com o início da utilização dos motores traseiros e o nascimento de importantes equipes “garagistas”, principalmente no Reino Unido, como BRM, Cooper e a VANWALL.
A equipe foi fundada pelo magnata Tony Vandervell, o nome da equipe derivou da combinação do nome do proprietário com o nome da sua empresa rolamentos “Thinwall” em Acton, Londres. Os primeiros carros de corrida da equipe nada mais eram do que modelos Ferrari rebatizados de "Thinwall Specials". 
A equipe construiu seus primeiros carros para a temporada de 1954, o projeto do chassi foi de Owen Maddock e a construção pela Cooper Car Company. Uma particularidade interessante foi o motor de 2 litros projetado por Leo Kuzmicki, que era engenheiro da fabricante de motocicletas Norton. Na realidade o motor nada mais era do que a junção de quatro motores Manx monocilíndrico de 498 cc, o cabeçote era cópia da Norton e a alimentação ficava a cargo de quatro carburadores de motocicleta Amal. 
No final da temporada de 1955 era consenso que a grande fragilidade da equipe estava no chassis, então para melhorar a situação dizem que um motorista da equipe sugeriu ao próprio Vandervall contratar os serviços de um jovem amigo e talentoso projetista. O nome do tal projetista era Colin Chapman! 
Com as coisas se desenvolvendo, Stirling Moss decidiu entrar para a equipe em 1957 e junto com ele vieram os também talentosos ingleses Tony Brooks e Stuart Lewis-Evans. Veio a primeira vitória no Grande Prêmio da Inglaterra de 1957, com Moss e Brooks com o modelo VW 5. 
A Vanwall tornou-se a primeira equipe britânica a construir um carro e vencer uma corrida de F1, eternizando a cor “British Green” como marca das equipes inglesas. Também foi a primeira equipe a vencer o recém-criado campeonato mundial de construtores da F1 em 1958, não foi pouco! 
O ano de 1958 foi o melhor da equipe, além de sagrar-se campeã de construtores os seus pilotos Stirling Moss e Tony Brooks foram respectivamente segundo e em terceiro no mundial de pilotos, venceram três corridas cada (Moss venceu na Holanda, Portugal e Marrocos e Brooks na Bélgica, Alemanha e Itália). Moss perdeu para Mike Hawthorn da Ferrari por apenas um ponto, mas o mais triste da temporada foi o acidente fatal de Lewis-Evans na última corrida do ano em Marrocos. 
Infelizmente, este também foi o ano que marcou o começo do declínio da equipe, om a saúde debilitada Vandervell foi aconselhado a descansar e a equipe foi perdendo o seu entusiasmo, até encerrar a sua participação na F1 em 1961, quando chegou a se apresentar com um carro com motor traseiro. 
Em 2003 a marca Vanwall Cars foi resgatada e chegaram a produzir o modelo GPR V12, um carro monoposto legalizado para estradas e outro similar de dois lugares. 
Mesmo sendo curta, foi escrito uma bela história daquela que muitos consideram como a equipe que construiu os melhores carros de F1 com motor traseiro. 
Os números do time na F1; 
1957 – 6 corridas, 2 poles, 3 vitórias e 4 pódios. 
1958 – 9 corridas, 5 poles, 6 vitorias e 9 pódios (campeã de construtores da F1, vice-campeã de pilotos)

17/08/2014

SCTA

Falar sobre Hot Rods é certamente é um dos melhores assuntos do mundo, agora não vamos falar de personalidades ou de carros, vamos falar de uma associação! 
Mas não é uma associação qualquer, porque esta é simplesmente a mais antiga organizadora de corridas em atividade nos Estados Unidos! 
O S.C.T.A. (South California Timing Association) realizou a sua primeira reunião em 29 de novembro de 1937, com a participação de 
sete auto-clubes locais, na ocasião Art Tilton foi nomeado como primeiro secretário.
Desde o começo de suas atividades o grande objetivo da SCTA foi organizar as corridas e tentativas de quebra de recordes de velocidade, que eram eventos cada vez mais frequentes (e perigosos) nos lagos secos do oeste dos EUA.
Uma das principais preocupações neste sentido foi estabelecer regras para tornar  as corridas e recordes mais seguros para pilotos e público, no início o SCTA atuou em conjunto com outra organização (coirmã) chamada BNI (Bonneville Nationals Incorporation).
Ainda hoje a SCTA atua como uma organização sem fins lucrativos, servida apenas por voluntários e composta por clubes e associações independentes – Ótimo exemplo para nós brasileiros, que carecemos tanto de senso coletivo. 
A estrutura organizacional é simples e eficiente; Existe um Conselho de Administração composto por cinco conselheiros (presidente, vice-presidente, secretário, tesoureiro e um legislador) eleitos pelos clubes membros. 
O mandato destes conselheiros é de um ano e podem ser reeleitos para mais um ano, após este período o conselheiro eleito não pode exercer outros cargos administrativos por pelo menos um ano.
As principais responsabilidades do estatuto da SCTA são;
1) Garantir o cumprimento das normas Americanas para uso de terras públicas.
2) Fiscalizar o cumprimento das normas de segurança para competidores e espectadores.
3) Realizar inspeções técnicas dos veículos, cronometragem das tentativas de recorde e manter os registros dos recordes por classe.
4) Manter e zelar por todos os registros históricos dos recordes.
Simples e eficiente!
A primeira "Semana da Velocidade" do SCTA foi realizada em 1949 em Bonneville Salt Flats em 1949, o evento foi o resultado de um esforço de Wally Parks, então seu secretário executivo, foi aqui que os pilotos começaram a correr "contra o relógio". 
SCTA realiza todos os anos 2 eventos em Bonneville Salt Flats, em Utah, iniciando com o “Speed Week” que acontece normalmente em agosto e o “World Finals” em outubro. A associação também é responsável pelos eventos em El Mirage Dry Lake no sul da Califórnia, onde geralmente são realizados seis eventos ao ano (dependendo das condições climáticas).
Longa vida para a SCTA!!! 

05/08/2014

Tourist Trophy


Dizem que a diferença entre ser um piloto e um jogador (futebol, vôlei, basquete, etc) é que para ser jogador é necessário ter apenas uma bola. Ok, Isso é uma verdade! Então nesta linha de raciocínio para ser competidor do Touristy Trophy (TT) em Man Isle é preciso ter três bolas!!!!! No final do post você vai concordar... 
O “Isle of Man Tourist Trophy Race” é uma corrida é realizada em formato contra relógio em vias públicas, especialmente fechadas e preparadas para a corrida, ocorre tradicionalmente entre a última semana do mês de maio e a primeira semana de Junho. O traçado mudou ao longo do tempo, mas continua sendo um evento muito perigoso onde mais de 240 pilotos morreram em mais de 100 anos de competição.
A história inicia em 1903 com as proibições para correr em estradas da Grã-Bretanha, graças a uma lei do Parlamento que definiu o limite de velocidade em incríveis 20 mph! Em 1904 foi estabelecida uma medida conciliatória e foi permitido estabelecer um circuito aberto de 52,15 milhas na Ilha de Man, ainda hoje conhecido como "Highlands", para corridas de carros. O primeiro vencedor foi Clifford Earl (Napier) em 7 horas 26,5 minutos para 5 voltas (255,5 quilômetros). 
No ano seguinte decidiu-se executar uma corrida para motocicletas, mas um acidente de Ramsey Hairpin, um dos favoritos, e da incapacidade das motos para subir as montanhas forçou os organizadores a mudar para um traçado para 25 milhas, que deu origem ao conhecido “Snaefell Mountain”, o vencedor após 5 voltas (125 milhas) foi J.S. Campbell (Ariel) em “inacreditáveis” 4 horas, 9 minutos e 36 segundos a uma velocidade média de 30,04 mph.
O primeiro “Isle of Man TT Race” ocorre em 1907, o vencedor da categoria monocilindro foi Charlie Collier a uma velocidade média de 38,21 mph e o vencedor da classe de dois cilindros foi Rem Fowler em uma moto Norton (primeira vitória da marca) a uma velocidade média de 36,21 mph. O TT de 1914 foi o último antes da Primeira Guerra Mundial e outro evento só ocorreu em 1920. Nesta década as condições da estrada começaram a melhorar e com isso também os recordes de velocidade, o recorde de volta de 1920 foi 55,62 mph e até nova pausa por conta da 2º. Guerra Mundial os recordes chegaram a mais de 90 mph por volta. A edição de 1923 viu a introdução da primeira corrida de “sidecar” vencida por Freddie Dixon e Walter Perry e na categoria JR. (350cc) Stanley Woods conseguiu a primeira de suas dez vitórias TT.
Após uma pausa de oito anos, o Isle of Man TT voltou em 1947, o evento fez parte do campeonato mundial da FIM no período de 1949-1976, antes do GP oficial ser transferido para o Reino Unido por preocupações de segurança.  Em 1949 o TT se tornou um ícone para o Campeonato do Mundo de Motociclismo e esse status trouxe a nata dos pilotos como Carlo Ubbiali, Tarquinio Provini, Geoff Duke, Bob McIntyre, Bill Lomas e Ken Kavanagh, também marcou o notável surgimento de fabricantes italianos como Mondial, MV Augusta e Gilera. Em 1957, o escocês Bob McIntyre tornou-se o primeiro piloto atingir 100 mph em uma volta do circuito “Snaeffel Mountain”.
Os anos sessenta e início dos anos sessenta são conhecidos como a era de ouro do TT, pilotos como John Surtees, Mike Hailwood, Giacomo Agostini, Phil Read e Jim Redman competiam regularmente. Entre 1965 e 1972 Agostini conseguiu 11 vitórias, enquanto em 1967 Hailwood estabeleceu um novo recorde de volta em 108,77 mph que durou por mais de 11 anos. Foi nesta época que tivemos a primeira aparição de uma empresa japonesa novata, uma tal Honda. A batalha entre Giacomo Agostini (MV Agusta) e Mike Hailwood (Honda) em 1967 é considerada por muitos como a maior da historia da corrida.
A partir do final dos anos setenta o TT começou a seguir uma trilha própria, se distanciando (pilotos, regulamento, motos) dos mundiais de velocidade. Nesta época começaram a surgir talentos como do lendário Joey Dunlop.
Os anos oitenta foram dominados por Dunlop, ele cravou 115 mph em uma volta em 1980, e em 1983 ganhou o primeiro de seis torneios consecutivos Fórmula TT de Honda. 
Em 1992 foi também o ano em Joey Dunlop igualou o recorde de Mike Hailwood de 14 vitórias do TT ao vencer em sua Honda 125cc. Em 1992 também tivemos a chegada do Campeão Mundial de Superbike Carl Fogarty, que travou corridas épicas com Steve Hislop. 
Aos 48 anos, Joey Dunlop registrou seu 26 º e último triunfo no TT. Apenas em 2001 o TT foi cancelado (terceira vez) por preocupações sobre uma epidemia de febre aftosa no Reino Unido. A edição de 2004 foi marcada pelo um “hat-trick” de vitórias de John McGuinness, que em 2003 já havia chegado a velocidades médias de 129,4 mph!
Em 2007 marcou o centenário do Isle of Man TT e contou com uma encenação especial com motos da época realizada ao lado de Tynwald Hill, McGuinness conseguiu a sua 15 º vitória TT em 2009 na categoria Superbike e em 2010 bateu o recorde de volta a 131,578 mph.
Lista dos maiores vencedores, em todas as categorias, da história do TT até a edição de 2013;
  • Pilotos: Joey Dunlop com 26 vitórias (78 participações), John McGuiness com 21 vitórias, Mike Hailwood com 14 vitórias (34 participações), Steve Hislop com 11 vitórias (26 participações), Giacomo Agostini com 10 vitórias (16 participações), Phill Read com 8 vitórias (33 participações) e John Surtees com 6 vitórias (11 participações)
  • Marcas: Honda com 111 vitórias; Yamaha com 105 vitórias; Norton com 43 vitórias; MV Agusta com 34 vitórias; BMW com 30 vitórias e Suzuki com 28 vitórias.
Com mais de um centenário de existência, o TT continua sendo considerada a corrida de estrada mais emocionante e perigosa do mundo. Se você ainda tem dúvidas sobre a quantidade de bolas necessárias para encarar este desafio, veja o vídeo abaixo com momentos marcantes da edição de 2012 e tire suas próprias conclusõesde um centenário de existência, o TT continua sendo considerada a corrida de estrada mais emocionante e perigosa do mundo. Se você ainda tem dúvidas sobre a quantidade de bolas necessárias para encarar este desafio, veja o vídeo abaixo com momentos marcantes da edição de 2012 e tire suas próprias conclusões 😱😮😯;

02/08/2014

Dean Jeffries

Filho de um mecânico apaixonado por corridas, Edward "Dean" Jeffries nasceu em nasceu 2 dezembro de 1935, em Osage, Iowa. Sua família mudou-se para Compton, Califórnia, onde cresceu até entrar com 17 anos para o exército dos Estados Unidos durante a Guerra da Coréia.  Sua unidade ficou estacionada na Alemanha e lá viu alguns colegas pintando listras em pianos e móveis personalizados. Ele dominou a arte de “striping” usando pincéis finos e uma mão firme, não demorou muito tempo e testou a sua técnica em carros.
Dean tinha grande proximidade com Kenny “Von Dutch” Howard, os dois se tornaram conhecidos como Von Dutch e "The Kid", foi com Von Dutch que Jeffries realmente aprimorou a técnica de striping. Kenny costumava pintar um terceiro olho na testa e isso deu a Jeffries uma ideia, ele desenhou o famoso logotipo com um globo ocular e asas “Flying Eyeball” em 1951.
Foi o vizinho de Jeffries, Troy Ruttman que também era piloto, que o ajudou a entrar na equipe JC Agajanian para pintar os carros que correriam na Indy 500 de 1953. Jeffries fez uma pintura no estilo pinstriping, incomum para um carro de corrida na época, mas levou a Mobil Oil a contrata-lo nos anos seguintes para pintar muitos outros carros da Indy.
Jeffries também pintou muitos capacetes de pilotos de corrida como de Jim Rathmann, Parnelli Jones e AJ Foyt, alguns dizem que foi ai que nasceu a tradição de personalização dos capacetes dos pilotos. O ator James Dean foi um dos seus primeiros e mais famosos clientes, Jeffries pintou o Porsche 550 Spyder "Little Bastard" que Dean dirigia ao sofrer o seu acidente fatal em 1955.
Depois disso, em 1962, Jeffries trabalhou na empresa de Carroll Shelby na Cobra e já nesta época era considerado um dos melhores pintores de carros personalizados, foi o pioneiro da pintura de chamas em carros.
MANTARAY
Ele também se tornou um construtor “custom-built” de veículos especiais e vários foram usados produções de Hollywood e ficaram famosos, tais como o Mantaray (de série Bikini Beach, 1963), Black Beauty (do Besouro Verde), o Monkeemobile, o Landmaster de Damnation Alley (1977) e também o buggy roubado por James Bond no filme “Diamantes são eternos”.  O carro de “Uma Cilada para Roger Rabbit” também foi uma criação de Jeffries.
Jeffries também trabalhou muito tempo como autônomo com George Barris na Barris Kustom, ele estava no projeto e fabricação inicial do Batmóvel da série de TV (1966), mas como o estúdio queria o carro mais cedo do que ele poderia entregar, Barris passou o projeto para Bill Cushenbery finalizar o trabalho de fabricação.
BLACK BEAUTY
Jeffries e George Barris tiveram uma rivalidade pessoal e profissional durante quase 40 anos, muito disso porque Jeffries acusava Barris de tomar para si o crédito de carros personalizados, que na verdade teriam sido construídos por Jeffries.
É difícil identificar quem foi o “pai biológico” de tantas técnicas e estilos criados no mundo Hot Rod, os ícones do Hot Rod e Kultura Kustom (Ed Roth, Kenny Howard, George Barris, Dick Dean, Dean Moon, etc) conviveram juntos e muita coisa acontecia ao mesmo tempo, talvez seja algo que colocavam na água da Califórnia nos anos 1950 e 1960 para reunir tanta criatividade no mesmo lugar!! 
Mas isso não importa, o mais importante é que de fato Jeffries foi responsável por introduzir estilos e técnicas de pinturas especiais que são utilizadas até hoje, realmente ele revolucionou a personalização de carros!
Na sua vida pessoal, ele foi casado por 3 vezes e teve 3 filhos (Helen, Darwin e Kevin), em 2001 recebeu uma indicação e foi eleito para Hall of Fame do Cruisin'. 
Jeffries morreu aos 80 anos enquanto dormia, aconteceu em sua casa em Hollywood no dia 5 de maio de 2013...

30/07/2014

Carreiras interrompidas...

Acredito que quase todos aqueles que amam corridas devem ter se perguntando um dia; "Aonde determinados pilotos teriam chegado em suas carreiras, se não tivessem nos deixado mais cedo por causa de acidentes fatais?".
Bem, nunca teremos a resposta a esta pergunta, este post tenta resgatar a memória de alguns deles (não temos como citar todos que mereciam).
Vamos deixar correr a imaginação;



Jim Clark (Escocês, 32 anos)
73 GPs F1 disputados, 2 Títulos F1 (1963 e 1965), 25 Vitórias F1, 32 Pódios F1, 33 Pole positions F1 e 28 Voltas mais rápidas.
O Escoces Voador disputou 9 temporadas (1960–1968) na F1 sempre pela equipe Lotus com resultados impressionantes, teve quase 35% de vitórias.  Em 7 de Abril de 1968 durante uma corrida da Fórmula 2 em Hockenheim, Alemanha, Jim Clark morreu quando seu carro saiu de pista e batendo nas árvores, a causa do acidente nunca foi definitivamente identificada, mas suspeita-se que um pneu traseiro furado causou o acidente. Seu companheiro de equipe, Grahan Hill, foi campeão naquele ano.
Jochen Rindt (Austríaco, 28 anos)
61 GP´s F1, 1 Título F1 (1970), 6 vitórias, 13 pódios, 10 pole positions e 3 voltas mais rápidas.
Foi o único campeão “pos-morten” da F1, 1970. Durante os treinos para o GP da Itália, em Monza, Rindt sofreu um acidente na curva Parabólica, provavelmente por problema nos freios.  A conquista póstuma teve a contribuição de seu companheiro de equipe, Emerson Fittipaldi, que ganhou a prova seguinte em Watkins Glen, impedindo de ser alcançado pelo belga Jacky Ickx da Ferrari.



Stefan Bellof (Alemão, 28 anos)
Em Dezembro de 2009 foi realizado pela revista inglesa Autosport uma pesquisa (com 217 pilotos) que elegeram Stefan Bellof como o 35º melhor piloto de F1 de todos os tempos, mesmo ele não tendo ganhado nenhuma corrida. 
Isso dá a dimensão do talento de Stefan Bellof!! 
Em 1984 sagrou-se campeão mundial de Protótipos pela Porsche, no mesmo ano foi terceiro lugar (sendo desclassificado depois) no lendário GP de Mônaco de F1, aquele onde Ayrton Senna chegou em segundo lugar.
No dia 1º de Setembro de 1985 faleceu durante a disputa dos 1000 km de Spa-Francorchamps do Mundial de Protótipos. Disputava a liderança com o belga Jacky Ickx quando tentou uma arriscada ultrapassagem por fora na entrada da curva Eau Rouge, os dois se chocaram e o carro de Bellof bateu frontalmente no muro de proteção e pegou fogo.

Dan Wheldon (Inglês, 33 anos)
128 GPs Formula Indy, 16 vitórias, 43 pódios e 5 pole positions.
1999 - Campeão U.S. na F2000 Championship Series
2000 - Campeão na Toyota Atlantic Championship
2001 - Campeão na Indy Lights.
Dan Wheldon foi 2 vezes vencedor das 500 Milhas de Indianópolis (2005 e 2011) e campeão no ano de 2005. Quando sua carreira dava sinais de recuperação faleceu num grave acidente que envolveu 15 carros nas 300 milhas de Las Vegas de 2011. Seu carro decolou sobre o carro de Paul Tracy e bateu de cabeça para baixo, destruindo o santantônio do seu carro e em seguida seu capacete.

Alberto Ascari (Italiano, 36 anos)
33 GPs disputados F1, 2 Títulos (1952-1953), 13 Vitórias, 17 Pódios, 14 Pole positions e 12 Voltas mais rápidas.
Disputou as 6 primeiras temporadas da F1 e foi o primeiro bicampeão da história. Na temporada de 1955 sofreu um espetacular acidente em Mônaco, onde ele bateu dentro do porto depois de passar por uma chicane. Uma semana depois, em 26 de Maio em Monza, estava testando um carro esporte Ferrari e bateu em uma das curvas.  
A curva onde o acidente ocorreu ganhou seu nome, a Variante Ascari.

José Carlos Pace (Brasileiro, 32 anos)
73 GPs disputados F1, 1 Vitória, 6 Pódios e 5 Voltas mais rápidas.
Estreou no automobilismo em 1963 e em 1970 disputou o Campeonato Inglês de Fórmula 3, sagrando-se campeão.  Em 1971 venceu o GP de Imola de Fórmula 2 e recebeu um convite para integrar a equipe de Protótipos da Ferrari a partir da temporada de 1972, o melhor resultado foi o segundo lugar nas 24 horas de Le Mans de 1973.
No ano de 1975, disputando a temporada pela Brabham, Pace fez sua melhor temporada na F1 vencendo o GP do Brasil e terminando o campeonato em 6º lugar.
Em 18 de março de 1977 viajava em um pequeno avião monomotor e este bateu numa árvore na Serra da Cantareira, após decolar do Aeroporto Campo de Marte em meio a uma violenta tempestade. Em 1985, o Autódromo de Interlagos foi batizado Autódromo José Carlos Pace em homenagem ao Moco, como era carinhosamente conhecido.

Ayrton Senna (Brasileiro, 34 anos)
1981: campeão da Fórmula Ford 1600 Inglesa
1982: campeão da Fórmula Ford 2000 Inglesa
1983: vencedor do GP de Macau da Fórmula 3
1983: campeão da Fórmula 3 Inglesa
1987: terceiro na Fórmula 1
1988: campeão da Fórmula 1
1989: vice-campeão da Fórmula 1
1990: campeão da Fórmula 1
1991: campeão da Fórmula 1
1993: vice-campeão da Fórmula 1
3 Campeonatos F1 (1988, 1990 e 1991), 162 GP´s F1, 41 vitórias, 80 pódios, 65 pole positions e 19 voltas mais rápidas.
Alguns dizem que bateria o recorde de títulos de Schumacher e outros que não conseguiria ser campeão novamente, de fato ele já estava apalavrado com a Ferrari para quando acabasse seu vínculo com a Willians e o time italiano só voltou a vencer muitos anos depois. 
Mas, considerando que o piloto que o sucedeu na liderança da Willians, Damon Hill, terminou o ano de 1994 como vice-campeão, foi novamente vice em 1995 e campeão em 1996 é bem provável que Senna teria sido, pelo menos, mais 3 vezes campeão mundial de F1.  
Isso seria fantástico e muito mais próximo ao enorme talento de Ayrton Senna, mas imaginem como seria difícil aguentar o Galvão Bueno...