21/08/2018

Advertising - Big Talas

Com grande colaboração do Tom Piratello, além das propagandas de TV, vamos incluir em nossa série de publicidade automotiva alguns anúncios de jornais e revistas.
São anúncios que fizeram parte dos nossos sonhos de consumo no século passado (século passado? essa foi pesada!). 
Para iniciar vamos com essa bizarrice que deve ficar "ótimo" no meu fusca, até a cor do carro da foto é a mesma do meu... 
Duvido que a polícia deixaria um coisa destas passar, além disso você poderia ficar entalado em algum pedágio, estacionamento de shopping, entrada de motel, etc. 
Confesso que nunca vi um deste pelas ruas, mas se tivesse visto não daria para esquecer. 😳

15/08/2018

Hot Logo - Triumph

Mais uma para a nossa série sobre evolução dos logos de marcas famosas...
Agora a Triumph, a empresa atual (Triumph Motorcycles Ltd) foi fundada em 1983, quando a original (Triumph Engineering) entrou em concordata, dá para acreditar que a empresa original foi fundada em 1885?
Como é que deixam uma empresa destas fechar? Isso é patrimônio nacional!

10/08/2018

Altamont, 1969

Quando abordamos algumas histórias dos clubes de motocicletas mais notórios, como os Hells Angels, e seus personagens, como "Sonny" Barger), citamos os acontecimentos de Altamont como decisivos para cristalizar a má fama dos MC perante a opinião pública e a justiça americana.
Mas, o que de fato aconteceu em Altamont?
O “The Altamont Speedway Free Festival" foi um grande festival de rock realizado em 6 de dezembro de 1969, com detalhes interessantes: entradas e bebidas gratuitas (!!!). 
Olhem só o nível da lista de artistas envolvidos no show: Santana, Jefferson Airplane, Crosby, Stills, Nash & Young... 😍😍
Quer mais?!?! Ainda teve o Grateful Dead (responsáveis pela organização) e os Rolling Stones (responsáveis pela produção) fechando a noite. Uhu! 😝😝
O festival foi idealizado para ser uma espécie de “Woodstock West”, mas não foi tão "paz e amor" assim...
Antes de falar dos acontecimentos do festival vamos lembrar um pouco do contexto da época, fica mais fácil para entender toda a repercussão. O movimento "hippie" estava no seu ápice após Woodstock, mas apesar de todo apelo "paz e amor" junto à juventude, os "hippies" enfrentavam fortes críticas da conservadora sociedade americana, que não queria saber de viver na base do “paz, amor, sexo, drogas e muito rock’n’roll”👅. 
Veremos adiante que o saldo final de Altamont foi um prato cheio para estes críticos!
Voltando ao festival... Os problemas de organização já começaram na dificuldade em definir um local para o show, o Altamont Speedway acabou sendo escolhido de última hora e restou pouco tempo para preparação da infraestrutura. 
O local ficava no condado de Alameda, 90 km ao leste de San Francisco, faltavam banheiros, tendas médicas e o palco ficou pequeno e mal colocado, num lugar baixo, deixando os músicos totalmente expostos perante mais de 300 mil participantes.
Ficou a preocupação, como garantir a ordem e a segurança das bandas? 
Simples! Coloquem os Hells Angels para isolar e proteger o palco!!😳😳
Apesar de ser uma ideia de jerico, a decisão não era bem uma novidade porque os Stones já tinham utilizado os “serviços” dos Hells Angels, foi no famoso show do Hyde Park, o último antes da morte de Brian Jones em 3 de julho. Além deles, o Grateful Dead e o Jefferson Airplane também já tinham utilizado os “serviços” dos Angels em outros shows.
Em Altamont foram convocados os Angels do capítulo de Oakland, liberados por um tal "Sonny" Barger. 
O show começou com Santana e até que estava indo tudo bem, mas com cerveja grátis para todos não demorou para o pessoal dos Hell Angels ficarem bêbados, a multidão também foi ficando mais agitada e imprevisível e não demorou muito para começarem os tumultos próximos ao palco, nisso um dos Angels foi derrubado, e aí...😱
A resposta dos Hells Angels não podia ser outra a não ser farta distribuição de porrada para todo lado, sobrou até para Marty Balin, vocalista do Jefferson Airplane (veja vídeo), o guitarrista Paul Kantner ironicamente agradeceu aos Angels por derrubar Balin e um dos motociclistas pegou o microfone e começou a discutir com ele (surreal!). Sinal que viria coisa mais séria...
Por falta de segurança o Grateful Dead decidiu não se apresentar, isso deixou a multidão mais irritada e para salvar o dia (ou a pele de todos) os Stones, que iriam fechar a noite, decidiram antecipar a sua apresentação.
Se a chegada dos Stones à Altamont já tinha sido complicada, Mick Jagger foi agredido, o show já começou no meio do caos! 
Desde as primeiras músicas Mick Jagger tentava acalmar a multidão (dá para imaginar isso?!?!), quando eles cantaram “Sympathy for the Devil” o tumulto aumentou e a banda pediu para os Angels controlarem a situação novamente, porém quando veio “Under My Thumb” o pau comeu de vez. 
Nisso um rapaz  ensandecido chamado Meredith Hunter, de apenas 18 anos, tentou invadir o palco e acabou tomando um “corretivo” dos Angels, Meredith saiu e voltou pouco tempo depois com um revólver, um Angel chamado Alan Passaro percebeu e com sua faca partiu para cima de Hunter esfaqueando o rapaz, a briga causou mais pânico e um corre corre generalizado ferindo muita gente. Hunter chegou a ser atendido, mas morreu ali mesmo. 
O saldo final do festival ainda teve mais 3 pessoas mortas: duas por acidentes de carros, provocados pela bebedeira e drogas, e um afogamento de um rapaz com overdose de LSD.
Além das 4 mortes foram registrados inúmeros casos de carros roubados, grandes danos a propriedade e centenas de lesões corporais, no fim os Stones terminaram o seu show e tiveram que sair do local de helicóptero.
Todo esse caos acabou sendo retratado no documentário "Gimme Shelter" (1970) dirigido por Albert Maysles, David Maysles e Charlotte Zwerin, a revista Rolling Stone descreveu o show como o "pior dia de todos os tempos do rock and roll, 6 de dezembro, um dia em que tudo deu muito errado".
Dizem que o festival de “Woodstock”, realizado em agosto do mesmo ano, marcou o início de uma fase importante da contra-cultura, mas “Altamont” pouco tempo depois marcou o começo do fim de tudo. Uau!
Os organizadores do festival nunca admitiram que contrataram os Hells Angels para fazer a segurança do palco, dizem que o acordo era apenas para vigiarem os geradores, já os Angels sustentam que foram contratados por US$500 em cervejas e o acordo foi feito numa reunião entre Sam Cutler e Rock Scully, staffs do Grateful Dead, e Pete Knell, membro da filial do Hells Angels em São Francisco. 
No jogo do empurra-empurra, o dono do Altamont Speedway, Dick Carter, também se defendeu dizendo que contratou centenas de seguranças apenas para proteger a sua propriedade e não para garantir a segurança do público, pelo qual ele não era o responsável.
O documentário “Gimme Shelter” retratou os Stones como vítimas e não co-responsáveis pela organização caótica, afinal eles eram a segunda banda mais importante do momento. 
Assim, ficou fácil culpar os Hells Angels por toda a confusão, 
Era evidente que os Angels frequentavam os shows de rock para se divertir e beber, e que não tinham o mínimo preparo para garantir a segurança de ninguém, nem deles mesmos...
Por fim, se desde o final da década de 1950 os motorcycle clubs eram mal vistos em geral, após os eventos de Altamont viraram verdadeiros "inimigos públicos", passando a enfrentar aumento da repressão das autoridades. Na prática Altamont foi só a gota que faltava, porque o envolvimento real de alguns com o crime não era exatamente uma novidade.
E os Angels? Eles ficaram muito contrariados por terem sido considerados os grandes responsáveis pela tragédia de Altamont, chegando ao ponto de, dizem, bolar um plano para se vingar de Mick Jagger pela falta de apoio dos Rolling Stones após o show.

09/08/2018

Feliz dias dos pais !!! (2)

Ano passado fizemos uma pequena homenagem aos pais "gearheads" e seus pimpolhos, decidimos repetir a dose neste ano...
Chase Elliot e Bill Elliot
Richard Petty e Lee Petty
Pedro Piquet e Nelson Piquet (*)
Chico Serra e Daniel Serra
Jean Alesi e Giuliano Alesi
Felipe Giaffone e Zeca Giaffone
Carlos Sainz Jr e Carlos "El matador" Sainz + Jos Verstappen e Max Verstappen
(*) Nelsão tem tanto filho correndo que teremos fotos para homenagear vários dias dos pais! 😀

03/08/2018

SO-CAL

Aqui neste Blog já falamos bastante, mas nunca o suficiente, sobre algumas histórias, marcas e pioneiros da cena Hot Rod, lembrando de alguns; Ed Roth, Dean Moon, Von Dutch, Barney Navarro, Rat Fink, Ed Iskenderian, entre outros... 😆😃
Agora vamos falar um pouco mais sobre uma das primeiras lojas especializadas no ramo, a SO-CAL Speed Shop.
Essa história começa na Califórnia (onde mais?), em 3 de março de 1946, quando o rodder Alex Xydias abriu sua loja que ficava na Olive Avenue, em Burbank, Califórnia.

Não por acaso, era o mesmo dia em que Alex dava baixa no serviço do Exército Americano, dizem que ele teve essa ideia meses antes quando estava de folga, assistindo uma corrida de rua em San Fernando Valley.
Diferente da maioria das outras “speed shops” que existiam da época, a So-Cal vendia somente peças e não oferecia serviços como mecânica e pintura,  mesmo assim o que atraia muitos clientes para a loja era a grande amizade deles com Alex. 
A mistura de negócios e amizade deu muito certo, logo muitos hot rods que rasgavam os desertos secos de Bonneville e El Mirage, quebrando muitos recordes, tinham estampados com o logo da “So-Cal” e isso atraia ainda mais clientes
Um dos primeiros recordes estabelecido por essa turma foi por um belle tank lakester, que atingiu 136 mph em 1948, esse carro com o logo da So-Cal foi capa da edição de janeiro de 1949 da revista “Hot Rod Magazine”.
No ano seguinte Alex e alguns amigos, entre eles Dean Batchelor, decidiram formar uma equipe própria, a SO-CAL Speed Shop.
O objetivo da equipe era construir hot rods para quebrar novos recordes, atraindo ainda mais a atenção do público e, por consequência, alavancar as vendas da empresa. 
Não demorou muito para o nome “So-CAL” tornar-se sinônimo de vencedores!!
Em 1952 os editores da Mechanix Illustrated elegeram a SO-CAL como a melhor equipe de corridas, na direção da equipe, além de Alex Xydias, passaram outros rodders pioneiros como Dave DeLangton, Bill Barker, Clyde Sturdy e Loren Miller.
O negócio de equipamentos de velocidade naturalmente mudou com o tempo, tanto que o motor flathead Ford que era uma especialidade da SO-CAL acabou sendo deixado de lado. Essas mudanças começaram a preocupar Alex com o futuro dos negócios da loja, além disso, Alex começou outro projeto pessoal; documentar os principais eventos automobilísticos no mundo.  
Assim, mesmo com toda a tradição, a SO-CAL Speed Shop não era exatamente uma grande empresa e passou a sofrer com a concorrência das empresas maiores. 
O cenário foi se complicando gradativamente até que, em 1961, Alex decidiu fechar as portas. A gota d’água para essa decisão foi o seu braço direito, Keith Baldwin, decidir sair da empresa.
Porém, a história felizmente não acaba aqui, Alex tinha outro grande amigo e rodder chamado Pete Chapouris...
Chapouris era dono da PC3g (The Pete Chapouris Group), uma das principais empresas de customizações e construção de hot rods do mundo e com clientes famosos como o guitarrista do ZZ Top Billy Gibbons e vencedora dos mais importantes concursos, como o “Pebble Beach Historic Concours d'Elegance”.
Em 21 de novembro de 1995, os dois amigos se uniram para “ressuscitar” A SO-CAL, na verdade o que ocorreu foi a PC3g mudar o seu nome para “So-Cal Speed Shop”, mas o que importava era que o mito seria ressuscitado!
Em 1997, Pete e Alex foram escolhidos entre as 100 pessoas mais influentes do setor de alta performance e entraram para o “Hall of fame” da revista Hot Rod. 
Infelizmente, em 6 de janeiro de 2017, Pete Chapouris faleceu aos 74 anos. 
Depois desta triste notícia houve muitas dúvidas da continuidade da SO-CAL sem Chapouris, mas a empresa logo emitiu um comunicado tranquilizando o mercado e se comprometendo a manter os sonhos de Chapouris mais vivos do que nunca.
Ao contrário de muitas empresas, a história e sucesso da SO-CAL Speed Shop não é feita apenas de negócios e finanças, é muito mais uma relação de amizades verdadeiras e de muito amor pela velocidade. 
Coisas que só acontecem no mundo hot rod....

02/08/2018

Lola Cars (Round 1)

A Lola Cars foi uma das maiores construtoras de carros de corrida em todos os tempos, sua história é muito rica, desenvolvendo carros esporte e fórmula para competir e vencer na Europa e nos Estados Unidos.
No final dos anos 1940 um arquiteto inglês chamado Eric Broadley, nascido em 22 de setembro de 1928 em Bromley, Eric trabalhava em Londres como inspetor de qualidade e aproveitava o seu tempo livre participando do clube de automóveis "750 Motor Club" (bom assunto para outro post), um clube que tinha uma turminha bacana entre os seus associados, tais como Frank Costin, Colin Chapman, Len Bailey, Brian Hart e Arthur Mallock...
Aos poucos Broadley assumiu sua paixão por motores e começou a construir seus próprios carros, o seu primeiro projeto chamado de “Broadley Special” foi finalizado em 1956, utilizando um Austin 7 como base. 
Lola Mk1
O “Broadley Special” fez sucesso vencendo vários eventos locais e nacionais, Broadley ficou empolgado e começou um novo projeto que chamou de “Lola Mk1”, o nome veio da canção "Whatever Lola Wants" criada por Richard Adler e Jerry Ross para Gwen Verdon. 
Chegaram algumas encomendas do Mk1 e em 1958 nascia de fato a “Lola Cars Ltd.”, a sede da empresa ficava em West Byfleet, Surrey, e até o ano de 1962 produziram 35 unidades do modelo MK1.
Em 1960 a Lola produziu o primeiro projeto de rodas abertas para a Fórmula Júnior, chamado de Mk2, que não chegou a ser dominante porque ainda usava motor dianteiro quando a tendência da Fórmula JR já era carros com motor traseiro ou central, ainda assim foram produzidas 42 unidades do MK2 até 1961 até ser lançado o MK3 com motor central. 
Logo os resultados da Lola começavam a incomodar os fabricantes tradicionais da Fórmula JR, Lotus e a Cooper.
Em 1962 a Lola decidiu se aventurar na F1, o Lola Mk.4 com motor Climax FWMV 1,5 litros foi o primeiro "Lola F1" a ser fornecido para equipes clientes. O projeto tinha algumas soluções inovadoras como suspensão dianteira usando os “wishbones” inferiores e links transversais superiores com braços radius, na traseira tinha links transversais superior e inferior e braço “radius”, basta dizer que estas soluções acabaram por virar padrão na F1 na década de 1970.
A estreia do Mk4 foi no GP da Holanda com a equipe “Bowmaker-Yeoman Racing” de Reg Parnell com os pilotos eram John Surtees e Roy Salvadori, John Surtees conseguiu a pole position logo na sua primeira corrida, eles marcaram pontos várias vezes e tiveram 2 pódios no ano, porém a esperada vitória no campeonato mundial de F1 não veio. 
Lola Mk4
No ano seguinte os resultados foram muito fracos, então a Lola decidiu abandonar a F1 e voltar seus esforços para carros esporte, Fórmula JR (Mk 5) e Fórmula 2, onde a Lola tornou-se a parceira oficial da BMW por vários campeonatos.
Um dos primeiros projetos de Broadley de carros esporte foi o cupê Lola Mk.6 equipado com um motor Ford V8 de 4, 2 litros, a Ford viu e gostou tanto que adquiriu o projeto para unificar os conceitos com outro projeto de Roy Lunn, o resultado foi um tal Ford GT40, em 1964. 
Por outro lado, o acordo com a Ford “amarrou” a construção de carros esporte da Lola por 2 anos, mas Broadley conseguiu romper o acordo e um ano depois voltou a desenvolver novos projetos, criando o maravilhoso Lola T70 em 1965.
O T70 teve muitos triunfos no mundial de marcas e o título da Can-Am em 1966 com John Surtees, em 1 ano foram produzidos 47 Lolas T70 nas versões Mk1 e Mk2.
Lola Mk6
Em 1966, a Lola também conseguiu a sua primeira vitória em Indianápolis com a equipe John Mecom, foram alinhados 3 carros T90's para os pilotos Jackie Stewart, Rodger Ward e o vencedor Graham Hill, na edição de 1967 conseguiram o segundo lugar com Al Unser pilotando um chassi T90 modificado. 
A Lola ficou fora da F1 até 1967 quando então fecharam um acordo para ajudar a Honda Racing e o piloto John Surtees. 
A Honda estava com um problema de excesso de peso no chassi, a Lola utilizou um T90 (que correu em Indianapolis em 1966 como base) para desenvolver um novo carro, nascia o Honda RA300 (ou Lola T130) que foi o vencedor do GP da Itália daquele ano. 
Lola T70 Mk1
O Lola T70 seguiu sendo aprimorado nos anos seguintes, mais de 100 unidades foram produzidas e vieram várias vitórias, entre elas Denny Hulme venceu o Tourist Trophy em 1968 com um Mk3B (ou T76), entre 1969 e 1970 pilotos como Frank Gardner, Trevor Taylor, Paul Hawkins e Mike de Udy tiveram várias vitórias em eventos da SCCA. 
A Lola renovou o modelo T70 para enfrentar a temida McLaren no campeonato de Can-Am, mas em 1968 conseguiram apenas uma vitória, foi na etapa de Las Vegas com John Surtees. 
Em 1969 foi lançado o T162, mas novamente foram atropelados pelos McLarens, o sucessor foi o T163 com que Parsons conseguiu apenas um segundo lugar e dois terceiros.

Hot Dicas - 95octane

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