11/09/2014

Qual a sua receita? (Aspirados)

As dúvidas sobre qual a melhor forma de preparação de um motor não tem respostas prontas. Entre as variáveis envolvidas pode ser citado; A paixão de quem faz (hoje em dia os "boyzinhos" adoram um "turbo" chiando pelas ruas), características técnicas do motor (alguém imagina colocar um turbo em um motor V8 318 pol. de Dodge?), qualidade da mão de obra, peças disponíveis, qual o objetivo final (competição, aumento de desempenho ou só impressionar as “minas”) e, principalmente, dos recursos financeiros disponíveis. 
Como é um assunto extenso, e excitante, vamos começar falando sobre a preparação de motores aspirados.
Motores aspirados são aqueles que não são alimentados por turbinas ou compressores mecânicos, desta forma o próprio motor (através dos coletores, carburadores ou injeção) tem o trabalho de "puxar" a mistura ar-combustível para as câmaras de combustão. A receita mais lógica para aumentar a potência nestes casos seria aumentar a cilindrada, ou seja, um motor maior tende a utilizar mais mistura e gerar mais potência. 
Como isso nem sempre é possível existem outros caminhos. Podemos trocar o comando de válvulas por um modelo mais "bravo", um sistema de escapamento maior (e mais barulhento) e filtros de ar esportivos. 
O comando de válvulas “bravo”, ou esportivo, permite aumentar o número de rotações, as válvulas permanecem abertas por mais tempo aumentando o enchimento dos cilindros com a mistura ar-combustível. Porém, esta troca sempre demanda alterações no sistema de alimentação, senão faltará “comida” para o motor. Se for um motor carburado será necessário recalibração do carburador original (ou substituição do mesmo), se for injetado podemos trocar a injeção eletrônica original por um sistema programável ou aumentar a vazão dos bicos injetores, tudo isso fará parte da afinação do motor. 
Se a grana permitir é possível buscar mais potência retrabalhando o cabeçote e substituindo o coletor de escape original, para o excesso de “comida” não causar má digestão, além da possibilidade de troca das velas de ignição,
bobinas e filtros de ar originais por modelos esportivos.
Um cuidado importante é pensar e planejar na preparação como um todo, pois muitas vezes não dá para aplicar a receita em partes – conforme a disponibilidade de grana.
Normalmente com uma preparação pesada e bem feita consegue-se aumentar a potência em torno de 30%, mas lembre-se que o investimento para se preparar um motor aspirado chega a ser maior do que optar por turbos, este é um fator muito importante que não se deve perder de vista;Custo x Benefício destas preparações. 
Vantagens: Mão de obra qualificada disponível, peças importadas podem ser compradas via internet (não esqueça custo e prazo), risco menor para a durabilidade do motor. 
Desvantagens: Preço final elevado (custo x benefício), maior consumo de combustível, perda de torque em baixa rotação. 
Para muitos, inclusive eu, é um grande barato ouvir um motor embaralhado com a marcha lenta irregular. Veja (ouça) o vídeo por você mesmo...

09/09/2014

1.000 Acessos!

No dia 09/02/2014 publiquei o primeiro post de blog, aliás, uma besteira qualquer só para ver como a coisa funcionava...
Peguei um certo gostinho por escrever e hoje, depois de 26 publicações, as estatísticas do blog apontam que atingimos 1.000 acessos!
Lógico que não é nada demais, deve ter blogs por ai que tem 1.000 acessos por publicação, mas não deixa de ser bacana saber que tem pessoas (poucas, por enquanto) que se interessam em ler o que você escreve. 

Vamos em frente, rumo ao 10.000 acessos e 50 posts...  
Obrigado aos amigos, que sabem quem são, pelo apoio!

08/09/2014

Pensadores - Nelson Piquet (Parte 1)

Não é novidade que os pilotos costumam contribuir de maneira ativa no repertório filosófico da humanidade. Quando o piloto é um verdadeiro personagem o resultado é melhor ainda, como no caso de James Hunt.
Porém, talvez o melhor de todos neste contexto tenha sido Nelson Piquet, leiam e tirem suas conclusões;
* Demonstrando a sua imensa simpatia (e paciência) pela imprensa;
Repórter: "Piquet, como é que você fez aquela curva?" 
Piquet: "Ah, eu reduzi antes de entrar na curva e quando estava no meio, acelerei. Que nem toda curva." 
Repórter: "E aí Piquet, vai ganhar hoje?" 
Piquet: "Sou piloto, não sou vidente." 
Repórter: (Antes das corrida) "Então Piquet, vai correr para ganhar?"
Piquet: "Não, vou correr para ficar em nono." 
Repórter: "Piquet, acho que você não esperava esta vitória, não é?"
Piquet: "Não. Esperava que todos batessem na primeira curva." 
(Canadá 1991, sua ultima vitória, dada de bandeja pelo Mansell)
Repórter: "O dinheiro é importante?"
Piquet: "Lógico, muito importante." 
Repórter: "E as mulheres?" 
Piquet: "Ajudam a gastá-lo." 
Repórter: "Você não acha que andando só na frente seu filho não vai aprender a ultrapassar?" 
Piquet: "Não sei, mas acho que você anda aprendendo a falar asneira com o Galvão Bueno." 
(Na época que seu filho Nelson Jr. estava na  F3 Sulamericana e Piquet montou uma equipe para ele)
Repórter: “Por que os cobertores nos pneus?” 
Piquet: “Porque estão com frio!” 
(Piquet foi o primeiro piloto a colocar os cobertores nos pneus para mantê-los aquecidos) 
Repórter: "Na Fórmula 1 tem algum viado??" 
Piquet: "Se tiver eu como!"
Repórter: "Você conquistou o mesmo números de títulos do Senna na Fórmula 1, no entanto fala-se muito no mito Senna e deixam de citar o Piquet, ainda vivo. O que você acha disso?" 
Piquet: "Eu vejo isso como ótimo. É bom que eu dou menos entrevista, e o pessoal enche menos o meu saco." 
Repórter: “Atrás do que vocês estão sempre correndo?” 
Piquet: “Da grana meu amigo, atrás da grana!” 
Repórter: “Já sentou em um F1 antes?” 
Piquet: “Sim, meu amigo Emerson tem um e eu sentei no banco dele uma vez pra tirar foto.” 
(Após o seu primeiro teste em um carro de F1)
* Todo o seu afeto pelo seu companheiro e rival, Nigel Mansell;
“Mansell é um babaca.” 
(Perguntado sobre o que achava do seu então companheiro de equipe na Williams)
“Mansell tem as 2 mulheres mais feias da Fórmula 1.”  
Falando sobre as mulheres do Mansell. Uma era a esposa dele, e a outra a estátua da mulher dele que o Mansell tinha mandado fazer e colocado no jardim de casa. 
“Mansell é o maior idiota que já vi.” 
(No auge da rivalidade com Nigel Mansell).
"Quando descobria uma coisa boa para o meu carro só contava em cima da hora. Assim já não dava para o Mansell também aproveitar." 
Repórter: “Os pilotos fazem amizade?” 
Piquet: “Sim” 
Repórter: “Então por que você socou o Salazar?” 
Piquet: “Pra ele aprender” 
Repórter: “Por que não no Mansell?” 
Piquet: “Porque esse não iria aprender nunca” 
"Ele gosta de chuva, eu gosto de sol. Ele gosta de mulher feia, eu gosto de mulher bonita. Ganhei 3 títulos, ele perdeu 2." 
"Não ia incomodar um cara que estava em uma situação pior que a minha, então fui levando." 
(Sobre Frank Williams e a guerra interna com Mansell em 86, Frank estava no hospital, paraplégico e era favorável a Nelson, ao contrário de Patrick Head).
* Sobre a rivalidade com Senna, que foi muito explorada pela imprensa em geral;
"Senna é o melhor piloto? Porra nenhuma! Melhor é o Prost, que é tetracampeão.” 
(Perguntado se admitia que Senna era o melhor piloto da F1)
“O Senna, é claro! Eu e o Prost já ganhamos tudo e estamos mais pra lá do que pra cá na carreira. O Ayrton, não. Vai se matar se for preciso, para chegar ao título e ser considerado o maior de todos os tempos.” 
(Quando foi perguntado quem seria o seu piloto caso ele tivesse uma equipe) 
“O negócio dele é garotões. Eu nunca o vi com mulher.” 
(Sobre o gosto sexual de Senna) 
"Não costumo ler jornais e gasto meu tempo livre longe do automobilismo. Não sou como o Senna." 
"O Senna vive para o esporte e tira o máximo proveito do fato de ser considerado o grande herói das pistas. Às vezes fico pensando que não sabe fazer mais nada na vida." 
“Sabe porque o Senna corre com o numero 12? porque ele é só meio viado.” 
E ainda não acabou, em breve a segunda (e ultima parte) com as melhores frases de Nelson Piquet...

23/08/2014

Rock and Wheels

O que lhe toca mais a alma; uma boa música (Pink Floyd, Ac/DC, Beatles...) ou um ronco de um motor maravilhoso (Ferrari, Aston Martin, Porsche...)? 
Para esse pessoal deve ser meio difícil de decidir, vendo o que eles guardam em suas garagens dá bem para entender os motivos, coitados... 
James Hettfield – Metallica
O frontman do Metallica tem uma garagem recheada de hot rods, talvez o mais correto seja dizer uma garagem recheada com premiadas obras de arte. Em 2007 o seu Buick Skylark 53 ganhou o prêmio de "Carro Mais Elegante" no evento San Francisco Rod. 
Neste ano repetiu a dose e ganhou o prêmio “Custom Car of The Year” da associação “Goodguys Rod & Custom Association”. O premiado foi o “Black Pearl”, uma verdadeira joia baseada em um clássico Jaguar 1948, projetado e construído do zero. 
Hettfield também é membro do grupo “Beatniks Of Koolsville”, uma ramificação do clube “Koolsville” especializado em personalização de alto nível em carros e motos. 
Brian Johnson – AC/DC
Apaixonado desde pequeno, tem uma coleção fantástica que mistura modelos clássicos, de competição e outros modelos modernos. Entre os quais estão um Bentley Vanden Plas Le Mans Tourer 1928, Audi R8 2009, Piaggio Vespa 1957, Ferrari 458 Itália, Range Rover Vogue, Land Rover Evoque, Rolls-Royce Phantom 2007, Porsche 914-6, Fiat 500 Abarth 2008, Audi Q7 2008, Plymouth Prowler 2003, McLaren 12C e um Citroën DS 23 Pallas 1973. Uau! Ainda nesta lista temos três carros de corrida; Lola T70 1965 Mk1, Royale RP-4 1970 e Pilbeam 2006. Ele também leva seus carros para as pistas do mundo todo, Johnson é um daqueles que acredita que carros são feitos para rodar e não para tratarmos como quadros (gosto disso!). Ele disputou as 24 Horas de Daytona em 2012 terminando em 32º lugar. 
Billy Gibbons – ZZ Top
Já são clássicos os vídeos da banda ZZ Top com mulheres insinuantes e o hot rod “Eliminator”, um Ford Coupe 1993. Além da fama conquistada como guitarrista, Billy Gibbons é um verdadeiro fã e deve ser um dos maiores colecionadores de hot rods do mundo. 
Além do “Eliminator”, o mais famoso e presença constante em vídeos e capas de disco da banda, ele também tem um Ford Roadster 1932, o Cadillac Coupe de Ville 1961, um sedan Ford 1946 e um Chevrolet 1962. 
Porém, o mais célebre deve ser o “CadZZilla” um Cadillac de 7 metros de comprimento e avaliado US$900 mil, o carro foi premiado na edição 2011 do Festival de Goodwood.  
Nick Mason – Pink Floyd
Durante a década de 1960, Nick Mason foi o baterista Pink Floyd por 30 anos e deve ser o cara “mais modesto da Banda”, afinal foi o único que nunca saiu da banda, nunca brigou com ninguém ou teve que ser internado em alguma clínica de recuperação. 
Mas, a sua coleção é coisa de louco! 
Mason tem cerca de 40 carros e o seu foco é qualidade, não quantidade, para não restar dúvidas vamos a alguns exemplos: McLaren F1, Bugatti Type 35, alguns carros de corrida da Aston Martin, um Lola T295 de corrida e entre as suas Ferraris, um modelo 250 GTO! 
A história da Ferrari GTO merece um capitulo a parte, o carro foi comprado em 1977 e Mason conta que muita gente o achou idiota por pagar £ 37 mil (cerca de R$ 138 mil), ele não coloca preço ou pretende vende-la, mas em um dos últimos leiloes um modelo semelhante foi vendida por £ 23 milhões (ou R$ 86 milhões)! Quem foi o idiota mesmo? 
Frequentemente Mason recebe convites para guiar em eventos importantes, em 2011 guiou um Auto Union Type C Silver Arrow em Goodwood, convidado pela própria Audi Tradition. 
Jay Kay – Jamiroquai
Além de líder da banda Jamiroquai, Jay não dispensa uma “macchina” italiana, óbvio que ele tem um exemplar da Ferrari Enzo (inclusive serviu de inspiração para a música “Black Devil Car”). 
Também não é difícil de alguns dos seus carros aparecerem em clipes da banda, por exemplo, em “Cosmic Girl”, ele aparece dirigindo o seu Lamborghini Diablo SE30 (ao lado de Nick Mason!) e também uma Ferrari F40. 
Kay “conseguiu” ser um dos poucos sortudos proprietários da LaFerrari, modelo que foi lançado este ano e já teve as  vendas esgotadas. 

George Harrison – Beatles:
Após o final da banda The Beatles, em 1970, George passou a focar em suas paixões, entre elas adivinhem: corridas e os carros esportivos. 
Foi comum vê-lo nos paddocks de F1 e chegou a ser grande amigo de Emerson Fittipaldi, foi assim que ele veio assistir a vários GP´s do Brasil nesta época. 
Harrison fez o videoclipe "Faster" sobre o mundo das corridas, o que é legal neste clipe são as imagens de pilotos e das pistas de F1 dos dourados anos 70. 
Ah, como não poderia deixar de ser, George Harrisson teve alguns carros bem interessantes, entre eles um Aston Martin DB5 e Ferrari 365 GTC. 

Neil Young
Taí outro cara que não sabe separar a paixão entre musica e os carros. 
Em 2009, Neil lançou o álbum “Fork in the Road” inspirado em um Lincoln Continental Mark IV 1959. 
O interessante neste caso é que o carro é um verdadeiro símbolo de seu ativismo ecológico, isso porque o carro teve o motor a gasolina trocado por um motor a biodiesel e depois por outro motor elétrico. Ao final do projeto, o carro foi rebatizado de “LincVolt” e virou uma verdadeira celebridade a parte com direito a site, blog e, futuramente, um filme. 
Esses são apenas alguns grandes nomes da música (rock) internacional que gostam do que nós gostamos, existem outros inclusive no Brasil, como também outras celebridades da TV e do cinema que aproveitam, e muito bem, o dinheiro que a fama lhes trouxe. 

21/08/2014

Vanwall

O início da década de 50 marcou a consolidação da F1 como elite do automobilismo mundial, grande parte deste sucesso aconteceu porque os melhores pilotos da época (Fangio, Ascari, Farina ou Hawthorn) estavam na F1, mas também foi muito importante a participação direta das grandes montadoras de então, como Mercedes, Alfa Romeo, Maserati e Ferrari. 
Isso queria dizer que se você quisesse vencer na F1, teria que estar em um dos carros oficiais da Mercedes e seus flecha de prata ou dos carros vermelhos italianos. 
Já o final da década de 1950 e início da década de 1960 marcou um outro importante período, de transição técnica e esportiva, com o início da utilização dos motores traseiros e o nascimento de importantes equipes “garagistas”, principalmente no Reino Unido, como BRM, Cooper e a VANWALL.
A equipe foi fundada pelo magnata Tony Vandervell, o nome da equipe derivou da combinação do nome do proprietário com o nome da sua empresa rolamentos “Thinwall” em Acton, Londres. Os primeiros carros de corrida da equipe nada mais eram do que modelos Ferrari rebatizados de "Thinwall Specials". 
A equipe construiu seus primeiros carros para a temporada de 1954, o projeto do chassi foi de Owen Maddock e a construção pela Cooper Car Company. Uma particularidade interessante foi o motor de 2 litros projetado por Leo Kuzmicki, que era engenheiro da fabricante de motocicletas Norton. Na realidade o motor nada mais era do que a junção de quatro motores Manx monocilíndrico de 498 cc, o cabeçote era cópia da Norton e a alimentação ficava a cargo de quatro carburadores de motocicleta Amal. 
No final da temporada de 1955 era consenso que a grande fragilidade da equipe estava no chassis, então para melhorar a situação dizem que um motorista da equipe sugeriu ao próprio Vandervall contratar os serviços de um jovem amigo e talentoso projetista. O nome do tal projetista era Colin Chapman! 
Com as coisas se desenvolvendo, Stirling Moss decidiu entrar para a equipe em 1957 e junto com ele vieram os também talentosos ingleses Tony Brooks e Stuart Lewis-Evans. Veio a primeira vitória no Grande Prêmio da Inglaterra de 1957, com Moss e Brooks com o modelo VW 5. 
A Vanwall tornou-se a primeira equipe britânica a construir um carro e vencer uma corrida de F1, eternizando a cor “British Green” como marca das equipes inglesas. Também foi a primeira equipe a vencer o recém-criado campeonato mundial de construtores da F1 em 1958, não foi pouco! 
O ano de 1958 foi o melhor da equipe, além de sagrar-se campeã de construtores os seus pilotos Stirling Moss e Tony Brooks foram respectivamente segundo e em terceiro no mundial de pilotos, venceram três corridas cada (Moss venceu na Holanda, Portugal e Marrocos e Brooks na Bélgica, Alemanha e Itália). Moss perdeu para Mike Hawthorn da Ferrari por apenas um ponto, mas o mais triste da temporada foi o acidente fatal de Lewis-Evans na última corrida do ano em Marrocos. 
Infelizmente, este também foi o ano que marcou o começo do declínio da equipe, om a saúde debilitada Vandervell foi aconselhado a descansar e a equipe foi perdendo o seu entusiasmo, até encerrar a sua participação na F1 em 1961, quando chegou a se apresentar com um carro com motor traseiro. 
Em 2003 a marca Vanwall Cars foi resgatada e chegaram a produzir o modelo GPR V12, um carro monoposto legalizado para estradas e outro similar de dois lugares. 
Mesmo sendo curta, foi escrito uma bela história daquela que muitos consideram como a equipe que construiu os melhores carros de F1 com motor traseiro. 
Os números do time na F1; 
1957 – 6 corridas, 2 poles, 3 vitórias e 4 pódios. 
1958 – 9 corridas, 5 poles, 6 vitorias e 9 pódios (campeã de construtores da F1, vice-campeã de pilotos)